Capítulo 20 GABRIELY VAI PRA PRISÃO

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                     Gabriely dormiu demais e o sol chegou primeiro, com o dono do armazém que a pegou dormindo em cima de um saco de farinha

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                     Gabriely dormiu demais e o sol chegou primeiro, com o dono do armazém que a pegou dormindo em cima de um saco de farinha. O homem entrou no armazém e quando viu a

menina dormindo, gritou furioso, fazendo-a acordar assustada com os gritos, quis correr para fugir, juntou a bolsa, a boneca e pegou a sua bengala, tentou fugir, mas o homem chegou perto, agarrou o seu braço apertando e chamando-a de ladra. Esbravejava, a mulher dele também chegou brigando e tomou a bolsa dela dizendo que ela tinha roubado:

— me dá essa bolsa sua ladra, quero ver o que tirou da gente. Não estou dizendo que não se tem mais paz nessa cidade, tá cheia de ladrões. Chama a polícia, marido!

— não! Per favore, não sou ladrona, só entrei aqui pra dormir, lá fora estava muito frio e chovia — suplicava a menina em agonia.

O homem deu as costas e a menina tentando fugir daquela situação foi em cima dele com a vara, esse virou rápido com o aviso da mulher, pegou a sua mão e virou-a para trás, fazendo a menina se ajoelhar de dor. Ele a segurou forte e a sentou num dos sacos de batata.

— fica aí quieta ou amarro você, até a polícia chegar.

— no! Não chama a polícia — mas seus apelos eram em vão. A mulher abriu o pacote com documentos e a menina voou

em cima da mulher levando do homem uma bofetada.

— não sou ladra, senhora, me devolve isso, é meu.

— calada! Não fala nada... ou eu lhe dou mais uma — disse o velho levantando a mão para a menina.

O homem a ameaçava e ela calou, as lágrimas desciam pelo rosto, mas não era o suficiente para que os dois se compadecessem dela.

A mulher curiosa abriu o pacote sem nenhum cuidado. Para sua surpresa e decepção eram só papéis que para ela eram sem valor.

— veja, marido, aqui só tem porcaria.

— deixa ver, mulher.

O homem pegou os papéis e um pouco mais observador, en-controu um dos papéis com um carimbo diferente e parecia docu-mento. Tinham selos, aquilo devia ser algo importante. Correu na rua e falou com um estrangeiro que vivia bebendo no bar ao lado.

— ei! Doutor, você sabe mesmo falar estrangeiro? Então lê isso aqui e me diz se tem algum valor.

O velho com cara de intelectual examinou os papéis e deu o veredicto final.

— meu caro! Isso são documentos de alguém, esse é um regis-tro de nascimento, brasiliano, e o resto são cópias de outros registros, esse é um passaporte...

— quer dizer que o dono disso é estrangeiro, é isso?

— provavelmente. Mas se você achou, deve entregar à polícia, pois alguém deve ter perdido.

— é isso mesmo que vou fazer, chamar a polícia agora mesmo, não quero confusão com nada. Vou deixar que a polícia resolva, imagina você que encontrei uma ladra dormindo no meu armazém?!

Brasiliana a menina em RiaceWhere stories live. Discover now