Capítulo 11 - O que está acontecendo comigo?

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  Hey meninas,

Quero agradecer a todos que comentaram e favoritaram a história! De verdade fico muito feliz com esse retorno rápido em tão pouco tempo.
Aos meus leitores de Sky Forest que estão me prestigiando aqui VOCÊS SÃO FODA, SÃO MEU 14 CLÃ E MORAM NO MEU CORAÇÃO!

Espero que gostem desse capítulo! Boa leitura  

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Isabel andava na sala de seu escritório de um lado para o outro, agitada. Ora passava as mãos nos cabelos, ora bufava angustiada, ora soltava o corpo em sua cadeira e fitava o teto branco da sala. Sua inquietude tinha nome: Amy Collins. Desde o dia na Pedra da Gávea em que Amy deitou a cabeça em seu ombro ela não conseguia parar de pensar no cheiro que ela tinha, na maciez de seus cabelos negros, no contato do rosto dela em seu ombro e os arrepios que sentiu diante disso. Sonhara com Amy nas noites seguintes. Já quase fim de semana e ela não tinha coragem de falar com Amy. Sequer conseguiu começar a montar seu perfil de noiva, com base em todas as perguntas que fez a ela enquanto riam de suas dúvidas na Gávea.

Isabel se lembrou de tudo. Lembrou-se dela dizendo que sua cor favorita era verde, que adorava o mar e o por do sol, que queria aprender a tocar violão um dia... A cena vinha em sua cabeça repentinamente e ela não tinha com quem conversar a respeito. Sua melhor amiga havia se mudado para França para fazer uma pós-graduação. Seu irmão Caio Ronald também estava fora do país. Era um médico renomado, especialista em Oncologia Pediátrica. E seus pais? Não, ela não poderia contar para eles. Apesar de aceitarem sua condição sexual eles haviam sofrido muito pelo último relacionamento dela. Desabada na cadeira, Isabel mergulhou em seus pensamentos. Lembrou-se de seu casamento de cinco anos que havia terminado após uma dura traição que atingiu toda a família. Desde então, as festas familiares eram raras e difíceis para ela.

Sem que ela pudesse controlar, seus olhos ficaram marejados em lágrimas e logo chorou em silêncio com as lembranças que ainda doíam. Tinha jurado para si mesma que não ia mais se apaixonar de novo por ninguém e estava cumprindo essa promessa, até que aqueles olhos azuis começaram a tirar seu sono. Sua cabeça girava e doía. Como ela poderia se envolver com alguém assim? Amy era noiva, até onde ela sabia heterossexual e a contratou para organizar o casamento dela. Era impossível! Mas impossível seria Isabel conviver com ela se se deixasse levar pelo sentimento que insistia em crescer em seu peito. Não queria mais sofrer depois do que houve. E tinha ciência que persistindo, seria inevitável o sofrimento. Pensou em se afastar, mas o que diria a Amy? "Desculpe, não posso mais organizar seu casamento porque me sinto perdidamente atraída por você!" Ridículo! Pensou. Ela era a organizadora mais conceituada da cidade e sempre se orgulhou pela perfeição de seu trabalho e pela sua ética. Iria de encontro a tudo que sempre presou se insistisse nessa história. Levantou novamente andando inquieta. Lembrou-se de Carla e Lina, que conhecera no domingo. Das coisas que Carla disse a ela. Havia se aproximado muito delas, mesmo em tão pouco tempo. Sentiu aquela afinidade instantânea, que a gente sente às vezes quando conhece alguém e parece que já conhecia faz tempo. Discou o número da casa delas que Carla havia lhe dado por mensagem. Nem percebeu que ainda chorava e sua voz assustou Carla.

- Alô?

- Oi é a Isabel.

- Isabel?! Que houve?! Porque chora? Lina ouviu o espanto da esposa e se aproximou dela preocupada com a conversa.

- Eu... não... não estou chorando. Ficou constrangida.

- Não, eu que estou! Me diz logo o que houve mulher!! Sua voz tinha o tom preocupado. Carla também sentiu uma grande afinidade com Isabel e de uma forma engraçada, quase irônica, Lina sentiu o mesmo por Amy.

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