Capítulo 15

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Cristine nos contou que a morte de Billy poderia ter sido encomendada. Mas por quem? Como souberam que ele estava investigando?

- Ele pode ter contado para alguem e o autor do atentado ficou sabendo, essas coisas se espalham rapido. - disse a Nat, enquanto voltavamos pra casa no fim do dia.
- Faz sentido - respondi - mas quem seria esse tal autor e como ele ficou sabendo? QUEM SERA ESSE CARA? - gritei.
- Calma amor, desse jeito nao vamos chegar a lugar nenhum.
- Voce tem razao. Desculpa!
- Precisamos manter a calma e pensar direito. - acrescentou ela - a policia esta no caso e nós nao podemos nos expor demais ate porque nós somos os alvos principais.
- Eu sei eu sei - falei com um suspiro - mas voce nao acha que essa investigaçao ta lenta demais?
- Acho sim. Mas quem somos nós pra interferir no trabalho deles nao é? Eles sabem o que estao fazendo.
- Isso é verdade - falei.

Na manha seguinte eu e Nat fomos treinar. Ela estava tao animada que poderia passar o dia inteiro ali que nem perceberia, ja eu nao conseguia parar de pensar no que a Cristine nos contou no dia anterior. Eu batia no saco de areia como se ele fosse culpado de tudo aquilo.

- Ei vai com calma, você vai furar o saco desse jeito - disse um cara do meu lado.
- É melhor bater nesse saco do que em alguem!! - retruquei.

Ele deu de ombros e saiu. Depois que eu nao aguentei mais socar aquele saco eu resolvi me sentar e observar o treino da Nat. Ela socava o ar com tanta força que eu imaginei que um soco dela derrubaria um homem maior que eu.

Dei as costas para onde ela estava por alguns minutos so para tirar as luvas e enxugar o rosto com uma toalha. Antes de me virar ouvi um grito e em seguida uma discussao.

- VOCE NAO TEM ESSE DIREITO! QUEM VOCE PENSA QUE É? - Nat gritava, esbravejava e empurrava aquele mesmo homem que no dia anterior tinha soltado piadas para ela.

Ela estava vermelha e ele com um sorriso malicioso no rosto. Fui ate ela e perguntei o que tinha acontecido.

- ESSE CARA ME DEU UMA PALMADA!
- Como é? Ele te deu uma palmada? Onde? - perguntei. Meu sangue ja estava fervendo.
- Eu dei uma palmadinha nela a agora ela ta toda nervosa.
- E quem te deu autoridade pra apalpar minha noiva? - meus punhos cerrados coçavam pra bater nele.

Nat começou a chorar e aquilo so me deixou com mais raiva.

- Ela propria me deu autoridade. Eu nao tenho culpa dela ser tao gostosa. - disse ele.

Seu sorriso ironico e seu tom de voz me irritavam. Ele tinha apalpado minha noiva e agora ela estava chorando.

- Eu sei que voces sao crentes e ela provavelmente nao conhece um homem de verdade. Se voce quizer eu posso te levar em um motel aqui perto e eu te mostro do que um homem de verdade é feito.
- Cala a boca. - disse eu com os dentes trincados.
- Calma amor fica calmo por favor - disse a Nat. Ela sabia que eu estava prestes a perder a paciencia - ja passou, eu to bem. Vamos embora.

Eu permaneci calado alguns instantes entao resolvi sair daquele lugar.

- Como eu disse, ela nao conhece um homem de verdade. - disse ele, alto demais - com um corpo e uma bunda dessas eu faria um estrago.

Aquilo tinha sido a gota d'agua. Eu nao acreditava que ele estava dizendo tudo aquilo pra minha noiva mesmo sabendo que eu estava ali. E em um unico movimento eu soltei a mao dela e joguei a mochila no chao. Como um gorila furioso dei um salto e o acertei no meio do nariz, ele cambaleou para tras mas nao caiu e eu sabia que tinha que bater com mais força. Ele tentou me acertar com um soco mas o braço dele era grande demais e eu podia ver de onde vinha o golpe, e apesar do tamanho, ele nao era tao forte quanto aparentava. Segurei seu braço e usando a protese desferi um chute em seu estomago que o fez andar para tras e cair sentado em um dos aparelhos.

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