The Killer At School

Alguém nos Observa

Ao longe, podia-se ver a enorme quantidade de alunos em frente à Paul R. Williams High School.

Na rua, as luzes dos carros de polícia continuavam a piscar enquanto o carro do IML chegava cada vez mais rápido até parar próximo da multidão.

- Todos para trás! Todos para trás! – Um homem loiro forte e fardado falava para os alunos do lado de fora da escola. Todos falavam ao mesmo tempo, deixando a confusão cada vez maior. – Saiam da frente! Eu preciso que deem espaço!

- Nós queremos saber o que aconteceu! – Um garoto gritava.

- O que houve?! – Outra garota perguntava.

O carro de Bruno parou um pouco longe de tudo aquilo e dele saíram Rodrigo e Bruno.

- Que porra é essa agora? – Rodrigo exclamou olhando para aquilo.

- Parece que não é coisa boa. Será que o Jonatas se meteu em outra confusão? – Bruno falou caminhando com ele até a multidão.

Jéssica estava a caminho da escola. Falava com sua amiga pelo celular:

- Tentei te ligar ontem. – Dizia ela. – Por que não me atendeu?

- Eu saí com o Aiden. Desculpe. – A voz da garota era um pouco grave. – Mas, e aí? Como foi o primeiro dia de aula? Não pegou a escola toda, não foi?

- Vai se foder. – Jéssica respondeu rindo. – Não aconteceu muita coisa. Fiz alguns amigos e também uma inimiga.

- Quem é a vadia?

- Uma tal de Amanda. Ela me envergonhou na frente de toda a escola. Mas relaxa, ela vai pagar ainda. Estou apenas aguardando e... – Jéssica parou de falar.

- O que foi?

- Depois eu te ligo, Letícia. Tem alguma coisa acontecendo aqui. – Ela desligou o celular e começou a parar o carro. Jéssica saiu com uma expressão confusa.

- Mas o que é isso? ... – Ela falou quase sussurrando para si mesma enquanto fechava a porta do carro e caminhava junto com outros alunos para a multidão.

Dois homens e uma mulher saíram do carro do IML e atravessaram a multidão a caminho da escola. Passaram pela faixa amarela que os policiais colocaram e adentraram.

- Ei! – Jéssica ouviu alguém a chamar. Se virou e viu Andrezyelle parada diante dela. – O que está havendo aí?

- Eu também não sei. – Respondeu ela. – Cheguei agora mesmo. Onde está aquele seu amigo loirinho e estranho?

- Eu também não sei. – Ela parecia um pouco nervosa. – Ele disse que viria para cá ontem à noite para entregar uns papéis e hoje de manhã ele não estava em casa quando cheguei.

Amanda parou o carro de seu pai em seguida e desceu. Eddy logo se aproximou dela com uma aparência nervosa.

- O que é isso agora? – Amanda perguntou olhando tudo.

- Eu não sei. Ninguém sabe ainda. Onde está a Vitória?

- Ela não passou lá em casa hoje. – Ela franziu o cenho estranhando.

- Alunos! Prestem atenção, por favor. – Todos fizeram silêncio e voltaram os olhos para o diretor Genivaldo que estava parado diante de dois policiais. Sua aparência era cansada. Usava a mesma camisa azul clara de manga longas que estava no dia anterior. – Antes de mais nada eu quero que vocês saibam que ontem à noite... eu... vi o corpo de alguém na sala de teatro.