3ª parte - Capítulo VIII

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Olá, olá! 😉 E o baile continua!

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À mesa iam regressando convidados, por pouco tempo, para descansarem e se refrescarem com vinho ou água e depois voltavam à dança. Retribuía a simpatia aqueles que me cumprimentavam por cortesia. Fiquei sozinho por um bom tempo e enquanto bebia, o passado encarregou-se de vir ter comigo nos meus pensamentos. Era como se tivesse sido ontem...

Aurora, naquela altura Rosa, esperava-me debaixo do grande carvalho conforme ficou combinado no dia anterior. Confesso que naquele dia tive receio de que ela não viesse ao meu encontro, daí desenhar um grande sorriso quando a vi. Era-me impossível esconder a minha alegria.

- Vieste! - exclamei eu, saltando do cavalo.

Ela deu-me o seu sorriso doce, mas não se moveu de onde estava.

Eu estava apreensivo e nervoso, mas não o demostrava, porque era valente. Aproximei-me dela e dei-lhe um abraço que ela não recusou. Isso reconfortou-me e dava-me esperanças. Antes de ouvir a sua decisão, confessei-lhe os meus sentimentos, sem vergonha:

- Passei o dia a pensar em ti!

- Eu também - murmurou.

Rimo-nos como dois jovens apaixonados que eramos

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Rimo-nos como dois jovens apaixonados que eramos.

- O meu e o teu destino estão nas tuas mãos, Rosa - falei, sério. - Por favor, não me dês um desgosto, porque eu posso não aguentar.

- Tu és valente!

Será que ela está a brincar comigo? Ou estará a falar a sério? Eu sempre me considerei valente, mas duvidava muito que o fosse se a perdesse. Aguardei pela sua resposta.

- Filipe... - fez uma pausa.

Tentava ler nos seus olhos, nos seus lábios o que me iria dizer, mas não conseguia. Mantive-me aparentemente calmo, mas por dentro estava inquieto.

- Eu aceito que peças a minha mão às minhas tias - afirmou ela, cheia de alegria e atirou-se para o meu pescoço.

Rodeei-a com os meus braços cheio de felicidade e abracei-a forte. Fechei os olhos, respirei fundo e pensei que agora só faltava convencer o meu pai. Sentia-me bem e feliz!

Ouvi uma voz familiar que me puxou para o presente.

- Avô...

Ergui o meu rosto e fiquei boquiaberto de espanto.

-Avô, apresento-lhe a Princesa Aurora - declarou Violeta, ainda no seu disfarce de Henrique.

Fiquei completamente sem reacção. Até me esqueci de respirar, por alguns instantes. Reage, Filipe! Não faças figuras de mal educado. Ergui-me, mas senti as pernas trémulas.

- Princesa Aurora - cumprimentei-a, com uma vénia.

Discretamente, arregalei os olhos para a minha madrinha em protesto. Que ideia foi esta?

O AMOR NÃO DORMEOnde histórias criam vida. Descubra agora