5ª parte do Capítulo XI

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Olá, meus queridos leitores!! Hoje, quero agradecer a vossa dedicação à minha história e os vossos comentários. Adoro ler cada um deles e saber as vossas opiniões.

Mais um capítulo, não roubo mais a vossa atenção.

Aqui tendes a Rainha Malévola! (uma vénia, por favor) 😂

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Ela sorriu maliciosamente. Mas aquele gesto era mais que um sorriso, era um aviso, era uma troca de informações sem palavras.

- Lamento, rei Dinis, mas eu vim a Aragão para conversar com o Príncipe Filipe. E é o que eu pretendo fazer!

Pela primeira vez na minha vida, desejei conversar e ouvir o que a Bruxa tinha para me contar. Havia algo que eu precisava saber!

O rei Dinis ficou tão transtornado que a sua respiração acelerou, pois notava-se o peito a subir e a descer descompassadamente. Ele lançou-lhe um olhar tão forte e incisivo como o teria feito com certeza muitas vezes aos seus inimigos. Naquele olhar, podia-se ver o quanto ele a odiava.

Queria tanto saber que segredo eles partilhavam que me esforcei para a tratar pelo seu nome:

- Malévola, sou todo ouvidos.

- Rainha Malévola – corrigiu-me ela.

Oh, por favor! Revirei os olhos, instintivamente. Chama-la pelo nome próprio era um privilégio! Infelizmente, tinha que dar o braço a torcer. Endireitei as costas e corrigi-me calmamente:

- Rainha Malévola, sou todo ouvidos.

Interiormente, chamava-a de bruxa repetidamente.

Ela deu uns passos para a esquerda, abandonando o rei Dinis, para ficar cara a cara comigo. O exuberante vestido ondulou e a cauda moveu-se ligeiramente. Com um sorriso digno da bruxa que era, declarou:

- Príncipe Filipe, como eu já referi, vim esclarecer o passado.

Assenti com a cabeça.

- Tudo o que contei sobre a maldição é verdade, apenas não revelei nomes...

- Dulce, Lucy, Fabiola.... Façam alguma coisa! – interrompeu o pai de Aurora, desnorteado.

As fadas entreolharam-se, sem saber o que fazer. Era uma posição complicada a delas. Coitadas! Elas sabiam toda a verdade, sempre souberam, e qualquer afronta à Bruxa podia desencadear uma guerra e não era isso que pretendíamos. Uma guerra trazia sempre consigo muito sofrimento.

- Ah! Ah! Ah! – riu a Bruxa, perdida de felicidade. – O Príncipe Filipe sabe de tudo. O que tem a dizer-me sobre isto, rei Dinis? – mirou-o bem no fundo dos seus olhos, como se pudesse ver mais além.

- És uma traidora! – acusou ele, tirando a espada da bainha. – E sabes o que é que merecem os traidores? A morte!

- Não! – gritei eu, imaginado o pior dos cenários. – Rei Dinis, tem a noção que pode estar a começar uma guerra?

- Eu sou um rei e como tal, sempre fui ponderado nas decisões que tomo!

- E ela, agora, é uma rainha – contrapus eu para o chamar à razão.

- Devia dar ouvidos ao Príncipe. Eu também tenho um exército – declarou a Bruxa, com orgulho.

- E nós juntos temos dois exércitos! Podes contar comigo, Dinis! – entreviu o meu pai. – Eu é que te vou mandar para a forca sua bruxa. Vou fazer aquilo que em Olisipo não tiveram coragem de fazer. Violeta...

O AMOR NÃO DORMEOnde histórias criam vida. Descubra agora