Capítulo 62 - O baile

5.8K 381 34
                                    


Hey Amybetes,
Estou de volta! Bom cap! 

***************************

POV NARRADOR

- Agora eu entendo porque a Mansour age contra você Amy – Disse Agente Rodriguez enquanto colocava uma faca por dentro da bota negra com a perna sobre a cadeira. Amy apenas permaneceu imóvel. A memória de anos atrás viva dentro dela. Aquele sentimento de culpa assolando novamente, embora ela não se arrependesse de afastar Mansour. O fez por Ana e faria de novo se fosse necessário. No entanto, talvez houvesse um modo menos bruto de ter feito as coisas, ela pensava – Mas isso não justifica o histórico negro de Mansour. Nós somos julgados por nossas ações e as ações dela vão de encontro a lei há anos. Portanto ela será presa por suas próprias atitudes. Você não tem que se culpar por isso Amy. Agente Rodriguez apoiou a mão no ombro da amiga e a morena a olhou assentindo em silêncio.

- Talvez não, mas talvez se eu tivesse achado outra maneira ou apenas a ignorasse ainda mais as coisas não precisariam chegar onde chegaram.

- Pelo que me contou não é como se Mansour fosse uma santa na escola. Adolescentes cometem erros e ela cometeu muitos com você e com diversas outras pessoas. Analisando friamente como policial que sou, Mansour é possessiva obsessiva patológica. Ela foi acostumada a ter tudo que quis e quando se apaixonou pela primeira vez foi por alguém que não poderia ter. No entanto, ela não sofreu como qualquer pessoa normal porque ela não aceitava perder. Você deixou de ser uma paixão para ser uma obsessão. Conquistar você seria provar para ela mesma e para todos que podia ter tudo que queria. E quando você fez o que fez no baile a obsessão virou ódio e estamos onde estamos.

- E agora ela pode machucar Isabel.... E só de pensar nisso eu....

- Ela não vai! Nós vamos pegá-la! Vamos agir como combinamos ok? Agora vamos Amy temos pouco tempo para chegar no local combinado antes dela.

- Ela tem razão Am! Vai dar tudo certo! Dani abraçou a amiga por trás colocando o queixo em seu ombro. Amy sentiu aquela segurança de quando Dani a protegia de Mansour e obrigou seu coração inquieto a acreditar que tudo daria certo.

"Tem que dar" Amy pensou vendo o furgão partir para o local combinado. Enquanto todas foram para seus assentos Amy ficou um pouco para trás. Ela suspirou olhando a pistola prata reluzente entre as mãos e escondera por dentro da calça em suas costas. Ela esperava não precisar usá-la, mas prometeu a si mesma que traria Isabel de volta, mesmo que ela não voltasse.

***

O suor escoria por sua face alva e os fios louros de seus cabelos estavam colados a testa. Isabel sacudiu a cabeça tentando fazer com que as gotículas de suor caíssem sem escorrer por seus longos cílios fazendo seus olhos verdes arderem. Ela não podia usar as mãos para secar a testa já que seus punhos estavam amarrados para trás com cordas grossas. Ela estava num local escuro. Um galpão úmido e mau cheiroso. Os joelhos já doíam um pouco de estarem no chão. Foi colocada ajoelhada há tanto tempo que nem podia mais precisar. Seu coração estava acelerado. Deveria estar próximo do tempo que fora combinado com Amy. Ela viria? Isabel se perguntava. Queria ver sua namorava de novo. Deus, como queria vê-la! Ao mesmo tempo queria que Amy fugisse. No pouco tempo que ficou com Mansour viu o quanto ela era obcecada por sua mulher. Não poderia deixar Amy partir com ela. A mataria ou coisa pior. Isabel tinha pouco tempo então começou a lembrar-se dos tempos em que era escoteira com seu pai. Eles subiam a serra de Teresópolis juntos e acampavam por dias sem recursos.

"Vamos lá Isabel. Seja fria como sua namorada seria. Pense, apenas pense!" Murmurou para si mesma e franziu o cenho em dor quando começou a forçar os punhos contra a corda até que afrouxasse apenas um pouco. Apenas o bastante para conseguir mexer seus dedos mais precisamente e soltar o nó.

Caminhos do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora