A cura da paixão

Parte 16 - O jogo começou

Santiago estava sentando ao meu lado enquanto eu procurava força para contar a minha história.

-Eu tive um namorado. Eu sempre fui tímida, os garotos viviam me convidando para sair, mas eu sabia o que ele realmente queriam – Sorri e ele me retribui o sorriso – Eu era virgem quando entrei na faculdade, conheci Alessandro ele era meu colega. A gente se dava super bem, tinha as mesmas idéias de mudar o mundo ajudando as pessoas, as mais necessitadas, era tudo muito bonito sabe. E eu me apaixonei – Ele cerrou sua mandíbula. Ele não parecia ter gostado da minha ultima frase, mas o que eu sentia por ele era amor, claro que eu não estava pronta para falar para ele, então resolvi continuar a minha história – E ele também. Um dia fui à sua casa estudar e seus pais não estavam sabe bem coisa de adolescente – Comecei a rir ao lembrar aquela tarde – Então nós fizemos amor, foi bem especial. Ele era super carinhoso. Só depois disso ele começou com uns ciúmes obsessivos sabe como pegar meu celular e quebra. – Olhei para baixo – Um dia nós estávamos na faculdade eu estava conversando com um colega nosso, e ele simplesmente chegou descontrolado brigando comigo, quando eu fui tentar me explicar ele me empurrou e me jogou para o chão. Eu gostava dele, mas eu não tive outra opção a não ser terminar, então ele foi embora na outra semana e desde então eu não vi mais ele. Eu demorei a esquecer ele, mas acho que a melhor coisa que aconteceu foi ele ir embora, porque eu acho que eu não teria conseguido arrancar ele do meu coração. Eu tinha a idealização de casar com o primeiro homem da minha vida – Disse, rindo e limpando uma lagrima que escorreu.

-Eu entendo os ciúmes dele, porque eu sinto o mesmo por ti quando eu te vejo perto do Pedro – Ele disse, segurando a minha mão. –Mas claro que não justifica as agressividades que ele fazia.

-Ah você sente ciúmes? – Perguntei sorrindo

-Você é a mulher mais linda daquele hospital e a melhor na cama – Ele disse subindo em cima de mim.  – E eu não quero ninguém ao seu lado – Sua voz saiu rouca ao sussurrar ao meu ouvindo, beijando meu pescoço.  Eu agarrei sua cintura pressionando seu pênis contra o meu ventre. – Eu odeio saber que outro homem te tocou.

-Sabe, tem uma coisa que eu nunca fiz? – Olhei para ele com cara de safada

-O que você nunca fez? – Perguntou sorrindo, seus olhos brilhavam.

E o virei, ficando em cima dele. Então fui beijando seu peitoral até chegar à base do seu pau que estava semi-ereto, seu pau era muito grande e grosso. Eu não tinha feito aquilo, não sabia nem por onde começar, mas eu estava ansiosa para sentir ele dentro da minha boca e para dar prazer ao homem que eu amava. Eu chupei a cabeça e depois o enfie todo dentro da minha boca, deslizando minha língua por toda sua extensão. Eu segurava seu pau com força. Comecei a chupar intensamente numa ansiedade. Santiago sussurrava meu nome entre as suas gemidas, podia sentir sua respiração ofegando. Seu pau pulsava dentro da minha boca. Eu mordi sua cabeçinha de leve e ele gritou de prazer, depois voltei a chupar com força levando seu pau até a minha garganta e cariciando seus testículos.

-Helena, continua assim – Gritou enquanto enterrava as mãos no meu cabelo.

Ele não demorou muito a gozar, gritando meu nome. Eu engoli tudo como uma boa menina. Queria que fosse perfeito e quando ergui minha cabeça e vi Santiago anestesiado jogado na cama, eu sabia que tinha agradado ele.

Então ele me puxou para perto dele e me deu um selinho, eu deitei sobre seu peitoral, fechando os olhos para sentir os carinhos que ele fazia no meu cabelo.

-Dorme meu anjo – Era a única coisa que me lembrava antes de adormecer.

Acordei no outro dia com alguém batendo na porta do nosso quarto. Eu ainda continuava deitada com a cabeça sobre o peitoral do Santiago. Antes de me levantar para ver quem era na porta, aproveitar para deslizar minhas unhas sobre corpo. Coloquei o vestido que estava ao lado da cama e fui até a porta.

-Quem é? – Perguntei antes de abrir.

