Capítulo 7

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Quando Liam chegou em casa, poucos minutos depois, as malas de Harry já estavam na sala, e ele gritava com alguém no telefone porque queria uma passagem imediata. Porém o próximo vôo era em 2 horas.

2 horas parecia tempo demais. Liam perguntou o que houve, e Harry só precisou dizer: "Perrie.", pra que o outro entendesse. Harry não se sentia seguro. Duas horas de espera, mais o tempo da viagem... E Perrie já estava livre desde a última madrugada... Quanto tempo demoraria até encontrar Melanie? Enfim, os dois terminaram no apartamento de Niall. A mulher dele dormia no sofá. A imagem era perturbadora. Tinha a cabeça em uma almofada, os cabelos caindo pelo sofá, quase tocando o chão, um livro caído no peito, a barriga volumosa debaixo de uma blusa branca. O rosto pálido adormecido passava uma sensação de instabilidade. Todos conheciam o temperamento dela. Nem dormindo ela passava segurança a ninguém. Não era alguém com a qual você confiasse em fazer brincadeiras a frente do rosto porque estava adormecido. Ainda assim a beleza adormecida era desconcertante.

Niall: Claro. – Aquiesceu. – Eu tenho algo que pode mostrar. – Disse, e se virou. Então olhou a esposa um instante. – Um minuto. – Pediu, e caminhou na sala, até ela.

Perto dela, Niall voltou a ter a expressão imperiosa de sempre. Agora ele não era mais um animal acuado. Tendo-a sob sua proteção era diferente: Agora ele estava esperando pelo ataque. Liam perguntou algo a Harry, que deu de ombros, pensativo. Preocupado. Niall se abaixou do lado da esposa, beijando sua maxilar. Ela apenas resmungou de olhos fechados, e sorriu de canto.

Niall: Vou levá-la para cama. – Disse, carinhoso. Era violentamente estranho ver Niall ser tão amável, tão cuidadoso, carinhoso com alguém. Harry viu ele acariciar a barriga dela por um instante, e então levou a mão até a dobra de seu joelho. Ia carregá-la, mas ela segurou seu braço.

XXXX: Não. Eu não vou dormir, preciso... – Ela hesitou e ele sorriu – Eu preciso fazer qualquer coisa, que vou me lembrar assim que levantar. – Dispensou.

Niall: Então não demore. O sofá não vai fazer bem a suas costas. – Disse, e ela assentiu, sonolenta. – Cinco minutos. – Disse, severo. Ela gemeu, fazendo uma careta.

XXXX: Você é insuportável. – Acusou, ainda com a careta.

Niall: Eu também amo você. Cinco minutos. – Ressaltou. Ela o ignorou e ele riu, beijando-a novamente.

Niall caminhou, tranquilo, até o escritório. Ele abriu o laptop, e encaixou no USB algo que lembrava um pen drive. Enquanto executava ele ia falando, ainda tranquilo... Harry estava se irritando. Niall estava tranquilo demais.

Niall: A segurança da propriedade é falha por seu tamanho. Eu tenho cercas elétricas por todo seu limite. Elas alcançam 4 metros de altura, e não há falha nela. Só há duas entradas, e todas tem guardas 24 horas, mas digo que é falha porque é grande. Tenho um grande espaço aberto, em verde, inclusive um que é de arvores fechadas. Uma reserva. – Disse, digitando algo no laptop. Harry gemeu, pondo a mão no rosto. Arvores eram ótimas pra esconder algo. Ou alguém. – Mas a segurança do chalé em si é impecável.

Liam: Como assim?

Niall: Como eu comentei, minha mulher vai criar problema quando souber quem eu mandei até lá. Mas não era pra ela saber. Há alarmes pelo gramado do jardim em volta, invisíveis e insensíveis ao olho humano. Se a pessoa o atravessa, o alarme externo é ativado. – Se abriu uma planta enorme no laptop. Harry absorvia cada palavra. – Eu mandei que o alarme fosse desativado quando Melanie foi pra lá, porque eu não sou o único a receber o aviso se o alarme é violado. – Disse, se fazendo entender. – E ele foi.

P.S.: Eu Te Amo (Livro 3) [H.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora