Maleficent

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Point's of view Lauren

As horas demoraram a passar, e finalmente, era a hora do intervalo. Juntei as coisas e as coloquei dentro da mochila e Thomas fez o mesmo. Saímos e fomos para o refeitório.

- Você e a Ally ainda estão brigados? – Sorri de lado.

- Obviamente. – Ele revirou os olhos.

- Mas que besteira de vocês! – Cruzei os braços .

- Eu queria ver se fosse com você. – Retrucou ele.

- Releva, é a Ally, Thom, ela não fez por mal. – Soltei uma risada fraca.

- Ela postou uma foto minha totalmente bêbado usando uma tanguinha. Se não foi por mal, por bem também não foi. – Ele me pareceu um pouco bravo -

Os dois se davam muito bem, mas as vezes saia uma briga e ficavam um tempo brigados como se fossem duas crianças. Sentamos em uma mesa perto da janela, observei as pessoas no refeitório e cumprimentei várias de longe. Em poucos minutos o refeitório já estava lotado, geralmente eu e o Thom comemos na mesa do meio, onde fica a nossa galera, mas hoje eu queria apenas a presença do Thomas, não era por motivo algum mas eu não estava muito para conversas.

- Essa viagem da Ally tá muito demorada. – Falei -

- Graças à Deus, porque aí eu não preciso olhar para a cara dela. – Ele respondeu .

- Não fala assim. – Soquei o ombro dele de leve.

Levantei e fui comprar alguma coisa para comer, comprei e voltei com a bandeja para a mesa, me sentei ao lado do Thomas outra vez.

- Não vai comer? – Perguntei.

- Eu trouxe de casa, sanduíche de amendoim como sempre. – Ele se virou e abriu a bolsa, pegando o sanduíche.

- Eu adoro os sanduíches da sua mãe. – Sorri e dei um gole no meu suco.

Camila colocou a bandeja em cima da nossa mesa e ficou olhando para a gente.

- Posso ajudar? – Sorri cinicamente.

- Eu posso sentar aqui com vocês? – Ela sorriu.

- Não, a mesa tá cheia. – Acenei para ela com a mão e ela saiu.

- Maleficent. – Ele riu.

As vezes eu tinha as minhas muitas dúvidas sobre a masculinidade de Thomas, mas todas as vezes que eu o indaguei sobre, ele me negou e sempre quase terminava em briga. Terminamos de comer e depois voltamos para a nossa sala, o que me deixava aliviada era que eu só teria mais uma hora de aula e depois eu estaria livre para eu fazer o que eu bem entendesse. Depois que acabou a aula eu juntei as minhas coisas e Thomas também. Fomos até a área externa da faculdade onde costumavam ficar os alunos, era tipo uma área para relaxar. Escolhi uma árvore um pouco mais afastada e me sentei de baixo dela. Abri a minha bolsa peguei um cigarro de maconha, eu precisava relaxar depois daquelas aulas chatas.

- Quer dar um trago? – Ele negou.

- Não gosto disso, e você sabe. – Ele falou se sentando do meu lado.

- Você é um chato metido a certinho. – Dei uma longa tragada e soltei a fumaça no ar.

- Não, Lauren. Eu só não estou a fim. – Ele fechou o zíper da jaqueta.

- Tudo bem. – Dei de ombros.

Avistei Camila segurando alguns livros e andando um pouco mais rápido, o semblante dela era de inquietação e logo atrás estava Zac e sua turma de brutamontes idiotas implicando com a menina.

- Esses garotos acham que só porque são da fraternidade ou de famílias ricas podem agir assim com os outros. – Thomas falou e se levantou indo em direção aos garotos.

Fiquei olhando para ver no que isso iria dar. Eu não conseguia ouvir o que ele tinha falado e nem a resposta de um dos gorilas do Zac, mas acho que não agradou muito porque um deles deu um empurrão no Thomas. Dei o meu último trago em meu baseado, peguei a minha bolsa e caminhei até eles.

- Algum problema? – Olhei nos olho do que empurrou Thomas, ele deu um passo para trás e negou com a cabeça.

- A gente não sabia que você tava aqui por perto – Disparou Zac.

- Se eu souber que você ou qualquer outra pessoa encostou no Thomas outra vez, não vai prestar. – Eu cutucava o peito de Zac com força enquanto eu falava.

- Não vai acontecer de novo. – Ele olhou para Camila com cara de nojo.

- E isso se inclui a ela também. Deixem-na em paz. – Ajeitei a minha bolsa no ombro e saí andando.

Esfreguei as minhas mãos em uma tentativa falha de espantar o frio que havia piorado. Senti uma mão no meu ombro e uma voz doce feito mel.

- Obrigada por aquilo – Camila sorriu ainda com a mão no meu ombro.

- Não tem de que, mas por favor, não pense que eu vou ser a sua amiguinha, que vamos fazer tranças no cabelo uma da outra, porque não vamos. – Eu olhei para a mão dela em meu ombro.

- Bom, de qualquer forma, obrigada. – Pude ver a expressão de Camila mudar de feliz para triste em segundos, ela rapidamente tirou a mão do meu ombro e foi embora.

- Estranha. – Revirei os olhos.

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