AGRADECIMENTOS E PROLOGO

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                                                                      RIACE CIDADE DO ACOLHIMENTO

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                                                                      RIACE CIDADE DO ACOLHIMENTO

                          Antes de começar, quero agradecer ao ÚNICO que realmente merece todos os meus agradecimentos e honra, portanto devoto ao ETERNO de Israel a minha gratidão por me ter dado o dom de escrever, pois se agora posso trazer ao papel tudo que durante anos ficou preso em meu coração foi devido à sabedoria e inteligência dada a mim por ELE.

Meu coração poeta precisa agradecer pelo dom recebido ainda no ventre da minha mãe, nasci igual a todos, mas ganhei uma alma de poeta recebida do Criador, só que a minha alma não silenciou, ela gritava dentro de mim à medida que eu crescia. Por isso agradeço ao Eterno de Israel o dom que tenho de poder a minha alma expressar. Agradeço a José Mario Gois, meu pai, que nos dias que ainda nem falava me fez sentir gente grande o suficiente pra acreditar que eu podia colocar no papel o meu pensamento. Agradeço a duas amigas especiais (Gildênia Moura e Kátia Cristina) que me deram força pra mostrar aquilo que sempre escrevi. E agradeço por fim a minha família de origem,  o "meu sustentáculo" espiritual e físico, aos meus pequenos (Asafe, Ananda, Roberta e Jefté) quatro tesouros.

Às amigas irmãs que estiveram e sempre estarão comigo: Helídia, Lili, Edva, Adriana, Chiquinha, Alcileide, Vanessa, Gildete, Verônica e Claudia (in memoriam).

A todos os meus amigos da Premius Editora que, com seus talentos, fizeram esta obra se realizar.


"Do dia que nascemos e vivemos para o mundonos falta uma costela que encontramos num segundo

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"Do dia que nascemos e vivemos para o mundo
nos falta uma costela que encontramos num segundo..."
"...e lá muito distante, despontar o amor sentiu..." Vicente Celestino.


                                    Tirando por máxima as palavras do poeta, como posso esconder da sociedade a história de uma jovem brasileira levada para a Itália por sua mãe ainda muito pequena, e criada como uma verdadeira italianinha? De tão italiana a menina não se lembrava de sua origem latina, assim ela cresceu longe de tudo e todos. A família fazia questão de isolá-la das outras pessoas da cidade. Seu mundo era a sua família, os únicos modelos de mu-lher que ela tinha eram a mãe e as vizinhas, meia dúzia de velhas senhoras viúvas, desprovidas de qualquer vaidade; as vizinhas às vezes se assustavam quando a mãe lhe falava alguma coisa em português, a língua lhe parecia estranha e quase incompreensiva... Nunca ninguém imaginaria que aquela mulher tão italiana, no seu modo de agir com o marido, na verdade era brasileira, muitas vezes discriminada pelas más línguas da vizinhança, que falavam por trás: "Como pode o velho Victorio ir para o Brasil e voltar com uma mulher que mais parece sua neta e duas crianças de colo e ainda diz que os piccolos são seus filhos". Isso sempre deixava o velho muito zangado, por esse motivo deixou de ir à cidade para jogar com os amigos e tomar vinho no ritrovo. Essas coisas ofendiam o velho, que guardava um segredo sobre seu passado que jamais poderia falar. Por isso o velho saiu da cidade com sua família e foi morar em um pobre povoado, bem distante, onde ninguém o conhecia e nem se importava com a sua vida. Tudo que possuía o velho

investiu em uma pequena casa e uma serraria, onde ensinava ao filho pe-queno o seu ofício e ali vivia feliz com a família. Não abria muito a sua vida para vizinhos, mas à tarde não dispensava uma saída para encontrar uns três amigos, jogar e tomar vinho. Quando anoitecia, voltava contente para casa e lá tinha a alegria de ver a sua princesinha brincando e correndo, mostrando para ele que, embora tenha sido um erro, o que tinha feito era o certo. Assim a vida corria sem termo de chegada.
A menina crescia feliz ao lado da família. Era a garotinha do pai e sua mãe a tratava como uma princesa; o único irmão homem lhe dava todo o carinho e tinha tudo que queria, a mãe era dedicada e muito amiga, eram tão ligadas que ela não dormia sem o aconchego da mãe no primeiro sono, depois o pai a levava para a sua cama. Ele, um próspero serralheiro na pequena cidade de Riace, no sul da Itália na região da Calábria. A cidade, simples como todas as outras, tinha ruas estreitas, um portal, uma praça e três igrejas. Herdara do pai a devoção por São Nicolas, mas na verdade quando dos seus muitos apertos corria pra Nossa Senhora das Majores. Mesmo morando numa pobre comunidade rural, tem tudo do que pre-cisa para ser feliz; da janela de sua casa de pedras pode ver os carneiros pastando nas colinas ao redor e avistar ao longe os inúmeros pomares das frondosas árvores de tangerina que apontam para o céu.

Brasiliana a menina em RiaceWhere stories live. Discover now