FELÍCIA
Meu coração batia forte contra o meu peito.
Que cara de pau!
Como ele ousava mandar em mim novamente?!
Mesmo tendo todas essas sensações estando perto dele, ainda assim era uma cidadã, tinha diretos e vontades como qualquer um. Tinha o livre-arbítrio de andar, comprar e trabalhar onde bem queria. Será que ele era algum psicopata disfarçado de lutador? Não havia outra explicação, ele devia ser isso mesmo.
Ele não me conhece, somente me viu duas vezes na vida e ainda achava que tinha algum poder sobre mim. Se ele pensava que seria fácil assim, ele estava muito enganado!
Estou muito puta com esse homem arrogante, idiota, lindo, maravilhoso...
— Quem você pensa que é para querer mandar em mim dessa forma?! — gritei, irritadíssima com sua atitude.
No minuto seguinte virei para ele, encarando seu grande corpo, erguendo minha cabeça e mostrando para ele que não sairia por baixo.
— Você não deveria me questionar com este tom de voz, minha Bela.
Eu quase, eu disse QUASE me derreti. Sua voz era calma, mas autoritária. Seus olhos estavam cravados em mim como estacas. Eles eram lindos, porém sérios.
— Que?! Você é louco! Que isso não se repita, você não é meu dono! — Lhe dei as costas, mas o gesto foi um erro.
— Uma coisa que não vai se repetir é a sua ousadia em me dar as costas. Fique ciente disso, ou seu traseiro bonito que irá sofrer com as minhas mãos! — Nem precisava dizer que naquele momento eu gelei.
Sua voz era fria, ele realmente não gostou do que fiz. E eu só me virei.
— Não vou repetir — olhei seriamente para ele —, não... eu vou repetir, sim — encarando-o profundamente, disse: — VOCÊ NÃO É MEU DONO!
Achei que ele fosse me matar, mas não, ele riu. Naquele som não havia se quer um pouco de humor, somente ironia.
— E ainda ousa rir da minha cara, francamente. — Não deixaria que fizesse tal coisa.
Com autoridade e ousadia, me virei, lhe dando as costas novamente.
— Eu te avisei, Bela.
Em segundos, meus pés já não estavam no chão, minha barriga estava sobre os seus ombros e o meu traseiro estava no ar.
FILHO DA PUTA!
— Me solta! Você não irá fazer isso comigo novamente.
— Aconselho você a ficar em silêncio.
— Não está em condições de aconselhar nada, me coloque no chão agora! — Gritava como uma louca, me debatendo em seus ombros.
Mas, então, de repente, um estralo foi ouvido e uma dor excitante me atingiu.
Ele me bateu?!
— Você me bateu?! Eu já lhe achava um louco, mas agora...
— Felícia, eu já estou cansado do seu show. Cale está boca, não irei lhe fazer mal. Talvez eu faça... — Ele deixou no ar. Acreditava que não seria preciso uma segunda palavra para que eu me calasse.
No entanto, vi quando sua intensão era me colocar dentro de um carro. Não iria acompanhá-lo! Ele era um psicopata! Os olhos dele ficam vermelhos e ele me tratava como se fosse um simples objeto! Tinha que fazer algo, ele não iria me levar. Eu ainda tinha o meu pequeno para criar.
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FERA
WerewolfFera, faz uma releitura sobre um antigo conto de fadas Francês, criado originalmente por Gabrielle-Suzanne Barbot. A história relata um romance envolvente e possessivo, onde se encontra a Bela, uma dama doce e determinada. E a Fera, um homem tentad...