6ª parte Capítulo XVI

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Olá, olá! 😉

Alguém sabe quem são os personagens que estão na tabuleiro de xadrez? É como se esta aventura fosse um jogo ou uma guerra. Alguém irá fazer xeque mate. Quem será?

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A minha madrinha não se encontrava no castelo. Então, esperei, nos meus aposentos, impaciente. A noite caiu. Abri uma janela para sentir a liberdade de admirar o céu estrelado e a lua prateada a olho nu e sentei-me numa cadeira, enquanto a leve brisa fazia esvoaçar os cabelos que me cobriam a testa.

Apanhando-me de surpresa, quatro criaturas minúsculas invadiram a minha janela aberta.

- Madrinha! – exclamei eu, aliviado e contente por a ver acompanhada pelas madrinhas da minha amada. Levantei-me num pulo para as receber. – Bem-vindas, a Aragão, Dulce, Lucy e Fabiola!

- Trouxe-as comigo! – murmurou ela, com triunfo e com um brilho especial nos olhos.

Isto significava que a conversa dela com as madrinhas de Aurora tinha dado certo. Elas acreditaram!

- Príncipe Filipe – cumprimentaram-me elas com uma vénia, no ar e as suas asas batiam lentamente ao mesmo tempo.

Elas sempre me cumprimentavam com ar alegre entre risos. Mas naquele momento, tentavam esconder a sua preocupação com sorrisos simpáticos, mas eram sorrisos esforçados. Senti-me observado por elas. Ao início devem ter ficado incrédulas com o que a minha madrinha lhes contou e procuravam em mim algum sinal da minha velhice.

- Entrem – pedi eu. – Sintam-se como estivessem na vossa casa.

As fadas voaram até mim. Em silêncio, Fabiola fez-me uma carícia na face e vi nos seus olhos tristeza.

- É terrível! Diga-nos que é mentira, Príncipe – pediu Dulce.

- Infelizmente, não é mentira. Mas não vale a pena chorar o meu outro passado. Eu voltei! Preciso proteger a Aurora e derrubar a Bruxa. Posso contar convosco?

- Nem precisa perguntar, Príncipe. Os seus interesses são os nossos interesses. – respondeu Lucy.

Sorri cheio de carinho por aqueles seres que sempre tiveram ao meu lado nos bons e maus momentos, mas não se lembram.

A minha madrinha agitou a varinha e fez aparecer uma mesa, junto à lareira, com um jarro de vinho, cinco cálices, uma taça de fruta e estava rodeada apenas por uma cadeira. As fadas esperaram que eu me sentasse e só depois é que se sentaram em cima da mesa à minha frente.

- A Aurora? – perguntei. Esta tarde voltei para ela e já estava cheio saudades.

- Não lhe pode chamar esse nome, Príncipe. Tenha cuidado. Ela não pode saber quem é, antes do seu décimo sexto aniversário – avisou Dulce.

Assenti.

- A nossa princesa está bem. Ela adormeceu logo depois do jantar. Devia estar cansada – respondeu Fabiola, carinhosamente.

- Agora que já sabem a minha história e que a maldição da Bruxa se irá concretizar, precisamos de traçar um bom plano, sem falhas para ganharmos. É como estivéssemos prestes a travar uma guerra.

- Custa-nos acreditar no que aconteceu. Dezasseis anos de sacrifício não serviram de nada!? Somos tão cautelosas e tudo parece ter corrido bem até hoje - afirmou Lucy.

- Todos os sacrifícios que foram feitos para a protecção da vossa princesa não servirão de nada. Ela picará o dedo no fuso de um roca. Eu vi! Eu revivi esse passado.

O AMOR NÃO DORMEOnde histórias criam vida. Descubra agora