Point' of view LaurenTerminei de beber e comer, paguei e entrei no carro para ir embora. Eu estava me sentindo super cansada devido a noite anterior. Eu não estava vendo a hora de ir para casa. Botei o sinto de segurança e dei a partida no carro. No caminho eu lembrei que tinha uma dívida para acertar, peguei o meu celular no banco do meu carro mas em um movimento errado ele caiu, diminui a velocidade e abaixei para pegar. Foi em questões de segundos. Senti algo bater no meu carro, me levantei na mesma hora e freei. Saí do carro imediatamente para ver o que havia sido.
- Eu não acredito, me desculpa. Você.... – Parei de falar assim que a moça ainda desnorteada levantou a cabeça e me olhou – Oh, Camila.
Ela estava com uma cara de dor, eu a segurei em meus braços e a levei para dentro do carro, a rua estava vazia, dei a volta no carro e entrei. Coloquei o meu sinto e liguei o carro de novo.
- Você está bem? – Falei calma e doce.
- Eu estou, somente com um pouco de dor. – A voz dela saiu espremida, segundos depois algumas lágrimas caíram de seus olhos.
- Oh, Cristo! Não chora, por favor. – Limpei as suas lágrimas com cuidado.
- Não foi você, hoje eu estou meio aérea.
Acelerei o carro rumo a um hospital, eu não ia muito com a cara dela, mas eu não queria que ela morresse ou alguma coisa do tipo.
- Você quer conversar? – Limpei o limpador de vidro ao perceber que havia começado à nevar.
- Você quer me ouvir? – Sacudi a cabeça positivamente – Ontem, depois da festa, o Thomas me deixou na minha casa, eu subi para o meu quarto e o meu ex namorado estava lá. Deitado na minha cama, eu tomei um susto. Pedi para que ele fosse embora, mas ele não ouviu. Tentei chamar a minha mãe ou o meu pai, mas ele foi mais rápido e... – Ela não conseguiu terminar de falar e começou a chorar freneticamente.
- Camila, você precisa me dizer! Ele fez algo com você?
Camila sacudiu a cabeça positivamente, ela cruzou os braços como se tivesse se abraçando. Apertei as mãos no volante sentindo a maior raiva do mundo, naquele momento eu queria protegê-la e eu iria. Fiquei calada o resto do caminho, estacionei em frente ao hospital, tirei o meu cinto e o dela.
- Vamos, você precisa de exames para ver o estrago que eu fiz. – Ela sorriu fraco, e isso quase me matou.
- Eu estou bem, não precisava me trazer aqui.
- Claro que precisava Camila, aproveita que hoje eu estou boazinha. - Tentei deixa-la mais confortável.
Saí do carro e depois a peguei novamente em meus braços, de perto o perfume dela era mais presente ainda, eu sorri ao lembrar da minha conversa com Ally. Apertei os passos devido a neve. Entrei com ela na emergência do hospital e assim que nos viram logo vieram com uma maca. Eu a deitei na maca com a ajuda de um enfermeiro e informei o que havia acontecido. Fui orientada a esperar na recepção enquanto ela iria ser examinada. Fiquei esperando, ansiosa e com medo de que alguma coisa estivesse errado com ela. Uma enfermeira veio na minha direção e eu logo levantei.
- Ela está bem, só teve uma torção no tornozelo. Com os antibióticos ela logo ficará bem.
- E ela vai passar a noite aqui?
- Não, ela não vai precisar. O tornozelo dela já está sendo imobilizado.
Agradeci a enfermeira e pouco tempo depois Camila apareceu, o médico a carregava em uma cadeira de rodas, eu sorri ao vê-los. Ela estava um pouco abatida e eu tinha certeza que não era por causa do tornozelo. O médico me ajudou a coloca-la no carro de novo. Entrei no banco do motorista e nós colocamos o sinto.
- E aí, você está melhor?
- Eu acho que sim. – Camila me olhou com os olhos tristes.
Tava decidido, eu iria por fim naquilo. Passei em uma farmácia e comprei tudo o que ela precisava, depois consegui arrancar dela o endereço do idiota do ex namorado dela.
- O que você está fazendo? – Camila me olhou.
- Espera aqui no carro. – Ordenei.