-Maria - sussurrou outra pessoa atrás da porta.

Jura que eu iria abrir para essa piranha, se bem que eu poderia abrir sim, afinal era um jogo e eu estava a fim de jogá-lo.

-Só um pouquinho – Olhei para o Santiago, ele estava dormindo igual uma rocha, acho que eu tinha cansado ele na noite anterior, ri internamente. Fui até a minha mala e coloquei uma calcinha e um sutiã vermelho que eu havia trazido. Me sentia mal por estar fazendo isso, porque eu não deveria ter que provar nada a ninguém, mas eu queria mostrar para essa vadia que eu e o Santiago havíamos se amado na noite anterior. Dei uma ajeitada no meu cabelo antes de abrir a porta

-No que posso te ajudar? – Perguntei esticando meu braço sob a porta aberta e por um momento me senti uma mulher sexy de filmes.

Ela me olhou de cima abaixo e depois olhou para a cama a onde Santiago repousava só com um lençol tampando suas partes intimas. Ela levantou a sobrancelha e me fuzilou com os olhos.

-Você se acha muito por estar dando para ele? – Ela me perguntou com olhar cínico.

-Eu não me acho querida, eu sou a mulher que ele está amando todas as noites – Cruzei os braços.

- Você nem imagina o que te espera, eu vou fazer ele te desprezar. – Ela disse, cruzando os braços também.

- Acho que a única mulher que ele conseguiu amar e odiar foi você. E me aliviar saber que ele te odeia agora.

-Eu também gosto de saber que ele me odeia, sabe por quê?

-Não, porque querida?

-Porque no momento em que ele senti algo tão intenso assim, é porque ele não me esqueceu – Ela sorrio de canto, eu abaixei a cabeça, porque no fundo sabia que ela tinha razão.

-Saí daqui – Disse, fechando a porta, quando ela colocou o pé na frente.

-Você ganhou essa batalha, mas não a guerra – Me ameaçou, dando as costas para mim.

Com certeza eu estava com medo, eu não queria perder o Santiago, não agora que eu estava tão envolvida com ele. Eu o amava, mas não iria dizer isso sem antes ter certeza que ele sentia o mesmo por mim. A incerteza me deixou triste. Foi quando eu percebi que eu tinha a chance de fazê-lo me amar e esquecer aquela vadia.

Fui até a cama e puxei o lençol que cobria o meu homem. Isso mesmo MEU. Ele acordou meio perdido olhando para os lados. Coloquei uma perna sobre a cama.

-Meu Deus! Você está muito gostosa nessa lingerie – Ele disse, quanto se ajoelhava na cama.

-Comprei especialmente para você – Eu disse, enquanto ele beijava minha perna. 

Ficamos a manhã toda no quarto, eu não cansava de me entregar a ele. Ele sabia exatamente o que fazer comigo na cama. Terminamos no banho, transando contra o azulejo gelado.

Quando descemos para almoçar, todos já haviam almoçando e estavam na praia, inclusive minha mãe. Acho que a Dona Conceição estava cuidando dela, as duas estavam se dando bem. Primeira vez naquele final de semana eu estava me sentindo feliz, por mim, pelo Santiago e pela minha mãe. Almoçando no balcão da cozinha, foi divertido por mais incrível que pareça o Santiago nunca havia comido na cozinha, fiquei decepcionada como nos dois éramos de mundos diferentes, imaginei quando ele chegasse à minha casa e visse na situação que eu morava. Então meti na minha cabeça que com o meu primeiro salário eu iria alugar um apartamento melhor.

Subimos para o quarto para colocarmos roupas de banho. Ele insistiu em ficar no quarto, mas eu já estava com vergonha dos seus pais, afinal ficamos boa parte do tempo no quarto. Por outro lado eu lembrava que a Maria estaria lá, eu havia visto de biquíni aquele dia na piscina, ela era absurdamente linda de corpo. 

O gramado do jardim emendava com a areia da praia, era muito perto a praia da casa. Quando saímos pela a porta da frente, já podíamos avistá-los. Eu e o Santiago chegamos de mãos dadas à barraca que se encontrava o pessoal.

-Você é muito mais bonita de biquíni – A voz rouca de Pedro de me vez congelar, ao olhar para ele, me fitava dos pés a cabeça. A mão do Santiago apertou a minha com força, num gesto de possessão, seu maxilar se contraiu de raiva. Foi quando eu olhei para Maria e ela estava com um sorriso irônico.

Só podia ter sido ela.