The Killer At School

Perdão

Pelos corredores de um hospital, três pessoas correm desesperadas. Esbarram em alguns até parar de frente para Jéssica que se levanta.

- Como ela está?! – Dandara pergunta nervosa.

- Ela... ainda não acordou. – Responde Jéssica que está com os olhos vermelhos e a voz trêmula.

- Como isso aconteceu? – Ítalo perguntou atônito. – Nós saímos por um minuto e isso acontece.

Andrezyelle troca olhares com Jéssica e as duas permanecem caladas.

- Não vamos falar disso agora. – Ela responde então.

- Vocês acham que foi o killer que fez isso? – Gabriel pergunta.

- Não sabemos... – Sky responde – Foi tudo muito rápido. Ela saiu correndo da escola e o carro veio. Não tinha como o killer saber que ela iria estar ali naquele exato momento.

- Meu Deus... – Dandara estava nervosa. Foi até Jéssica e lhe deu um abraço apertado. – Eu sinto muito... – Jéssica assentia chorando.

Logo, atrás deles, uma mulher apareceu correndo desesperada. Cabelos loiros, olhos verdes e expressão de total pânico.

- ONDE ELA ESTÁ?! – A mãe de Eddy gritava se aproximando. – ONDE ELA ESTÁ?!

Um homem de jaleco apareceu em seguida com uma prancheta nas mãos. Ele saiu da sala em frente a eles e fechou novamente a porta.

- Está tudo bem, gente. Vocês precisam se acalmar. – Ele dizia em um tom calmo.

- Ela está bem, doutor?! – A mãe de Eddy exclamava. – Eu preciso vê-la!

- Calma, senhora. – O homem advertiu. – Ela está bem. Ela apenas se arranhou um pouco. Já demos uns sedativos para ela para que ela possa descansar.

- Eu posso ver ela?! – A mulher insistiu.

- Ainda não. Ela precisa descansar. Vai ficar aqui por alguns dias. – Ele olhou na prancheta. – A senhora é a mãe dela?

- Sim!

- Eu preciso que venha comigo para preencher a ficha, se não se importa.

- ...tudo bem. – Ela enxugou uma lágrima e seguiu o homem pelo corredor.

Jéssica caminhou até a porta e olhou para dentro pelo vidro. Eddy estava deitada na cama com um lençol que cobria até sua cintura. Havia um curativo em sua testa e ela respirava devagar. Uma enfermeira também estava na sala regulando o soro que ia para suas veias.

- O que é que eu fiz?... – Disse Jéssica por fim.

Todos estavam na cantina do hospital tomando café. Jéssica levantou da pequena mesa onde eles conversavam e foi até a bancada quando percebeu que Andrezyelle se aproximava.

- Ei. – Disse ela. Jéssica se virou, encarando-a. – Me desculpa. Foi tudo culpa minha...

- Ainda bem que você sabe disso. – Respondeu ela friamente.

- Eu sei! Me desculpa!

- Desculpas não adiantam agora, Andrezyelle! – Ela exclamou. – Desculpas não vão tirar minha namorada daquela cama!

Os olhos de Andrezyelle iam se enchendo de lágrimas e em seu rosto, podia-se ver claramente uma expressão vazia e triste.

- Você tem noção do que fez?! – Jéssica continuava. – Tem noção do que estou sentindo?! Se você tivesse... não estaria nem olhando na minha cara agora.