Life goes on

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E aí, gente? Estão bem? Sim, né?!



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POV Lauren

Chorei até me sentir fraca, ouvi algumas batidas na porta e limpei rápido o rosto como se fosse adiantar alguma.

- Oi, meu amor. - A minha mãe falou com a voz trêmula ao me ver acordada, correu em minha direção e me abraçou com todo o cuidado.

- Ai, graças à Deus. - Ouvi a voz firme do meu pai.

- Pai?! - Indaguei assustada por ele estar ali. - Achei que você estaria no trabalho?

- Você sabe quanto tempo mais ou menos você está aqui? - Chris se posicionou do meu lado e depositou um beijo no topo da minha cabeça.

- Sei lá, algumas longas horas?! - Perguntei retoricamente.

- Três semanas e meia. - Minha mãe falou depois se desfazer do meu abraço.

- Estávamos com saudade. - Foi a vez da minha pequena Taylor se pronunciar.

- Eu também, de certa forma. - Eu sorri de lado para acalma-la.

Confesso que nos primeiros segundos eu fiquei assustada com o tempo que eu estava ali, para mim eu tinha ficado só algumas longas horas.

- Como assim? Eu estava em coma ou alguma porra do tipo?

- Olha a boca. - A minha mãe logo me repreendeu.

- Sim. - O meu pai sorriu fraco. - Nós não sabíamos quando você iria acordar.

- Filha, você nos deu um baita de um susto. - Minha mãe passou a mão de leve pelo o meu rosto.

- Desculpa. - Olhei pra cada um dos quatro.

- Não diga isso nunca, filha. Aconteceu. - Disse a minha mãe.

- O importante é que você tá bem. - Completou o meu pai.

Lembrei que Keana não teve a mesma sorte e senti vontade de chorar mais.

- Então, eu perdi o funeral da Keana. - Abaixei a cabeça e sequei algumas teimosas lágrimas que decidiram cair.

- Nada que a gente fale agora vai te deixar melhor, filha. Mas por favor, não pense que a culpa foi sua.

- Em partes foi, pai.

- Não, filha. As coisas acontecem. Ela foi a única culpada, infelizmente. - Foi a vez da minha mãe falar.

- Vocês sabem do que aconteceu?

- Sim. - Taylor pigarreou e continuou a responder. - Vocês brigaram na casa de campo e ela saiu correndo e você, como uma boa namorada, foi atrás querendo amenizar as coisas. E deu no que deu.

Fiquei calada ouvindo cada palavra que Taylor dizia, com certeza dos quatro, ela era a única que sabia a verdade, eu conhecia a minha irmã e sabia muito bem que como mentirosa, ela era uma ótima irmã.

- Filha, eu tomei a iniciativa de me contactar com uma psicóloga para você. Você aceita ir?

- Aceito, bom que eu não tenho que passar por isso sem ajuda de uma profissional. - Falei com o olhar perdido.

[...]

Como era bom estar em casa, depois de tudo o que eu tinha passado tudo o que eu queria era estar em casa com os meus pais e o meu irmão me dando apoio. Os dois dias que eu passei acordada no hospital me fez pensar em muitas coisas e a maior parte delas terminava em Camila. Nesses dois dias ainda internada no hospital, recebia visita de Ally e Thomas, mas Camila nem se quer apareceu, e eu senti a falta dela. Eu queria que ela ficasse longe de mim, mas ao mesmo tempo eu não queria, isso era muito confuso. Contei aos dois que Camila não sabia que eu me lembrava sim de tudo e pedi para que os dois fizessem segredo sobre isso. Eu não sei se isso era errado, a minha namorada tinha acabado de morrer depois de me ver beijando outra e eu estava pensando nesta outra. Eu estava triste, profundamente triste, diga-se de passagem, mas isso não conseguiu camuflar as coisas vindas do meu coração. De fato, eu estava me apaixonando por Camila.

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