Chamerd: Um enigma nas sombras (Encantado 2)

Capítulo 39. Pelos bons tempos Parte I: Não era um enigma!

Para seguir Stefan, eu tive que tirar as minhas asas de fora pela primeira vez desde que fui ferido, minhas lindas e ornadas asas de Seelie, recém curadas pelas frutinhas que me revigoraram e aceleraram o processo de cura, e com a força da Lua Spectral chegando, eu consegui um pouco mais de controle no voo. Eu parecia extremamente a vontade com minhas asas e poderes. Uma confiança absurda que começava a dominar meu corpo junto com a luz da lua que enchia no céu. Eu estava a toda velocidade, seguindo um rastro de energia vital negra, que com certeza era a de Stefan. O caminho ficava cada vez mais dentro da floresta, e eu persisti nisso.

De vez ou outra, eu olhava para o céu, observando as estrelas a o estado da lua. Meu coração batia forte a cada segundo, sentindo seu impacto sobre mim... Eu me lembrei do que Alex me contou. E imediatamente meu subconsciente produziu medo. Eu deixei minha melhor amiga sob os cuidados das pessoas que mais confio. Ela estaria bem... Mas e quanto a mim?

O que seria de mim nessa batalha? sabia que eu precisava me decidir agora. Matar ou Salvar Stefan? Eu teria de estar preparado para tudo. Mas, será que Stefan queria ser salvo?... Eu me peguei pensando na vida das Florais que ele acabou, para fingir estar sendo controlado pelos seres inumanos.

E isso, consequentemente me levou de volta ao meu sonho com com ele. Eu respirei fundo. De onde aquilo saiu? Era uma premunição?

Não importa. Não agora, pelo menos. Eu precisava me controlar na minha missão agora. E ela era: seguir Stefan e resgatar a rainha Gardenia. Matar ou Salvar Stefan. Mas, qual dos dois eu escolheria?

Stefan estava seguindo caminho para dentro de Herbeais, ou seguiu, pelo menos. Mas deixou para trás, um rastro de energia mágica que ele não foi capaz de esconder de mim, do meu Lucidos. Sua fonte de poder era muito negativa, se destacava fácil em um local tão pacífico e natural como Herbeais. Stefan era um híbrido, o que tornava a sua essência algo mutante... Diferente.

Eu continuei voando na direção do rastro. Apesar das circunstâncias, voar era libertador.

Para facilitar meu caminho, eu abri espaço com minha vitalia, fazendo com que os galhos e arbustos se dobrassem para minha passagem. O mais interessante foi que eu nem mesmo precisei me esforçar para isso, e logo um caminho estava aberto para mim. Eu podia sentir a brisa do ar puro e natural da floresta penetrarem por minhas narinas, meus cabelos prateados dançavam no vento... A sensação era muito boa, e chegava a cancelar a preocupação que eu estava passando por Stefan.

Em minha cabeça, as memórias voltavam como um flashback, desde o momento que eu o conheci pela primeira vez, e o repudiei, até quando eu demonstrei interesse... Seus olhos negros estavam grudados em mim, e eu me senti coberto por aquela escuridão quente, me aquecendo.

Eu desviei minha atenção, olhei para frente e segui voando em meu caminho.

Quando cheguei ao destino, onde a vitalia de Stefan estava espalhada por todo lugar, encontrei um enorme campo esverdeado, com uma grama linda e verde... perfeita. Havia uma grande quantidade de energia aqui, e nenhuma arvore, era como uma ala sagrada, pude sentir. Um Jardim. Eu tive uma pequena visão da energia de Stefan ao longe, mas estava muito distante. Para ter uma melhor visão, fui para o alto, e de lá, avistei Stefan, pequeno como uma formiga naquele campo. Ele parecia irritado, apressado, procurando por algo.

Provavelmente pelas estátuas... As Sacerdotisas de Pedra! Mas, não importa aonde eu colocasse meus olhos, não havia sinal da presença da estátua. E Stefan parecia tão perdido quanto eu. Eu podia ver a sua aura negra se alterar. Estava enfurecido.

Com o bater de asas, eu comecei a descer, chegando cada vez mais perto de Stefan.

– Ok! – gritou. – Vamos tentar mais uma vez: EU não consigo entender VOCÊ. Mas sei que me entende! Então, Vou dar só mais uma chance. Me mostre as Sacerdotisas de Pedra! – A Rainha das Florais guinchou fino. – AGORA!!!!