where are we? | tmr fic

6. ➹ primeira temp

A noite inteira foi a mesma coisa.

Correr, correr, correr. Fugir. Sem parar.

Já era por volta da meia-noite, e nós tínhamos parado para descansar.

Sem perceber, encostei minha cabeça na parede, e quando percebi, já estava cochilando. Rapidamente, acordei, mas Minho me tranquilizou:

- Ei, ei. Calma - ele deu um sorriso cansado e fraco - Pode dormir.

- Não, Minho. Não posso dormir.

Me surpreendendo, ele pegou minha mão e a apertou:

- Eu estou aqui. Nada vai acontecer com você.

Depois disso, meu corpo relaxou, e me permiti adormecer.

>>>

Eu estava num cômodo, e vestia as mesmas roupas brancas de sempre. Daquela vez, junto comigo, havia um garoto, de cabelos castanhos e olhos da mesma cor, que aparentava ser da mesma idade que a minha. Ele carregava uma expressão preocupada.

- Addie, eles não são quem nós pensamos.

- Mas, Thomas, será que você não está se equivocando...

- Não, Addie - ele segura nos meus ombros, olhando nos meus olhos - Lembre-se sempre de uma coisa.

- Do que? - pergunto, apreensiva.

Ele continua a olhar nos meus olhos, e diz, quase sussurando.

- CRUEL não é bom.

>>>

- Addie? Acorda.

Ao ouvir a voz de Minho, abro meus olhos rapidamente, assustada.

- Os muros já se abriram. Vamos.

Eu me levanto, pegamos nossas coisas e começamos a caminhar.

Esquerda, direita. Direita. Esquerda.

E aquele sonho não saía da minha mente.

Quem é Thomas? O que significa "CRUEL não é bom"?

Após caminharmos por alguns minutos, chegamos à Clareira.

- O quê?

- Como raios eles sobreviveram?

Após sermos bombardeados de perguntas, Newt chega e começa a falar:

- É surpreendente mesmo. Como...

Gally chega e o interrompe, como sempre:

- Eles tendo sobrevivido ou não, a garota continua banida. O fato deles terem sobrevivido não muda nada. E a atitude de Minho tem de ser avaliada.

- Chega, Gally! - não me seguro e explodo - Você só sabe reclamar, não é? Não mexe o seu traseiro para mover uma palha aqui. Quando chega uma garota nova, fica com medinho e a única coisa que sabe fazer é puni-la - eu solto uma risada - E ainda tem gente que te apoia.

- Olha aqui, garota...

- Cala a boca! - agora foi Minho que se estressou. Ele cerrou seu punho, os nós dos dedos ficando brancos.

- Newt, por favor - olho nos seus olhos - Pense bem nessa ideia de me banir.

- Okay, nós vamos nos reunir...

- Sem essa. Não gosto de ficar presa no Amansador, enquanto vocês discutem sei lá o quê. Eu quero me defender dessas acusações sem sentido.

Ele me analisa por alguns momentos, olhando nos meus olhos, até que fala: