Capítulo 11

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Renda-se, como eu me rendi.

Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.

Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

- Clarice Lispector

○•Thomas Santiago•○

Já era de tarde, e alguns pingos de chuvas grossos se colidem contra a janela do quarto. O dia já amanheceu chuvoso, nada propício para quem está e um local de praia.

Porém nem a chuva fora de hora, estava me incomodando. Eu estava feliz por ter conseguido mostrar a minha maluquinha o como eu me sinto perto dela, bem não disse palavras tradicionais como eu te amo, mais demonstrei o meu carinho e amor pelos os meus beijos e caricias da noite passada.

Eu não me arrependo de nada que eu fiz, e se precisar eu faria novamente. Eu infelizmente me aproveitei de um momento frágil dela, para tentar demonstrar o que eu sentia, eu sabia que depois daquilo tudo poderia acontecer três coisas:

1º Stephanie poderia acordar me xingando e me amaldiçoando.

2º Stephanie poderia acordar romântica e se declarar para mim. (Essa e a opção que eu mais quero.).

3º Stephanie pode acordar e fingir que nada aconteceu.

E para a minha infelicidade total, foi isso que aconteceu. Ela desde que acordou se mostrou como se nada tivesse a afetado, que a nossa noite foi uma coisa normal e banal. Mas não foi normal, ate um leigo saberia que o que rolou teve muitos sentimentos, não foi apenas um sexo para saciar o corpo e sim a alma, para mostrar que nos dois conseguíamos ser um só na cama.

Eu tentei acreditar pela a manhã toda que ela estava com medo dos sentimentos, e que alguma hora tudo iria se encaixar e ela se abriria para mim. Mais não tentei puxar conversas em relação à noite e ela sempre muda de assunto, fingia que não escutava ou dizia que estava um pouco ocupada com trabalho no notebook.

Já era quase à noite e a chuva insistia em cair, agora ela estava mais forte do que o normal. Olho em direção de Stephanie que estava assistindo uma serie policial, como eu havia ganhando a aposta eu tinha a possibilidade de escolher algo para nós fazermos. Então eu pensei usar isso como um encontro em algum restaurante essa noite, mesmo chovendo eu não iria desistir daquilo, e também quem sabe com esse convite ela poderia relaxar e eu entender o que se passava em sua cabeça.

Só havia um jeito de chamar sua atenção para mim, seria interrompendo naquele momento o que ela estava entretida. E foi isso que eu fiz, baixei a tampa do notebook dela, Stephanie me fulminou com seus olhos, mas sustentei aquele olhar gélido e cortante. Pigarrei e me sentei ao lado dela.

- Precisamos conversar, não vamos dar mais nenhum passo antes de acertarmos esses pequenos detalhes, são importantes, se não é pra você, bem, pra mim é sim.

- Você quer que eu fale o que?

- Não sei. Nós transamos Stephanie! O mínimo que podemos falar é: Nossa como foi sua noite? Você gostou na hora em que eu te chupei? Coisas desse gênero, não da pra simplesmente você me ignorar, tivemos um lance aqui.

Aponto para ela e para mim, e faço gestos de laços, como se fosse um daqueles hippies esquisitos que passam nos filmes.

- Bem Thomas, o que tivemos foi igual a todos os outros. Transamos novamente, e você sabe que não era para ter-mos transando. Eu estava abalada emocionalmente e você veio com esse seu modo conquistador barato e acabei caindo na sua. - Ela passa as mãos em seus cabelos e bufa. - Além do mais, você quer que eu fale o que? Oh, Transamos, porém fique ciente que não vai rolar mais nada, pelo o motivo de você só pensar em sexo e eu acabei de me desiludir amorosamente?

Detalhes  (EM REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora