Capítulo 17 (Sem Revisão)

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Yolande sentiu que esse era o momento certo para causar uma distração e aproveitar para procurar algo de valia no escritório. Recostou-se na escrivaninha, fingindo nervosismo.

- Eu...Eu não sei o que responder. Será que milorde poderia buscar-me um pouco de água? Estou um pouco nervosa...

O homem assentiu, um pouco a contra gosto.

- Tudo bem. Volto já, e espero sua resposta! - O homem saiu, deixando finalmente Yolande livre para explorar.

Ela não tinha muito tempo, recorreu primeiramente as gavetas, tendo cuidado para não deixar nenhuma prova de que havia remexido ali. Havia apenas documentos relacionados e fretes e exportação de cargas, voltou sua atenção para a mesa, mas não encontrou nada. Quando pensou ter perdido a oportunidade, voltou-se para a estante de livros. Entre dois exemplares grossos de capa vermelho escuro uma fina pasta de couro se destacava. Na capa lia-se "transporte de gado", algo que não chamaria atenção em primeira instância. Logo na primeira folha Yolande deu de cara com uma lista de nomes e sobrenomes. Antes que pudesse examinar melhor o conteúdo da pasta foi surpreendida por passos no corredor. Em desespero Yolande levantou as saias e escondeu a pasta no cós de seu culote, sentando-se depressa na cadeira de frente para a mesa. Mas quando a porta se abriu não foi Winterburg a entrar, mas sim Aiden. Yolande se levantou, suspirando de alívio.

- Yolande, você me estava demorando tanto. Fiquei preocupado!

Ela o agarrou pelo braço, puxando-o para fora.

-Tive alguns contratempos. Vamos embora daqui logo!

Quando os dois já estavam no corredor deram de cara com Winterburg, um copo com água nas mãos. Yolande levou um enorme susto.

- Srta. Debois! O que acontece? - Ele perguntou. - Ainda não terminamos nossa conversa!

Ela colocou a mão sobre a têmpora, fazendo uma expressão de dor.

- Mil perdões lorde Winterburg. Realmente não estou me sentindo bem. Preciso descansar e... - Observou a expressão irritada do homem. - certamente pensarei em sua proposta. - Deu uma piscadela.

O homem pareceu se suavizar.

- Tudo bem, perdoe-me pela aparente grosseria. Estou ansioso. - Cumprimentou-a roçando os labios em seus dedos. - Melhoras Srta. - Virou-se para Aiden de olhos cerrados. - Peterson...

Este fez um aceno de cabeça e saiu, acompanhado de Yolande. Já na carruagem ele perguntou:

- O que estavam fazendo?

Ela sorriu de forma marota, sentada de frente para ele.

- Está com ciúmes?

Aiden virou o rosto para a janela, olhando para longe.

- Claro que não! Estava preocupado, já disse! Pensei que ele estava fazendo algo com você e...isso me irritou! Tive medo de que...

Ela sorriu.

- Que amor, meu cavaleiro de armadura brilhante! Pois saiba que se ele tentasse algo eu gritaria, morderia e correria. E se isso não adiantasse eu cravaria a minha adaga no peito dele! Não que ele não tenha me feito a proposta de...Ser amante dele! Você acredita?

Aiden pareceu irritado.

- Oras, desgraçado! Como ousa não te respeitar!

- Mas não era este o objetivo do plano? E não é você o colecionador de amantes?

Ele se remexeu no assento.

- Mas era sobre um contexto diferente. - Sorriu, olhando para ela. - E eu era um colecionador de amantes. Agora só tenho olhos para você.

Ela adorava ouvir isso. Coisas que provavam que ele mudara, que a amava. Não só isso, seu comportamento caseiro também era uma demonstração de sua redenção. Ergueu um pouco a saia, deixando exposta a bota marrom e esticou a perna, pousando o sobre a perna dele.

- Algo me incomoda, pode ajudar-me a tirar o sapato para verificar? - Disse, inocente.

Ele arqueou a sobrancelha, mas obedeceu, retirando o calçado e o colocando a seu lado no banco estofado.

- Meu Deus, Yolande! Isso não pode mesmo esperar, não é?

- Não mesmo. Na verdade já esperei demais...

