Festa na fraternidade

943 61 4
                                    




- Quero conhecer! – Ally falou.
- Você vai voltar quando para a faculdade?
- Amanhã mesmo!
- Não me conformo com você fazendo psicologia.

- Ué, porque?

- Tinha que fazer o mesmo curso que o meu para ficar na minha sala comigo.

- Falando nisso, o Thomas ainda tá com raiva de mim? - Ela deu um riso fraco.

- Na verdade, tá. Mas você sabe como ele é, daqui à pouco ele vai estar falando com você de novo.

- Como se eu me importasse. – Revirei os olhos com a cara de deboche dela.
- Você sabe que se importa, Ally.

- Bom, vamos mudar a pauta do assunto?

- Vamos. – Eu sorri e me sentei - Vai ter uma festa mais tarde, você quer ir?

- Quero, e onde vai ser?

- Na fraternidade dos meninos.
Ally fez uma cara como se estivesse pensando na proposta que eu a fiz.
- Tá, eu topo!

Eu e Ally colocamos todos os assuntos em dia e depois resolvemos nos arrumar. As festas das fraternidades eram sempre muito maneiras e eu sempre ganhava uma bela de uma dor de cabeça no dia seguinte. Olhei no visor do meu celular e vi que já eram 23:23, Guardei o celular no meu bolso e fui até o quarto da minha mãe para ver se ela estava lá dentro, bati algumas vezes na porta e pude ouvi a voz dela ecoar dizendo para eu abrir. Entrei no quarto com cuidado e sorri ao vê-la deitada vendo TV. Fui até ela e beijei o rosto dela. Apenas ela estava na cama e pelo barulho do chuveiro vindo do banheiro deduzi que meu pai estava tomando banho.

- Que horas que você chegou?
- Por volta das nove, mas fiquei com pena de te acordar, você parecia estar em um sono tão profundo. – Ela me olhou da cabeça aos pés – Você vai sair, meu amor?

- Eu vou, mãe. Tem uma festa hoje. Tem problema?
- Não, só se cuida, por favor.
Eu sorri e a abracei, depois saí do quarto dela, fui até o quarto da minha irmã e abri a porta devagar. Ela estava dormindo, eu sorri ao vê-la tão serena e caminhei até ela, depositei um beijo em sua testa e saí de seu quarto. Me encontrei com Ally no meu quarto, eu peguei a minha bolsa e nós descemos. Peguei a chave do carro, saímos de casa, entramos em meu carro, colocamos o cinto e eu dei partida. A fraternidade não ficava muito longe dali e por isso não demoramos mais do que vinte minutos para chegarmos. Estacionei em frente ao local da festa, que por sinal, já estava completamente cheio. Peguei o que tinha que pegar na minha bolsa, coloquei no bolso do meu casaco e entramos. Fui cumprimentando de longe as pessoas e Ally também. A festa pelo visto já estava bombando e com certeza com a minha chegada, iria bombar mais ainda. A música estava alta, a maioria estava com um copo de bebida na mão, entramos. Passei os olhos por todo aquele lugar na esperança de achar o Thomas.

- Que bom que você veio, trouxe alguma coisinha? – Zac perguntou bem perto do meu ouvido.

- Eu trouxe.
Me virei para ele, peguei a bebida da mão dele e a bebi de uma ver, devolvi o copo e sorri. Zac colocou a mão no bolso e tirou algumas notas de vinte dólares do bolso e me deu, eu peguei um saquinho com quatro comprimidos de êxtase. Zac saiu satisfeito com o que ele queria, Ally me olhou com a cara de reprovação dela e estalou a língua três vezes.
- Você ainda vai se ferrar por causa disso. -
- Relaxa, amiga. Eu só to me divertindo -
- Não é assim que se diverte -
- Al, hoje não. – Eu sorri e a dei um beijo na testa – Vamos dançar e beber.
Pegamos nossas bebidas e fomos para a área externa na casa, o quintal tinha uma piscina linda e perto o DJ estava tocando. Fomos até a pista de dança improvisada e começamos a dançar. A minha faculdade tinha muitas pessoas bonitas e eu amava isso. Naquele momento eu tinha mirado em um novo alvo. Era uma menina que costumava andar com os amigos do Zac, sorri para Ally e mostrei a menina discretamente.
- Eu vou ali falar com ela e já volto – Ally riu e concordou.
Fui chegando perto da garota devagar, ela estava dançando sozinha para a minha sorte.
- Oi – Eu sorri para ela.
- Oi – Ela me respondeu sorridente.
- Você parece estar com muita sede – Disparei.
- Você acertou, eu estou.
- Não seja por isso, espere aqui.

Fui até o barril cerveja e enchi um copo paraela e outro para mim, voltei e entreguei a bebida na mão dela. Ela me agradeceue sorriu.

- Sabia que você tem um sorriso muito bonito? - Perguntei com o sorriso mais cafajeste do mundo.

- Na verdade é o seu – Ela olhou para os meus lábios.

- Então, ele tem dono? – Resolvi ser mais direta.

- Só se você quiser.

InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora