8. ☾ segunda temp

3.4K 319 121
                                    

a pedidos de todas as minhas leitoras (mentira, só foram a camerwndallas e a JuGuerra_, amo vcs) VAI TER CAP EM DOBRO HJ SIM. fiquem com esse lacre (que?)

>>>

Nós estávamos andando em meio àqueles prédios abandonados, até que a noite começou a cair e, junto com ela, a temperatura. A brisa fria passava pelas minhas vestes sem permissão, me fazendo tremer.

O céu já estava escuro, quando eu vi um clarão no céu. Um raio caiu ao longe. Logo, entendi o que estava prestes a começar.

Uma tempestade de raios.

Ficamos paralisados, até que outro raio atinge um dos Clareanos, seu corpo começando a queimar, a visão me dando agonia.

- Corram! - era Newt que gritava, nos incentivando.

Saindo do transe, começamos a correr desesperadamente. Os estrondos dos raios eram ensurdecedores, e após pouco tempo, não escutava mais do que chiados.

Eu me desesperei quando um raio caiu bem perto de Thomas, à centímetros dele. Ele desmorona no chão e, sem pensar duas vezes, eu corro em sua direção.

- Thomas! Thomas! - meus gritos se perdem em meio ao barulho dos trovões.

Ele se levanta, mas parece estar sem força, pois seus joelhos fraquejam. Pego seu braço e o envolvo no meu pescoço, o sustentando. Eu corro com ele por alguns momentos, até que ele recobra sua força e não precisa mais de minha ajuda.

Meus pés não aguentavam mais, mas, não me pergunte como, eu continuava correndo loucamente. Os intervalos entre um raio e outro ficavam cada vez mais longos, indicando que a tempestade estava chegando ao fim.

Quando aconteceu.

Um raio atingiu Minho, que simplesmente caiu no chão, desmaiado.

- Não! - meus olhos já se enchiam de lágrimas - Minho, não!

Corro em sua direção até alcançá-lo. Meus joelhos perdem a força e eu fico ajoelhada do seu lado. Minhas mãos vão em seu peito, chacoalhando seu corpo, que não expressa nenhuma reação. Continuo gritando seu nome, insistentemente, como se isso fosse adiantar em algo.

Vejo dois garotos se aproximarem, e não os vejo com clareza, minha visão uma mértila por causa das lágrimas que distorciam tudo a minha frente, mas deduzi que eram Thomas e Newt. Os dois começam a carregar Minho, e eu os sigo, me recusando a me separar dele.

Os garotos começam a correr, pois avistam, ao longe, o prédio de Jorge. Após alguns minutos intermináveis, chegamos no prédio e entramos nele. Com delicadeza, Thomas e Newt colocaram Minho no chão. Eu me ajoelho em seu lado, sem força para continuar em pé.

Levo minha orelha até o seu peito, torcendo para que seu coração ainda estivesse batendo, mas não sinto nada. Era como se eu tivesse levado um soco no meu estômago, e eu não conseguia fazer com que as lágrimas parassem de escorrer pelo meu rosto, encharcando a camisa de Minho.

- Acorda, mértila! - eu berrei para ele, minha voz tremulando por causa das lágrimas.

Começo a fazer a primeira coisa que passa pela minha cabeça, uma massagem cardíaca.

Eu fazia pressão sobre seu peito, tentando desesperadamente trazê-lo de volta. Fico por algum tempo assim, sem parar, mesmo com meus braços fraquejando, quando sinto uma mão em meu ombro, me puxando.

- Addie... Ele não vai voltar... - Thomas murmura cautelosamente.

- Cala a boca! - eu berro, e ele vai para trás, assustado. Sinto todos os olhares dos Clareanos em cima de mim, e eu deveria estar parecendo uma insana, mas nem ligo. A única coisa que me importava naquele momento era trazer meu amado de volta - Ele tem que voltar... - me viro para Minho - Você não pode ir, não pode...

Foi quando eu perdi toda a paciência que ainda me restava.

Levei meus braços para o alto, o máximo que eu conseguia, e os joguei contra o seu peito, seu corpo estremecendo por causa de toda a força que eu tinha depositado.

- Minho!!! - meu berro ecoou por todo o prédio, minhas esperanças se esvaindo do meu corpo.

Foi quando, para meu alívio, ele abriu os olhos.

- Mas que mértila... - ele fala num tom baixo, quase sem forças.

- Meu Deus! Minho, Minho, Minho... - me jogo em seus braços, o abraçando com uma força descomunal, querendo a todo custo que ele nunca mais se separasse de mim - Eu pensei que... - nem consigo completar a frase.

A única coisa que ele consegue fazer é levar sua mão até minhas costas. O solto do meu abraço e junto nossas testas, fazendo com que eu olhasse em seus olhos. Minhas lágrimas continuavam a cair sem minha permissão, mas a única coisa que eu queria era aproveitar aquele momento.

where are we? | tmr ficOnde histórias criam vida. Descubra agora