Cap 32

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     Já estávamos caminhando a bastante tempo, eu já estava cansada e acho que o Rafa percebeu.

     -Acho melhor darmos uma paradinha, você já tá amarela.-eu deveria estar mesmo, tenho pressão baixa e pelo tempo que estávamos andando sem comer nada, ela já devia ter despencado.

     Sentamos em baixo de uma árvore grande e o Rafa abre sua mochila tirando uma garrafinha de água.

     -Bebe um pouquinho, Millq.

     -Valeu.-bebi-Como eu acho que vamos morrer, desculpa por tudo viu?-brinco rindo.

     -Eu te desculpo por ter feito a gente morrer, ok?-ele ri e eu dou um soquinho no seu ombro.

     Ficamos alguns segundos, que para mim mais pareceram horas, nos encarando.Rafael estava sério dessa vez, com o olhar fixo no meu e ao mesmo tempo os pensamentos pareciam estar bem longe.

     -Eu acho que ttôapaixonado.-depois de uma pausa ele abre um sorriso e eu fico sem jeito, imaginei ele falando isso algumas vezes, mas quando ele simplesmente disse, eu travei um pouco. 

     -É, agora literalmente eu acho que nós vamos morrer.-tento quebrar o gelo, mas vejo no seu olhqr que ele queria bem mais que aquilo como resposta.-Eu também gosto muito de você, Rafa.

     Ele se aproxima aos poucos, sem deixar de me olhar e me beija de forma delicada.

     -Eu não acredito que a gente precisou se perder para você fazer isso.-rimos.

     -Eu estava confuso, ok?-ele ri.-Mas eu poderia fazer isso o dia todo.-ele me dá um selinho.

     -Mas acho que agora seria melhor a gente focar em voltar para a cachoeira.-vejo seu olhar de preocupação retornar.

     Rafael levanta e me ajuda a fazer o mesmo.Ele nota que eu estava meio molenga, fraca e não solta a minha mão.

     Estávamos andando sem parar, Rafa ia marcando com flores as árvores que já tinhamos passado, evitando que andassemos em círculo.Olhei para o céu e pela posição do sol, já se passava do meio dia.

     Ouvi alguém chamar meu nome, pensei por um minuto que estivesse alucinando e resolvo perguntar para o Rafa.
     -Ta escutando, Rafa?

     -Achei que estava ficando maluco, mas essa voz parece muito a da Bruna.-Rafa diz tentando seguir os chamados.

     -Estamos aqui, pessoal!-começamos a gritar e seguir as vozes que nos respondiam.

     Depois de alguns passos, avistei meu irmão, me soltei do Rafael e corri para abraça-lo.

     -Milla!-Ele me abraça apertado.-Achei eles galera!-ele grita avisando para o pessoal.Todos se aproximaram de nós e nos abraçavam enquanto davam broncas, tudo bem, nós merecíamos.

     Artur percebeu logo que minha pressão não estava boa, me arrumou logo um sanduíche, que eu comi rapidamente.

     -Nunca mais façam isso!-Bruna fala brava e eu fico brava comigo mesma também.

     -É melhor irmos, parece que vai chover e ainda temos que almoçar antes de ir.-o monitor Edu ameniza.

     Concordamos todos, não vamos arruinar o passeio por conta de um pequeno incidente.

    

O melhor verão da minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora