Deita aqui

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Point's of view Lauren

Percebi a expressão de Camila um pouco triste, eu não iria perguntar o que era, então eu deduzi que era por causa do que tinha acontecido.

- Quer alguma coisa?

- Não, obrigada. - Respondi.

- Tudo bem, eu acho que eu vou tomar um banho.

- O seu quarto fica lá em cima?

- Fica. - Camila suspirou.

- Você tá cansada?

- Um pouco.

Balancei a cabeça positivamente, eu não a conhecia muito bem, mas o pouco que eu conhecia sabia que algo não estava bem.

- Vem, eu vou te ajudar a ir lá para cima.

Eu coloquei um braço de Camila em volta do meu pescoço, apoiando-a em mim. Subimos de vagar até chegarmos ao quarto dela.

- Pronto. - Eu tirei o braço dela do meu pescoço.

- Obrigada, eu não conseguiria sem você.

- Não tem de que. - Falei seca.

- Porque que... - Ela fez uma pausa e eu a olhei nos olhos - Deixa pra lá. Eu vou tomar banho.

- Tudo bem, eu vou esperar lá em baixo, se você precisar de mim, grita que eu venho.

- Tá bom, fica à vontade.

Eu saí do quarto de Camila e fui para a cozinha. Vasculhei tudo para achar o que eu precisava. Fiz chocolate quente, abri um saco de cookies e os coloquei em uma vasilha. Achei uma bandeja de madeira, daquelas que são feitas para comer na cama, arrumei tudo em cima dela e subi. Parei em frente a porta do quarto de Camila, não ouvi barulho de chuveiro ligado.

- Camila?!

- Pode entrar.

Abri a porta devagar para que nada caísse, Camila estava sentada na cama penteando os cabelos.

- Trouxe pra você, na verdade, pra gente.

- Eu estava mesmo precisando de um chocolate quente, obrigada.

- De nada.

Esperei Camila terminar de se pentear e então eu coloquei a bandeja na frente dela e me sentei. Peguei uma caneca e dei um gole no chocolate. Ela fez o mesmo.

- Está uma delícia.

- Obrigada, eu sou expert em chocolate quente.

- Percebi.

Depois não falamos mais nada uma com a outra. Bebemos o chocolate e comemos os cookies em total silêncio. Depois que nós terminamos levei a bandeja e os copos para a cozinha e depois eu subi de novo.

- Posso entrar? - Bati na porta.

- Pode. - Ouvi a voz de Camila.

Entrei com cuidado, ela estava mexendo em seu celular e pelo sorrisinho deveria estar melhor.

- Como é que você tá?

- Eu to bem. - Ela falou sem nem me olhar.

- Eu vou deitar no sofá da sala, se precisar me grita.

- Não, fica aqui. Eu posso precisar de você, e eu não to muito afim de gritar.

Eu dei de ombros, sentei em um mini sofá que ficava do lado da janela do quarto dela, de frente para a cama. Desamarrei as minhas botas e as tirei. Deitei no sofá, e fechei o meu casaco na tentativa de bloquear o frio. Não adiantou.

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