Capítulo 60 - O chefe

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Hey Amybetes,

Preparadas para saber quem é o chefe??

Nos vemos no final!

Boa Leitura :)

*************

- Então é você? Amy disse apontando a arma para sua algoz.

- Olá Amy! Finalmente vamos acertar nossas contas...

- Por quê?

- Você sabe por quê!

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POV NARRADOR

Massachusetts, Outubro de 2007 - 08 anos atrás;

A garota mais popular e mais cobiçada do campus estava distraída observando a atípica nerd, de longos cabelos negros, olhos azuis acesos e beleza rara, conversar com sua única amiga Dani. Com seu uniforme de líder de torcida, ela sentia-se frustrada e com raiva. Por anos alimentou uma paixão secreta até que finalmente resolveu que deveria revelar aquele segredo, aos poucos. Apesar de ser lésbica, não sofria preconceitos, graças a sua popularidade, desde que pensassem que ela era bissexual. Seu invejável corpo eram o cartão de visita perfeito. A fila para tê-la era enorme. Garotos e garotas desejavam-na, mas ironicamente, ela desejava a única pessoa que parecia não a notar.

Amy Collins era a garota mais inteligente do colégio. Era também a mais antissocial e sombria. Não criava intimidade, não falava com ninguém, exceto com sua melhor amiga. As ofensas não a atingiam. Amy era misteriosa e aquilo lhe intrigou por completo. No último ano suas tardes resumiam-se em descobrir mais sobre aquela garota para tentar encontrar o caminho para conquistá-la. Mansour descobriu que Amy lutava todas as tardes com Dani. Elas faziam jiu-jitsu e além disso, Amy também fazia defesa pessoal. Descobriu também que Dani nunca ia a casa da amiga. Era como se fosse algo proibido, como se a amizade delas fosse um segredo.

Mas porquê? A líder de torcida se perguntava. Seguia Amy até sua enorme casa quase todos os dias, num bairro mediano de Massachusetts. Ao entrar em casa a morena nunca saia. As poucas vezes em que o fazia, seu pai ou a irmã menor estavam junto dela. Mansour reparou que Amy estava sempre séria e fria como gelo, sempre que saia com o pai. Eles pareciam dois estranhos juntos. Talvez fosse por Amy ser lésbica e o pai não a aceitar. Só aquilo justificaria um pai ser sempre tão indiferente com a filha. Mas quando Amy estava com a irmã, ela sorria. E quando ela sorria, o coração de Mansour batia tão rápido que parecia que ia saltar do peito. E naquela tarde fria, em que estava observando sua paixão secreta empurrar a irmã num balanço enferrujado, o sorriso largo de dentes brancos fez ela sorrir também. Decidiu que iria se aproximar de Amy de uma vez por todas. Se Dani havia conseguido quebrar a barreira do coração da menina e desvendar seus mistérios ela também seria capaz. Afinal, ninguém resistia ao seu charme e sua influência. Amy também não resistiria.

Atravessou a rua em direção ao parque. Quanto mais se aproximava, mais ficava nervosa. Endireitou os cabelos ruivos que caiam por seus ombros e suspirou fundo. Amy estava rindo com a irmã, alheia a sua presença. Ficou algum tempo parada observando-a mais de perto. Os olhos pareciam mais azuis, a boca mais vermelha e o corpo definido mais sexy. Tudo que ela queria era beijá-la. Seu corpo e mente ansiavam pela morena de uma maneira avassaladora. Pigarreou de leve para chamar atenção de sua paixão. Os olhos azuis de Amy subiram até ela e seu sorriso foi morrendo aos poucos. A expressão tranquila da morena tornou-se fria e Mansour engoliu em seco. Suas mãos suavam e seu coração parecia querer parar a qualquer instante.

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