Capítulo 21 AINDA NA PRISÃO

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                          O delegado não ficou satisfeito com a história esquisita daquela menina, examinou os papéis, mas como não conseguia ler aquilo que lhe parecia estrangeiro demais, resolveu ligar

para o seu amigo especialista em estrangeiros. Lucci, o prefeito da cidade, e também o idealizador de um projeto revolucionário, que fez a cidade quase que dobrar o número de habitantes, tinha também aumentado o número de problemas com bêbados e brigas de vizinhos, mas isso dava pra contornar.

— ciao! Lucci, como você está? Muitos problemas aí no seu centro de acolhimento a estrangeiro?

— Roberto, que prazer e em te ouvir amigo. Mas a que devo esse telefonema?

— como sempre, é problema com um de seus estrangeiros, ou melhor, eu acho que é estrangeiro, ainda não sei.

— se é bebedeira, deixa o homem aí até amanhã e depois solta, você sabe como eles trabalham muito e só querem se divertir.

— não é tão simples assim, não. Os Bettinelli fizeram uma denúncia de invasão ao armazém deles, tive que ir lá, logo cedo.

— e Roberto, o que foi dessa vez?

— mais uma denúncia de roubo no armazém por parte de um estrangeiro.

— não leva a sério, essa já deve ter sido a décima quinta vez, todo estrangeiro que entra naquele armazém, é logo visto como

— calma! Lucci, dessa vez a coisa é séria, eu trouxe a pessoa que estava dentro do armazém pra cá, está presa.

— não acredito numa coisa dessa, vou mandar um advogado da ONG ir aí, você solta o pobre coitado e, se ele quiser, pode até processar esse casal de racistas. Já estou cheio dessa gente burra.

— Lucci, espera um pouco, não manda advogado não, ou melhor, vem você com ele, pois preciso da sua ajuda nesse caso. Não quero te adiantar por telefone, prefiro conversar pessoalmente.

— mas Roberto, o que está acontecendo?

— venha aqui que conversamos.

— está bem! Então faz disso: tenho uma reunião com os empresários brasileiros que querem abrir um resort aqui na região, vai ser muito bom... Você acredita que no mês passado eu me encontrei com o dono de um conglomerado de hotéis, fiquei muito admirado com a simplicidade daquele homem. Em poucas conversas ele me tratou como se fôssemos amigos de infância. Aquele homem, sim, é um cavalheiro. E é com esse empresário que vou me encontrar daqui a pouco. Portanto Roberto, só vou poder aparecer aí lá por volta das cinco horas, tá bene assim?

— tá! Se não tem outro jeito... Mas até lá, o que faço com o meu problema?

— que tal não fichá-lo e dar um prato de comida enquanto eu chego?

Assimse despediram e na hora do almoço o delegado mandou que levassem o almoço praela. Na cela Gabriely estava muito desolada, com medo de tudo, encolhida nochão sujo, com as mãos sobre o abdômen, pois a dor era muito grande....    

Brasiliana a menina em RiaceWhere stories live. Discover now