Abri o porta-luvas e tirei a minha arma, uma magnum 44 cromada, de lá de dentro, Camila me olhou assustada, mas a minha raiva estava tão grande que eu não pensei duas vezes. Saí do carro e a tranquei lá dentro para que ela não pudesse vir atrás de mim. Fui até a porta daquela casa e toquei a campainha.
- Pois não? – O moleque falou ao abrir a porta.
- Precisamos conversar. – Levantei a minha blusa e ele viu a minha arma dentro da minha calça.- Será que eu posso entrar ?
Ele apenas concordou com a cabeça, eu sorri e então eu entrei. Assim que ele fechou a porta eu o segurei pela gola da camisa e o encostei brutalmente na porta.
- Escuta aqui, eu soube que você é muito metido a macho, não é mesmo? Então hoje, você vai aprender a ser homem de verdade.Acertei o meu cotovelo no nariz dele, na mesma hora o sangue desceu, ele tentou se defender mas não conseguiu. Eu o segurei pelo cabelo e acertei o rosto dele no vidro da mesa de centro que tinha ali. Eu o soltei no chão, o garoto não conseguia ficar de pé, olhei em volta e vi um taco de baseball em cima do sofá. Então eu o peguei e voltei para perto dele.
- Você sabe o porque você tá apanhando? – Ele sacudiu a cabeça negativamente, a expressão de medo dele me satisfazia. – Você fez uma coisa com a Camila que você nunca deveria ter feito.
Ajeitei o taco nas minhas duas mãos e então eu o acertei em cheio no saco, com toda a minha força. Ele urrou de dor.
- Música para os meus ouvidos. – Gritei e dei mais algumas tacadas no pau dele.
Quando senti que ele estava prestes a desmaiar larguei o taco de lado e então o levantei. Eu o olhei rindo sadicamente.
- Você não me conhece e garanto que nunca mais vai querer me ver, então se eu souber que você mexeu com a Camila de novo ou com qualquer outra mulher, você está morto.
Eu acertei um soco direto em sua boca e depois outro em um de seus olhos, ele ameaçou cair ajoelhado. Mas eu o impedi.
- Apanha feito homem, de pé. – Dei um outro soco nele, mas agora na boca do estômago – Vou te levar lá fora e você vai pedir desculpa para ela.
Ele nada falou, eu abri a porta e o arrastei até o carro, Camila estava com a expressão de medo, pavor. Mas eu tinha que fazer isso. Eu destravei o carro e abri a porta. Continuei segurando na blusa ensanguentada dele.
- De...des...desculpa. – Ele falou com dificuldade.
- Lauren. – Ouvi o meu nome sair daqueles doces lábios.
- Agora sim, se isso voltar acontecer, já sabe.
Eu fechei a porta do carro de novo e o larguei na calçada da casa dele. Entrei no carro, coloquei o cinto e arranquei com o carro. Eu estava muito brava com ele, a minha respiração estava ofegante. As minhas mãos estavam com sangue nos ossos dos meus dedos de tanto soco que eu tinha sentado nele.
- Camila, ele nunca mais vai mexer de novo contigo.
Ela nada falou, apenas encostou a cabeça no vidro. O caminho foi um pleno silêncio, ela só abriu a boca para falar aonde ficava a casa dela. A neve já tinha piorado, a rua estava completamente repleta de neve. Estacionei em frente a casa dela. Saí do carro e a peguei no colo. Eu a levei na porta e ela a abriu.
- Meus pai não estão, nem a minha irmã. – Ela olhou para o céu branco de tanta neve que estava caindo – Entra, está nevando muito.
- Eu não quero te atrapalhar, e além do mais eu tenho um compromisso hoje mais tarde.
- Fica, por favor, é perigoso.
Suspirei fundo e olhei para o meu carro sujo pela neve, ela estava certa. Estava nevando muito, então eu entrei.-
Sintam-se à vontade para comentar <3
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Inesperado
FanfictionBem, antes de vocês entrarem na minha vida eu vou contar um pouco dela para vocês, o meu nome é Lauren, eu tenho 21 anos e curso engenharia civil na Brown University. Eu, e minha família nos mudamos para Rhode Island há três anos. Eu nunca pensei qu...