DOZE

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FELÍCIA


Apollo estava ao meu lado, com suas mãos em mim. Era confuso entender a sua necessidade em estar me tocando, em estar perto. Não estava reclamando, muito pelo contrário. Não podia negar que estar perto dele trazia uma sensação mais que satisfatória. O formigamento em minha pele, a necessidade insana de sentir seu pau entrando em mim, seus beijos, os toques, as palavras sujas. O sentimento intenso que me invadia a cada vez que ele me surpreendia com suas mãos e boca, causando-me leves paradas cardíacas, enquanto eu tentava disfarçar o rolar dos meus olhos e os gemidos fracos.

Assim que saímos da casa dos meus avós, Apollo nos colocou em um carro, nos levando para o aeroporto, onde um jatinho estava nos esperando. Mesmo que não houvesse sol, Apollo estava com óculos escuros, me dando a visão do pecado sem camisa. Tentei não encarar muito, mas era uma missão extremamente difícil. Eu simplesmente não conseguia.

Ele ajudou meus avós a subirem e, em seguida me pegou pela cintura, me colocando para dentro do jatinho. Suas mãos encadeavam fogo pelo meu corpo até que chegassem ao meu centro. Era difícil estar perto dele e não sentir nada. Após admirar aquela realidade desconhecida por mim, vi seus olhos em mim em um aviso silencioso. Pedi para que minha avó segura-se Hércules e fui em direção a Apollo. Entrei por uma porta pequena e estreita, ouvindo-a sendo fechada em minhas costas. Em instantes, o ar pareceu pesado e quente, erótico, viciante.

— Eu te avisei, porra. — O tom era furioso, mas excitante. — O seu tempo acabou.

— Você não me disse nada. — Fui autoritária e decidida, ainda de costas, observando o pequeno quarto com uma cama redonda e luxuosa, centralizada. — Uma semana, foi somente isso. Ainda estou no prazo.

Entrei no seu jogo, pois sabia que no final eu não teria como escapar deste homem, ou talvez eu não quisesse.

— Você não tem mais um prazo, não tem mais volta. — Sua voz estava mais perto, por mínimos centímetros do seu corpo com o meu.

— O que acontece agora? — questionei, mesmo sabendo qual seria a primeira coisa.

— Primeiro eu vou comer você de quatro. Depois você vai para minha casa, onde nunca mais irá fugir de mim. — O rosnado desceu quente pelas minhas pernas, em uma resposta imediata.

— Por quê? Por que você me quer tanto? Por que de tudo isso? — sussurrei, me virando, querendo ouvir sua resposta enquanto meus olhos estavam nos seus.

— Não existe um por que, você foi feita para mim e eu para você, simples assim. — Vi honestidade em suas palavras, mesmo sendo tudo muito confuso para mim, saindo aquela explicação dos seus lábios parecia que era o certo.

— Você é um lobo, um lutador e obcecado por uma mulher que não conhece?

— Acho que você pontuou as minhas principais qualidades corretamente. — Um sorriso zombeteiro cruzou seus lábios.

— Ser obcecado é uma qualidade?

— Se a mulher for você, eu diria que sou mais que obcecado.

Deveria sentir medo, mas o efeito foi totalmente contrário. Foi em instantes quando o seu sorriso sumiu. Seus olhos em seu tom escuro, se tornando vermelhos sangue e seu peito nu subindo e descendo fortemente.

— Não vou ser delicado — ele avisou.

— Não quero que seja.

Minhas roupas, em segundos, foram parar no chão. Meus joelhos estavam apoiados no colchão, assim como o meu rosto.

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