Ela ignorou sua expressão irritada, acariciando a coxa dele com a ponta do pé coberto apenas pela meia. Observou de ele se remexia mais uma vez e mordeu o lábio, orgulhosa pelo sucesso de sua investida. Desceu o pé para entre as pernas dele, tocando-lhe o membro com os pontas dos dedos e friccionando-os ali.

Aiden soltou um gemido baixo e grave, surpreso. Afinal, o que tinha essa mulher? Este fogo constante, está vontade iminente de provocá-lo, de levá-lo ao limite da sanidade. Saberia ela realmente o que estava fazendo e em que estava se metendo? Tomou o tornozelo perfeito, passeando com as mãos sobre ele e subindo a saia do vestido, logo expondo o joelho e parte da coxa, onde terminava a meia. Aiden removeu-lhe o acessório, atirando-o para o lado e se inclinou para frente, beijando a perna, começando de baixo para cima.

Yolande fechou os olhos e o segurou pelos cabelos, revolvendo os fios negros enquanto sentia o suave toque molhado dos labios dele subindo pela parte interna de seus joelhos. Ele Ergueu o tronco subitamente, separando-os. Yolande sentiu um vazio e o calor que crescia entre duas pernas imediatamente se desfez. Com certeza ele viria com aquela conversa boba de que ainda não era a hora, se afastando e mudando de assunto, mas ela não deixaria! Pulou em cima do colo de Aiden, de pernas abertas, ficando frente a frente com ele. Beijou-o com urgência antes que ele pudesse falar algo. Gemeu ao sentir as mãos grandes envolverem suas nádegas, por cima do culote. Ele correu os dedos pela pequena extensão de pele que ficava entre a peça íntima e o corset até que tocou no monte de papéis que ela escondia ali e a olhou, confuso.

- Mas, o que é isso? - Ele perguntou, ofegante.

Neste momento a carruagem parou de frente a varanda da casa.

- Isso? - Ela retirou a pasta flexível dali, erguendo-a. - Ainda não sei, mas creio que você poderá descobrir. - Sorriu.

- Você afanou isso da casa de Winterburg? - Deu-lhe um tapa na nádega esquerda. - Quando pretendia me contar?

Ela acariciou o rosto e pescoço dele.

- Assim que tirasse o que eu queria de você...

- Assim que me enlouquecesse! - Ele deu um curto beijo em seu labios e a colocou sentada a seu lado. Vamos para dentro, antes que Linton se enfie aqui, preocupado que estejamos mortos.

Ela ergueu um pouco a perna, mostrando o pé descalço.

- Espere! Preciso me calçar! - Olhou pela pequena janela, o calor intenso do dia fizera cair uma chuva que começava a engrossar. - Não quero molhar meu pé!

- Não se preocupe, eu te levo! Além do mais preciso disfarçar isso! - Apontou para o volume óbvio na calça e abriu a porta da diligência, saindo na chuva e puxando-o para fora, erguendo-a nos braços.

- Aiden, você vai nos derrubar na lama!

Ele a segurava com firmeza enquanto vencia na chuva a curta distância até a tapagem da varanda. A água fria molhando-os por inteiro. Ao chegar na porta Aiden a beijou, ainda com ela no colo.

- Eu percebi que a minha vida antes de você era incompleta, uma eterna busca por coisas que nunca me preenchiam. Aventuras vazias e prazeres momentâneos. E que agora, mesmo sem nunca ter sequer me deitado com você ainda, - Aiden elevou o tom de sua voz, gritando. - SOU O HOMEM MAIS FELIZ DESTE MUNDO!!!!!!!

Estavam rindo incontrolavelmente quando Linton abriu a porta.

- Parem de fazer este estardalhaço e entrem para secarem-se. Vão pegar uma gripe ou coisa pior!

N/a: Eu gostaria de agradecer pelas mais de cem leituras, yeah! Vocês são lindos, foi tão rápido que nem acreditei!( Nesse exato momento conto 114 aqui, mas até o momento da publicação deste capítulo provavelmente terei mais! Yeah!²). Enfim, sem vocês eu não seria nada, e todo este apoio, mesmo que silencioso faz de mim uma pessoa muito feliz, de verdade.

O Conde Diabólico(Concluída - Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora