Número ⁸

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- Isso é pra você aprender a não me ameaçar.

Na mesma hora Dylan aparece.

- Olha o que a louca da sua prima fez - a dondoca sai da piscina choramingando porque eu acabei com o baby lise dela.
Ela passou por mim e pelo dylan ainda reclamando.

- Mirela você é muito malvada - Dylan sorriu sorriu - pega leve com ela. - não entendi o por que dessa calmaria toda.

- Pegar leve? - pergunto com raiva - Dylan, ela vem pra cima de mim com mimimi e eu ainda sou obrigada a pegar leve?

- Eu sei que a Sabrina pode se chata às vezes, mas você também não escapa disso. - Ele parou e continuou - você também maltrata muito a tia Isabela!

Agora foi que deu

- Isso, não é da sua conta seu idiota! - sair batendo os pés, Dylan querendo dar pitaco na minha vida, essa é nova.

Entro no meu quarto e deparo-me com minha mãe mexendo nas minhas coisas.

- O que você tá fazendo? - pergunto começando a ficar com raiva.

- apenas procurando o carregador do notebook!

- Acha que é assim? Mexer nas minhas coisas sem minha autorização?!

- Essa casa é minha e eu não preciso da sua autorização para mexer em algo!

- Aff, tá pega logo esse carregador e cai fora do meu quarto. - minha mãe não me ama.

.

Aff segunda-feira o que me lembra? Escola, se eu pudesse mandava acabar com todas as escolas do país! Ou melhor do mundo.

Saio me arrastando até o banheiro, tomando um banho gelado pra ver se esse sono passa. Troco de roupa, dou um jeito no cabelo e pronto. Não gosto dessas frescuras de maquiagem e tal ainda mais para ir a escola.

- Não vai tomar café? - minha mãe pergunta sentada a mesa, junto com Dylan e Sabrina.

- Não estou com muita fome!

- Come pelo menos uma maçã ou uma torrada. - minha mãe insiste.

- Já disse que não estou com fome - altero um pouco a voz.

- Já chega Mirela, não admito que fale assim com sua mãe! - meu pai levantou a voz - isso acaba hoje, exijo respeito.

- Agora você também ta querendo mandar em mim.

- Sou seu pai, tenho todo direito de reclamar! sua mãe colocou você de castigo e você como uma rebelde saiu, sua mal criada, essa rebeldia acaba hoje.

- vai bater em mim?

- Não seria má idéia. - meu pai se levanta. - Mas não vou fazer isso. Você está de castigo e ai de você se sair dele! Outra coisa quero que respeite sua mãe, você acha que ela é o que? - fiquei de cabeça baixa ouvindo tudo e não dando um pio - me responde? Você acha que sua mãe é o que?

- Pai eu... - não sei o que deu em mim.

Comecei a chorar, na frente de todo mundo. Sabrina tinha um sorriso estampado no rosto - Pai me desculpa... -  choro ainda mais.

- Cê toma jeito garota, vamos começar
apartir de hoje a respeita sua mãe e não é a mim que você deve desculpas.

Olhei para minha mãe que estava sentada, ela mantia seus olhos em suas mãos como se fosse a coisa mais interessante naquele momento. E, ela também chorava, me senti um lixo por vê-la assim.

- Mãe - chamo sua atenção, me desculpa.

Ela se levantou e veio até onde eu estava.

- É claro que te desculpo filha, apesar de tudo você é a minha filha e eu jamais guardaria mágoas de você! - ela me abraçou e eu chorei feito um bebê.

- Eu pensei que a senhora me odiava.

- Porquê pensou uma coisa dessas minha filha? - ela me olhou assustada.

- É que, você e o papai é Miguel isso, Miguel aquilo. Vocês sempre gostaram mais dele do que de mim! - abaixo meu olhar.

- Olha pra mim Mirela - olhei pra ela secando as lágrimas que insistiam em cair - Eu trato os dois igual, só que você sempre foi muito fechada e isso dificultava minha aproximação, vamos mudar a partir de hoje? Nós somos mãe e filha e não quero que agente fique em pé de guerra o tempo todo.

- Mãe me desculpa, eu fui muito cruel com você, eu te maltratei falei coisas que não devia.

-  Já disse que te perdou - ela me abraçou, que pela primeira vez não me afastei, apenas chorei ali abraçada a ela e não me importei com quem estavam olhando.

.

Estava me sentindo tão bem, tão leve finalmente havia me entendido com a minha mãe, nunca mais vou tratá-la mal.

- Fiquei muito feliz por você, deixou seu orgulho de lado. - Dylan diz e me abraça.

- Eu também. - respondo.

A dondoca da sabrina havia indo embora pela manhã, agradeci a deus por ela te voltado para sua cidade. Não aguentaria fica nem mais um dia sobre o mesmo teto que ela.

- Vamos assistir um filme? - Dylan sugere.

- Qual filme?

- Ah não sei, escolhe você.

- Invocação do mal. - digo batendo palminhas.

- Nem morto.

- Qual é Dylan? Vai me dizer que tem medo. - olhei pra ele que negou rapidamente.

- Não, eu só não gosto de filmes assim. - Dylan era um medroso em pessoa.

Soltei uma gargalhada alta igual uma hiena, rir tanto que minha barriga começou doer.

- Não acho graça nenhuma. - ele diz sem graça.

Sorrir ainda mais, Dylan quando quer consegue se superar.

- Tá bom, agente pode assistir outro.

- Tudo bem, mais eu escolho.

.

Fiz pipoca e peguei duas latas de refrigerante para assistirmos. Dylan escolheu o filme 'Um vampiro mentiroso' pelo título me parece bom.

No meio do filme o ridículo do meu primo resolveu me assustar e acabou comigo derrubando pipoca para todos os lados.

- o que deu em você? - Coloquei minha mão no peito, sentindo meu coração acelerado - você me assustou!

- Desculpa - ele sorrir e logo depois começou a rir -

Me lavanto e vou até a cozinha pegar uma pá e vassoura. Voltei a sala e Dylan continuava assistindo e comendo o resto da pipoca.

- Não vai me ajudar?

- Espera o filme terminar.

Assim que o filme acabou, Dylan me ajudou e nós dois arrumamos
a sala juntos. Formos para cozinha beber alguma coisa e guarda a Pá e a vassoura.

Dylan guardava as coisas, enquanto eu pegava dois copos para bebemos a água.

- Voltei - estendi minha mão para que ele pudesse pegar o copo d'água, só que ele chegou perto demais colando nossos corpos, nossos olhares se cruzaram.

Olhei em seus olhos pretos quase puxados para um cinza e ele continou ali me encarando. Seu olhar se desviou para o decote da minha blusa, onde ele mais uma vez desviou novamente para o meu rosto.

- Eu vou pro meu quarto - digo sem graça - derrepente me bateu um sono. - mentir

- É eu também vou.

Sair da cozinha ainda chocada com o que aconteceu, eu sentir uma coisa estranha com todo aquele olhar em cima de mim.

Meu Primo IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora