A cura da paixão

Parte 36 - Ser forte

- Desculpa, eu não sabia que você ia ficar aqui, Fátima disse para eu ficar aqui que você não estava mais dormindo em casa – Disse saindo da cama

-Não – Ele disse dando um passo para frente parecia ser uma forma de impedir que eu prosseguisse, parei e o olhei em seus olhos no mesmo momento desvie.

Não aguentava continuar olhando para ele se sem fraquejar.

-Você pode dormir aqui, eu durmo em outro quarto – Suspirou relaxando os ombros.

Acho que se estava sendo difícil para mim para ele também. Até porque se tudo que ele sentisse fosse verdade não iria passar em algumas semanas.

-Não, eu durmo em outro quarto – Disse me encaminhando até a porta quando suas mãos tocaram o meu braço, ele me segurou impedindo novamente que eu continuasse.

Fechei os olhos ao sentir o toque das suas mãos na minha pele.

-Acho melhor você dormir aqui, afinal você carrega o meu filho e essa casa é dele. Assim que eu casar eu te deixou aqui sozinha – Ele sussurrou largando o meu braço e saindo do quarto.

Meu Deus ele era tão inconstante, uma hora parecia ser aquele homem que eu me apaixonei e outras parecia ser um gelo de tão frio.

Óbvio que eu não iria conseguir voltar a dormir e não iria aguentar muito tempo ali, eu teria que começar a colocar o meu plano em ação.

Abri a minha mala e procurei o meu pijama e fui tomar um banho, eu não iria aguentar muito mais tempo com aquela roupa, acho que ela me deixava mais cansada.

Para chegar ao banheiro do quarto dele tinha que passar pelo seu closet que era cheio de sapatos e ternos. Fui passando as mãos pelos seus ternos de cores diversificadas. Chegando ao banheiro seu perfume estava sobre a bancada de mármore escuro.

O banheiro era todo branco com os moveis de cor preta, havia uma banheira e em cima dela um chuveiro.

Inspirei o cheiro que havia naquele ambiente e peguei o seu perfume e cheirei um pouco, como eu amava aquele cheiro, pior era a falta que esse cheiro fazia no meu corpo.

Balancei a cabeça na tentativa de expulsar aqueles pensamentos.

-Helena você precisa ser forte. Prometi que não ia mais me humilhar e não vou – Sussurrei para mim mesma.

Entrei no chuveiro e não demorou muito para o vapor da água tomar conta do banheiro. Eu definitivamente teria que tomar banho naquela banheira antes de fugir pensei comigo mesma rindo.

Já havia tomado banho, mas estava tão boa aquela água quente escorrendo sobre o meu rosto. A partir daquele banho eu ia ficar renovada.

Quando fui tirado do meu devaneio por uma batida na porta. Meu coração estava saltando pela boca com o susto que havia tomado.

Olhei pelo vidro do Box e não havia ninguém no banheiro.

Eu só podia estar ficando louca.

Saí do chuveiro correndo pegando uma toalha que havia no banheiro.

Quando sai do banheiro enrolada na toalha quando dei de cara com o Santiago no seu closet mexendo em uma gaveta.

-Meu Deus! – Gritei em reação ao susto de vê-lo ali.

Se ele estava ali, então tinha sido ele que havia entrado no banheiro quando eu estava tomando banho.

Olhei para o banheiro e olhei para ele novamente tentando entender o que acabará de acontecer.

Ele engoliu a seco enquanto passava os olhos pelo meu corpo.

-Santiago! – Disse estralando os dedos

-Que? – Ele respondeu balançando a cabeça saindo do devaneio que ele se encontrava, não queria nem saber no que ele estava pensando.

-Você entrou no banheiro? – Perguntei direta sem dar muito abertura para o fato de ele ter ficado me olhando.

Não sei o que ele tanto olhava afinal a gente já havia ficado juntos tantas vezes. Talvez fosse por ele ainda me desejar da mesma forma que eu desejo a ele.

-Desculpa, eu vim buscar o meu pijama – Ele respondeu abaixando a cabeça fechando a gaveta.

-Hm... E o seu pijama estava dentro do banheiro? – Perguntei cruzando os braços.

-Que? Não... – Ele respondeu confuso

Eu estava conseguindo deixar o Senhor eu sou melhor que todos confuso. Ponto para mim! Quero dizer para o meu corpo.

-Então porque entrou no banheiro? – Perguntei

-Eu não entrei – ele me respondeu me encarando nos olhos.

Ótimos agora ele havia voltado ao normal.

-Eu vou indo – Ele disse virando as costas para mim

-E o pijama? – Eu perguntei

-Que pijama? – Ele respondeu virando para mim.

-Que você veio buscar – Respondi apontando para a gaveta

-Ah – Ele disse levantando as sobrancelhas e então se dirigiu a outra gaveta.

Eu caminhei até o quarto a onde o meu pijama se encontrava em cima da cama. Era uma camisola que a Rebeca havia me feito comprar para ir à casa de praia com o Santiago.

Esperei ao lado da cama o Santiago voltar do closet para eu me vestir. Não iria arriscar de ele voltar e me ver nua. Se ele achava que eu era uma puta e não me queria mais, então ele nunca mais iria me ver como mulher.

Ele levou alguns minutos e quando voltou estava com pijama e com terno.

Fiquei olhando ele enquanto ele parou na entrada do closet.

Ele passou os olhos novamente no meu corpo parando sobre o meu olhar. Ele parecia buscar uma resposta nos meus olhos ou um consentimento, mas não teve.

Abaixei a cabeça desviando o olhando dele.

Ver ele no mesmo quarto que eu estava me machucando.

-Boa noite! – Ele sussurrou e se encaminhou para a porta do quarto.

Caminhei até a porta e a fechei desabando sobre o chão.

E eu não consegui segurar e ali sentando no piso eu chorei. Chorei por não poder o ter e por ter que fingir ser forte.

Coisa que eu nunca fui.