Capítulo 7. Emergência! Um chamado de cima

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O sol da tarde brilhava lá fora, dando a mim apenas vislumbres de sua temperatura morna, que entrava furtivamente pela janela, tocando a minha pele e a de Stefan. O vento batia violento em nossos cabelos, os nossos risos batiam nas paredes e voltavam para nossos ouvidos.

Há três dias, logo depois do fiasco que havia sido a coroação, eu encontrei meu companheiro caído no chão de nosso lavabo, completamente coberto de sangue, que escoavam de feridas grandes, abertas por todo seu corpo. Eu ainda consigo ver o rosto dele quando eu o peguei e coloquei em meu colo, perdendo a consciência. Se não fosse por Saory, com certeza Stefan estaria encrencado agora. Ela conseguiu fechar as feridas externas que infligiam seu corpo. E, agora estava vindo de dez em dez horas cura-lo internamente. Havia algo em seu organismo que dificultava seu trabalho, e isso a preocupava.

Então, eu tomei a rápida decisão de dormir ao lado dele, e assisti-lo de perto, até mesmo arrastei uma cama a força para o lado da sua, assim dividiria uma cama quase de casal.

Lyfia e Allium tinham partido logo que nos vieram visitar, e os dois deixaram em um vaso muito lindo flores incrivelmente belas que se iluminavam quando escuro, muito lindo. Stefan não agradeceu nada a Allium, apenas revirou os olhos e bufo, ele tinha acordado alguns segundos antes disso e me falou que seu problema fora um ataque de monstros das trevas que estavam escondidos em Meridiam, pareciam se reunir para algo.

E isso bateu diretamente com a discrição de Alex naquela noite. Havia uma rebelião das trevas em Meridiam.

Mas agora, nós dois estávamos rindo, afastando toda essa história tenebrosa para longe. Estávamos juntos, e é isso que realmente importa.

– Ah, fala sério! – Ele ria sem parar!

– Eu estou! – Eu falei, entre os risos, sabendo que minhas bochechas estariam completamente vermelhas. – Eu era Bella! E tinha um vampiro e um lobisomem muuuuito gostosos disputando por mim.

Stefan fez uma careta.

Eu estava contado a ele o sonho esquisito que eu tive ontem a noite, me lembrando de um dos livros adaptados para filmes do mundo mundano, o qual sentia muita falta.

– Tenho certeza de que escolheu o mais gostoso.

– Como sabe? – Levantei as duas sobrancelhas fazendo uma cara de palhaço. – O vampiro estava tão atraente sem camisa...

– Vampiro, é?

Stefan levou sua mão grande e quente até a minha.

Eu estava sentado entre a sua e a minha cama, com as pernas cruzadas enquanto ele estava deitado, coberto de um manto azul muuuuuito aquecido, cobrindo seu corpo coberto por cicatrizes que se curavam em uma velocidade absurda.

– É... – sorri. – Sabe que eu prefiro os mais perigosos.

– Sei bem... – Stefan deu um sorriso de lado, e então me deu um leve puxão, me trazendo para junto de si.

Eu deitei meu corpo, e bem de leve, depositei um selinho calmo e sutil em seus lábios empalidecidos. Stefan passou sua mão em minhas costas e eu sentia costumeira sensação e eletricidade dançando em minha pele por debaixo daqueles panos. Um beijo mais quente iniciou-se e a minha mão pousou em seu corpo, mais precisamente em seu peitoral, e eu o apertei, involuntariamente, fazendo soltar um gemido de dor e interromper o nosso beijo.

– Desculpa – me afastei rápido demais, preocupado.

Ele colocou sua outra mão no peitoral que eu havia apertado, e em mesmo parecendo doloroso, ele sorriu para mim. Ainda segurando minha outra mão e a apertando calmamente.

Chamerd: Um enigma nas sombras (Encantado 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora