Número ²¹

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- É apenas eu papai.

- Não - ele continuou andando lentamente pelo quarto - esse barulho soou em baixo da CAMA. - gritou a última palavra levantando a barra do lençol e olhando para o que se escondia em baixo da cama - eu sabia, sabia que ouvi alguma coisa.

- Pai eu posso explicar!

- Vocês estavam trasando? - papai pergunta e eu fico sem saber o que dizer.

- Pai, não.

Dylan sai de baixo da cama e olhou para o meu pai, que também o olhou, só que com uma cara nada legal.

- Tio, Mirela e eu não fizemos nada. -l- Dylan tenta se explicar.

- Nãoo fale mais nada, o que você tem na cabeça? Você estava forçando a minha filha, a minha garotinha a transar com você.

Me surpreendo com aquelas palavras saídas da boca do meu pai, ele conhece o Dylan e sabe muito bem que ele jamais faria tal coisa.

- Para pai - Gritei - Dylan não fez nada, eu que fiz, eu o provoquei.

- Como pode fala essas coisas? Vocês são primos! E você é muito nova pra pensar nessas coisas. - ele abaixou a cabeça e pude notar a decepção - Você é apenas uma criança.

- Deixei de ser criança a muito tempo pai.

- Você era o meu orgulho filha.

Eu amo o meu pai, porém tenho que admitir que ele estava sendo muito dramático. O namoro dele com a minha mãe não foi muito diferente, ela tinha somente dezesseis ano quando se apaixonou pelo meu pai que na época tinha dezenove.

- Tio Guilherme eu e a Mirela nos amamos. - Dylan já tinha vestido sua roupa e assim como eu também tentava explicar ao meu pai que não havia acontecido nada.

- Cala a boca seu muleque. - meu pai da um soco no rosto de Dylan.

Me assusto, nunca vi meu pai zangado daquele jeito. Nunca o vi perde a cabeça e partir para agreção, e pior, vê o Dylan naquele estado todo desengonçado caído sobre o chão.

- MÃE, MIGUEL - grito - APAREÇAM AQUI.

- O que houve? - A voz grossa de Miguel ecoou pelo quarto.

- Miguel, ajuda o Dylan. - peço ajuda ao meu irmão.

- Essa conversa ainda não acabou, viu mocinha. - papai diz antes de sair do quarto.

.

- E agora? Seu pai me odeia Mirela. - Dylan estava com o olho roxo, mais tenho que admitir que aquilo o deixava ainda mais fofinho.

- Enfrentaremos juntos. - digo e observo o estrago que meu pai deixou - você disse que faria tudo para ficamos juntos.

- E eu não estava mentindo.

- É por isso que eu amo um ser lindo e frouxo.

- Quem disse que sou frouxo? - ele se afasta de mim e faz uma careta engraçada. - eu sou o mais valente dos valentes.

- Sei.

- Minha diaba - Dylan me puxou pela cintura e colou nossos lábios.

Embora meu pai ou qualquer pessoa seja contra a tudo isso que estamos vivendo agora vou lutar para nada acabar com isso, demorou pra eu admitir que gosto do Dylan.

- Agora só falta você acabar o namoro com a rata de esgoto. - digo e vejo Dylan soltar uma risada.

- Rata de esgoto? - Dylan sorrir ainda mais.

- Não demora pra terminar com ela.

- Eu prometo!

Dylan me dá um selinho e eu me lembro de Jonas. Não vai fazer diferença, se ele quiser continuar com isso que arrumei outra pessoa a partir de hoje.

- Vou ter que volta para casa. - Dylan diz.

- Acho uma boa, tenho certeza que o papai não queria ter feito isso. Foi apenas no momento da raiva.

- É. - Dylan responde.

Dylan ficou comigo por mais algumas horas no meu quarto. Fiquei decepcionada por não acabarmos nossa "brincadeirinha" eu sou virgem, e confesso que gostaria que tudo tivesse acontecido logo. Contanto que seja com Dylan, eu já estaria feliz.



Meu Primo IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora