Capítulo 26 - Enfrentando o passado

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Hey meninas,

Hoje é dia de combo hein? Já foi Sky agora Amybel rs  Vocês adoram a quinta-feira ou não?

Boa leitura :)

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Isabel estava parada em frente a porta de sua antiga casa, onde viveu toda vida. Era cedo, a rua estava calma, a cidade fria e seu coração angustiado. Amy havia ficado no centro da cidade e ela seguiu alguns quilômetros a mais para o bairro do interior de Teresópolis.

"Vamos Isabel você consegue" Pensava consigo tentando criar coragem.

Finalmente apertou a campainha e aguardou uns poucos segundos até que D. Maria, sua mãe abriu a porta. Ela era uma senhora de 60 anos, robusta, cabelos tingidos de loiro, um rosto doce mais meio amargurado pelas marcas da vida. Isabel tinha seu sorriso e seus olhos. Desde pequena todos diziam que ela era a cara da mãe. Os olhos castanhos esverdeados ficaram lendo-se por alguns instantes. Ambos com receio daquele encontro.

Dona Maria quebrou enfim o gelo, abrindo mais a porta e estendendo os braços para que a filha a abraçasse.

- Filha, que bom te ver! Ela disse com certa emoção na voz.

- Ah mãe...

Isabel abraçou-a e não conteve a emoção. Acabou chorando e sentiu a mãe aperta-la contra o peito, como fazia quando ela era adolescente. Ficaram presas naquele abraço por um tempo que nenhuma das duas prestou atenção, mas que fora um alento para os corações.

- Você está ainda mais linda minha filha... D. Maria segurou o rosto da filha e beijou-lhe a testa com carinho.

- Obrigada mãe. Como a senhora está?

- Entre, não vamos conversar aqui né? Está muito frio. Venha querida!

- Mas e o papai?

- O que tem ele filha?

- Ele concorda que eu entre? Isabel perguntou receosa. O pai sempre fora rígido e em três anos, nem ao telefone com ela falava.

- Porque você não entra e confere isso? A mãe sorriu carinhosa.

- Sei não, mãe... Não quero piorar as coisas.

- Confia em mim filha! Vamos, entre, estou congelando aqui... riu.

A casa estava quente, a lareira acesa, os móveis antigos de madeira no mesmo lugar de sempre. O cheiro de incenso agridoce que a mãe amava inundava suas narinas. Lembrou de tudo que vivera ali por um momento, de como amava estar em casa. Seu coração estava acelerado. Há três anos não vira o pai, não ouvia sua voz. Mas o que temia mesmo era o olhar dele. Muitas vezes Amy a fazia lembrar o pai, cujo olhar frio era pior de todas as coisas. E ela tinha muito medo de receber esse olhar de novo. Apesar de ser mais rígido, o pai sempre fora o herói de Isabel e a dor que ela sentia por saber que ele a queria longe, era imensurável.

- Ele está no escritório. Vai lá filha, ele já sabe que você chegou. A mãe encorajou Isabel que a olhou como uma adolescente que aprontou na escola e estava com medo da bronca.

- Vamos filha, não seja medrosa! Dona Maria riu. Isabel suspirou fundo e deu duas batidas na porta.

- Entre! A voz grossa do pai ecoou na casa silenciosa e ela tremeu por inteiro. Abriu a porta devagar.

Sr. Adão estava de pé atrás da mesa do escritório. Parecia mais velho, os cabelos estavam totalmente grisalhos, mas rugas pelo rosto, barba crescida e um olhar sério. Havia emagrecido e perdido a "barriga de Chopp" que sempre tivera. Isabel entrou em silêncio, encarando os olhos negros do pai. A mãe ficara na porta parada, para não atrapalhar o encontro.

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