2ª parte - Capítulo XVI

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Olá, olá!

Mais um capítulo! Descubram se adivinharam para que serve o falcão.

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A minha resposta foi um olhar misterioso. Admirei a ave. Tinha as penas brancas como a neve e manchadas por pequenos pontos escuros. Era um falcão gerifalte sendo o maior da sua raça, uma raridade e só a realeza possuía tal ave.

 Era um falcão gerifalte sendo o maior da sua raça, uma raridade e só a realeza possuía tal ave

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- Pousa-o aqui – ordenei eu, apontando para as costas da cadeira.

- Qual é a tua ideia, Filipe? – perguntou a minha madrinha, sem conseguir conter a curiosidade.

Aguardei que o guarda fizesse a vénia e saísse tao depressa como entrou.

- Quero que este falcão seja os meus olhos e os meus ouvidos – esclareci eu, com um grande sorriso.

- Ah! Queres ter um espião como a Malévola.

Assenti.

- Alguma vez descobriste que magia rodeava o corvo da Malévola? – perguntou ela, pensativa.

- Não. A primeira vez que tentamos captura-lo falhamos e a segunda vez desistimos. Mas quando voltei atrás no tempo descobri que ele não deve aproximar-se de espelhos.

- Porquê?

- Não sei, mas tenho intenções de o descobrir.

A minha madrinha caminhou para lá e para cá, pensativa, o vestido leve ondulou pelo chão e a varinha balançava ligeiramente na sua mão espalhando brilhos. Aguardei, por uns momentos, até que ela falou:

- Há um feitiço simples que consiste em dar o dom da fala aos animais e eles passam a compreender e a interagir com os humanos, mas... se houver o risco de ele ser capturado será um grande perigo para ti, porque a Malévola pode descobrir os teus planos.

- Isso não pode acontecer! Esse feitiço é péssimo! Não conheces outro feitiço?

- Estava a pensar que os olhos do falcão e os teus poderiam ser um só. Poderás ver e ouvir o mesmo que ele.

- É uma excelente ideia! É possível tal feitiço, madrinha?

- Sim, é possível tal maldição.

- Mal... mal-di-ção?

Quis acreditar que ouvi mal, porque a minha madrinha jamais desejaria amaldiçoar-me e perguntei calmamente, na dúvida:

- Tu queres amaldiçoar-me?

Ela confirmou com um aceno de cabeça afirmativo. Arregalei os olhos de espanto e repreensão ao mesmo tempo.

- Deixa-me explicar. Apesar de ser uma maldição não acarreta grande perigo para ti. A consequência é que esta maldição jamais pode ser desfeita e irás ver, ouvir e sentir o mesmo que o falcão até a sua morte.

O AMOR NÃO DORMEOnde histórias criam vida. Descubra agora