O ano passou depressa. No povoado logo esqueceram a triste sina do velho abandonado pela mulher muito mais jovem e que tinha idade para ser sua neta. Durante aqueles meses,
a menina se escondeu de todos, não queria ver ninguém, até a dona Maria, uma velha amiga de sua mãe, não tinha mais andado na sua casa. Um dia, bem cedo o pai a acordou dizendo:
— sabe, filha, a vida é um vai e vem, uns nascem e outros morrem... Hoje a dona Maria não acordou e todos estão no povoado arrumando tudo para o velório e o enterro, levanta, arruma a casa e depois vai pra lá também ajudar a fazer o lanche para os que estão velando a pobre mulher.
Ao passo que os dias corriam, o seu pai ficava cada vez mais amar-go e tinha mais severidade no trato com os filhos, principalmente com a menina, dizia que não queria que ela se tornasse igual à mãe. era algo que Gabriely não entendia, pois no seu coração sua mãe era a melhor mulher do mundo e queria sim ser igual a ela. Certa vez, quando tinha 12 anos, já cansada de ter que fazer tudo dentro de casa, sem direito a sair nem para a igreja, sem poder conhecer ninguém, sua única amiga era a Latifah, mas como ela ia à escola na cidade, também tinha amigas de sua idade e saía aos domingos para ir à feira vender tangerinas que ela e o irmão colhiam de um pomar e dividiam os lucros com o dono, resolveu pedir ao pai para, também, só daquela vez, ir com a amiga, pois tinha vontade de ver as pessoas na praça e queria rezar e se confessar.
— papa! Vou com a Latifah pra feira, posso? — o velho não ou-viu e saiu em direção à sala. Ela foi atrás e repetiu, dessa vez olhando para ele.
— papa, você me deixa ir com a Latifah para a feira? Dessa vez a mãe dela vai também.
O pai virou-se para ela e disse em um tom muito bravo e já gritando.
— não! Não e não. Pra quê isso?
Ela se enfureceu, juntou em seu coração toda a mágoa e disse gritando para o velho:
— eu vou com a Latifah e você não vai me impedir, vou fazer o que quero e se você tentar me impedir, vou fazer como a minha mãe, sumir daqui e nunca mais ninguém me vê.
— Papa! Não faça isso. A menina não merece tanto ódio, pare. Por favor, pare! — o velho recuou, gritou com ela, apontando o dedo em seu rosto.
— Só tenho uma coisa a dizer mocinha, só vou deixar você fazer o que a sua mãe fez quando eu morrer. Nem que para isso eu tenha que lhe matar de uma surra.
O rapaz ajudou a menina a levantar e a levou para a cama, depois cuidou dos seus ferimentos e lhe fez companhia a tarde toda...
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Em breve mais um capítulo, aguardem...
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Brasiliana a menina em Riace
Storie d'amoreO livro de autoria da escritora Nanda Gois, nos leva à dramática história de Gabriely, uma garota que vive numa pequena cidade italiana, cuja origem encontra-se voltada em grande mistério. Gabriely é criada pelo pai, Victorio...