Número ⁹

20.1K 1.1K 205
                                    

No dia seguinte não consegui olhar na cara do Dylan, nem consegui sair da cama.

Toda vez que pensava no que quase aconteceu ontem a noite, eu sentia uma coisa estranha. Quando ele me olhou com aqueles olhos, ai que loucura minha, pensando essas coisas.

- O que você ainda faz deitada nessa cama? - Minha melhor amiga, Letícia perguntou.

- Me deixa Letícia - me cobrir por inteiro entre as cobertas - o que você tá fazendo aqui?

- Você esqueceu que havíamos marcado cinema hoje com o pessoal? - esqueci complemente disso, não sei se minha mãe deixaria.

- Não podemos marca para outro dia? Eu meio que estou de castigo. - digo.

- De jeito nenhum, eu falo com a tia Isabela, seu irmão vai tá lá e essa é a minha chance de me aproximar dele.

- Esquece o Miguel amiga ele é um idiota! - me sentei na cama - você merece coisa melhor!

- Diz isso pro meu coração. - ela continua.

Letícia e seu romantismo vence dessa vez.

.

Lá estava nós cinco em frente a porta do cinema esperando dois bocos chegarem com a pipoca e refrigerante.
Luke, irmão de Letícia ficava me enchendo.

- Se você tivesse me falado que seu irmão também ia vim teria ficado em casa. - respondo com raiva.

- Para amiga. - Letícia diz. - o Luke não é tão chato assim.

- Não, ele só é irritante.

Ninguém merece e pra completar meu primo Dylan também veio.

Miguel e Dylan voltaram com as pipocas e refrigerantes, e nós entramos.

Dylan sentou no meu lado esquerdo e Luke no meu lado direito, Letícia ficou toda boba porque se sentou ao lado do Miguel.

- Já disse que você esta linda? - era o Luke mais uma vez enchendo o meu saco.

- Só umas mil vezes. - falei um pouco grossa, mas se ele pega no meu pé, o que eu posso fazer?

Luke não disse uma só palavra até o termino do filme.

- O que você achou do filme? - Dylan perguntou após nos levantarmos e começarmos a caminhar para fora da sala.

- Foi bem legal

Luke chegou me abraçando por trás e me apertando contra o seu corpo.

- Eu não consigo mais negar o que sinto por você. - ele sussurra no meu ouvido.

- Me solta Luke. - tento me soltar de seus braços.

- Eu sei que você tá gostando.

Ele me vira fazendo-me ficar de frente para ele.

- Me solta seu animal...- Luke gruda nossas bocas.

Não sei o que se passou na cabeça dele por me agarrar assim, eu nunca dei motivos para ele agir desse jeito comigo.

- Me solta - o empurrei.

Luke pareceu não me ouvir, por que mais uma vez me puxou para mais perto dele - só mais um beijo. - ele diz tentando me agarrar novamente.

-  Solta ela. - Dylan finalmente chega.

Letícia e Miguel sumiram do nosso campo de vista.

- Fica na sua, cara.

- Eu mandei você soltar ela - Dylan chegou mais perto de nós encarando Luke com um olhar sério - é surdo cara?solta ela agora.

Luke me soltou, mais cerrou os punhos e começou a estralar os dedos enquanto olhava para Dylan.

-  Tá querendo apanhar - Luke foi pra cima de Dylan o segurando pela gola de sua camisa - em? O gato comeu a sua língua?

Dylan sorriu sinico.

- Gente para com isso. - finalmente crio coragem para dizer algo.

- NÃO SE META MIRELA - Ele gritou - mru papo é com ele.

Cadê o Miguel, a Letícia e o resto do pessoal que não aparece nessa hora? Assim que o filme acabou eles saíram, andando na frente sem nem se quer olhar para trás.

- Você quer conversar? então vamos conversar mais em outra linguagem. - Dylan empurrou Luke e na mesma hora direciona um soco em seu rosto, Luke cai pra trás - levanta você não é tão valentão?!

- Dylan por favor - tento o puxar. - vamos embora. - insisto com medo do pior.

Luke se levanta passando a mão sobre onde o soco havia o acertado.

- Você me paga idiota.

- Quero ver. - Dylan sorrir.

Pensei que Luke ia revidar e partir pra mais briga, porém ele simplesmente foi embora.

.

Depois do ocorrido, Dylan e eu finalmente formos até a praça de alimentação encontrando Letícia junto do meu irmão.

- Onde vocês estavam? E cadê o meu irmão? - Letícia pergunta após chegarmos na mesa que ela é Miguel estavam.

- Uma pergunta de cada vez, o Luke foi embora.

- Como assim foi embora?

- Letícia por favor - me sento ao seu lado - depois conversamos!

Passamos o resto da manhã no shopping em um clima até que agradável depois que o Luke foi embora.

Eu estava no meu quarto estudando para uma prova chata de biológia quando batem na porta, provavelmente deve se o Dylan pensei, corrir para o espelho e dei uma ajeitada no cabelo antes de abrir a porta.

Meu sorriso se desfez ao abrir a porta e vê que não era ele.

- Ahh, oi mãe. - digo e volto a me sentar novamente sobre a cama.

- Oi filha, que cara é essa?

- Pensei que fosse o Dyl...- quando eu vi que quase ia falar Dylan parei na mesma hora.

- Pensou que fosse o Dylan - Olhei para ela assustada.

- Me fala o que tá acontecendo? - ela se sentou ao meu lado e passou seus braços em volta do meu ombro.

- Não entendi - digo.

- Claro que entendeu... não quero parece intrometida  mas já sendo, ontem a noite vi você e o Dylan na cozinha. - ela parou um pouco mais logo em seguida concluiu - vocês se se olharam de um jeito que fiquei encantada. - ela suspirou - eu e o seu pai não tivermos a mesma química!

Fiquei curiosa, nunca ouvi minha mãe falar em como ela havia conhecido meu pai. Ela apenas disse que eles se conheceram pelo fato dela se melhor amiga da tia Clara.

- Me fala mãe, como você e o papai se conheceram? - pergunto curiosa.

- Ah filha, acho que você já sabe da história toda.

- Não sei não, quer dizer sei que vocês se conheceram pelo fato da tia Clara ser sua melhor amiga e irmã dele. Mais quero sabe o que você sentiu quando conheceu o papai.

- Eu não sei de fato o que eu sentir, seu pai era muito bonito e não, a primeira coisa que me chamou atenção nele foi a boa forma.

- Boa forma? - Pergunto sorrindo e achando engraçado a maneira que ela descrevia.

- Seu pai na época era um Deus grego. Quando eu o vi pela primeira vez nossa filha, fiquei em pé babando feito uma boba naquele tanquinho dele. E os olhos dele, tinha horas que eram verdes, outras que eram azuis.

Vejo de vez em quando fotos dos meus pais quando eram mais novos e posso dizer que os anos fizeram bem a eles.

- Mãe, eu queria saber o que você sentiu quando soube que estava apaixonada pelo meu pai.

Meu Primo IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora