Caminhos do Amor

Capítulo 47 - Primeiros encontros

Hey Amybetes,

Chegando com mais um capítulo.

Espero que tenham gostado do último. Estamos chegando perto ao que está na editora e ai quando passaremos a ter apenas um capítulo por semana, pois não posso quebrar meu acordo com eles ok?

Boa leitura :)

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POV AMY

Uma semana se passou desde que fui até o apartamento de Isabel. Não nos vimos mais desde então, mas nos falamos sempre. Depois da minha entrevista os dias seguintes foram uma loucura. O telefone da empresa não parava de tocar e inúmeras revistas e empresas de programas de internet queriam falar comigo sobre o fim do casamento. Obviamente, ignorei todo mundo. O que as pessoas têm na cabeça afinal? Não é porque decidi dizer abertamente que meu noivado terminou, por livre e espontânea vontade, que sou obrigada a fazer isso incontáveis vezes apenas para satisfazer uma mídia vazia e sedenta por ibope.

Eu tinha coisas mais importantes para me preocupar do que esse bando de repórteres fofoqueiros e sensacionalistas atrás de um furo. Dani se encarregava de despachar todos, porque se dependesse de mim mandaria meia dúzia – ou a dúzia inteira - pra casa do cacete! E, como minha amiga bem me conhecia, mais uma vez me salvou e salvou também a imagem da empresa, porque convenhamos, não pegaria nada bem que a Presidente da AD-Online xingasse a mídia com palavrões chulos.

Minha cabeça se concentrava no trabalho, mas também em outras coisas que não podiam ser ignoradas. Uma delas era o silêncio de Sônia e Tomas. Considerando a cobra que eu tive como sogra seu silêncio era no mínimo preocupante. Ela estava tramando algo e cedo ou tarde alguma bomba seria lançada. Nesse meio tempo me preocupava com Isabel e não podia nem pensar nela sendo lançada no furacão da megera. Minha desconfiança aumentava porque Tomas apenas tentou falar comigo uma única vez e prontamente impedi que ele subisse na empresa. Sinceramente, não tinha a menor vontade de olhar para cara dele depois de tudo. Nem de ouvir seus insultos ou muito menos um pedido de desculpas, se é que ele seria capaz de tamanha façanha. Eu não estava de todo certa, porque sim o trai com Isabel, e não aprovo o que fiz, mesmo sabendo que não me arrependia de nada. Não foi algo que pude evitar, mas ao menos fui honesta o bastante para terminar com ele antes que o magoasse ainda mais. Acontece que o sentimento que tive por Isabel foi a primeira coisa realmente significativa que tive por alguém e nem sequer foi uma briga justa, porque meus sentimentos por Tomas nunca foram um verdadeiro obstáculo para me impedir de viver nada com ela. Era mais uma questão de conflitos internos meus que qualquer outra coisa. E no fundo, me sentia um pouco culpada por isso. Culpada por me deixar acomodar em uma zona de conforto e ter enterrado Tomas nisso.

No entanto, nada justificava a atitude agressiva dele, principalmente com Ana. Nunca vou esquecer do empurrão que ele deu nela. Se ele machucasse minha irmã nem que fosse com um mísero arranhão teria perdido minha cabeça de vez. Por sorte, o pior não aconteceu. Mas eu preferia evitar uma segunda oportunidade. Não queria falar com Tomas e manteria distância dele por um bom tempo. Cedo ou tarde teria que enfrentá-lo de novo, mas enquanto pudesse adiar isso, o faria.

Agora eu estava em meu quarto, em pleno fim de tarde de sábado, tentando inutilmente achar uma roupa que me agradasse no meu enorme closet. O motivo? Meu primeiro encontro. Minha mente voou ao dia que fui no apartamento de Isabel. Sorri lembrando de nós duas dançando num dos momentos mais íntimos de toda minha vida. Ali não era apenas algo carnal, era um sentimento avassalador que me inundava toda vez que Isabel estava por perto ou quando simplesmente pensava nela. Era tão novo e incrível que nem fizemos amor aquela noite. Nós apenas deitamos juntas e trocamos muitos beijos e carinhos, como se fossemos um casal de namoradas adolescentes que segura os hormônios para não apressar as coisas. E por incrível que pareça fui eu quem quis isso. Então, contrariando tudo que eu conhecia e rompendo todos os meus limites racionais convidei Isabel para um primeiro encontro. E apesar de já termos dormido juntas e de todas as emoções que passamos, sentia realmente que era a primeira vez. E de fato, era.