5ª parte - Capítulo VI

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Olá, olá! 😉

Contem-me o que vai no vosso coração. Gostava que me contassem qual é a vossa opinião sobre esta nova versão que criei, se vos entusiasma a ler, se não.. O que mais gostam, ou o personagem que gostam e o que detestam... Seja positivo ou negativo, gostava de saber a vossa opinião. Isso ajuda os autores a melhorar as suas histórias. 😀 É muito importante para mim.

Boa leitura!
Dedicado: LolaNigth e
BihMenezes

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- Sim, é - confirmou Violeta. - Foi isso que a levou a deixou de ser uma fada.

Engoli em seco. A minha madrinha sabia!

Dulce retomou a conversa:

- A Malévola queria que a maldição durasse 80 anos e trouxesse assim o sofrimento de dois reinos. Mas com o feitiço que acrescentamos corria risco de falhar. Não sabemos como, mas ela descobriu que a Rosa era a Aurora e que o nosso presságio de que se apaixonassem concretizou-se.

- Foi aquele maldito pássaro - disse, entre dentes.

- Do que é que está a falar, Príncipe?

- O corvo da Bruxa, aquela mascote que ela trás no ombro, é que descobriu que era por mim que a Rosa, a Aurora se tinha apaixonado. Ela contou-me que o corvo é os olhos e os ouvidos dela.

- Ah! - soltaram as fadas de Olisipo, surpreendidas.

- Nós nunca vimos corvos a rondar a casa - pensou Lucy, em voz alta.

- Acredito que sim, Lucy. Tanto que a Aurora chamou-me atenção para um pássaro que nunca tinha visto e era um corvo. A mascote da Bruxa vigiava-me.

- Será que ela tornou o corvo num animal falante? - questionou Fabiola.

- Nunca o ouvi soltar uma palavra. E naquela altura, ouvia bem - respondi.

- Esse feitiço é demasiado fácil e é arriscado - comentou Dulce.

- Arriscado? - perguntei, intrigado.

- Sim, porque se fosse capturado poderia contar tudo o que sabia.

- Ora, aí está uma ideia que me agrada muito: capturar aquele maldito corvo.

- Mas que feitiço é que ela lançou ao corvo para ser os olhos e os ouvidos dela? - interrogava-se ainda Lucy, pensativa. - Talvez o Príncipe tenha razão e deveríamos tentar capturar o corvo para tentar perceber se ele fala ou não.

- Não é exactamente essa a minha ideia! - Elas olhavam na expectativa que as esclarecesse. - Mata-lo, despena-lo e manda-lo à Bruxa como prenda!

- Filipe - recriminou-me Violeta, como ainda tivesse que me educar.

- Ainda é pouco para aquilo que ela me fez! Aquele pássaro é maligno e só Deus é que sabe quantas mais pessoas é que ele já prejudicou. E se Bruxa dá tanto valor aquele corvo, sentiria só um pouco na pele aquilo que eu senti ao perder tudo.

- Tem razão para estar magoado, revoltado, Príncipe Filipe! Não sabemos até que ponto ele é culpado e que magia rodeia aquele corvo. E não deve deixar-se levar pela vingança, deve ponderar com calma, porque aquele corvo pode ser-nos mais último vivo - atalhou Dulce, com calma.

Ela tinha razão. Mas a minha cabeça e o meu coração estavam de mútuo acordo! Um dia, talvez fosse à caça... Será que ainda tenho força para segurar uma arma? Para afastar aquelas ideias da minha cabeça, retomei a conversa da maldição.

- E quando é que a maldição atingiu os dois reinos?

- Sem si, sem o seu beijo, nunca iriámos conseguir quebrar a maldição. A profecia da maldição aconteceu, pois ela picou-se numa roca de fiar no castelo de Olisipo - respondeu Fabiola, com um ar tristonho.

- Como é que isso foi possível, se as rocas de fiar foram todas destruídas? - perguntei, mais uma vez confuso.

- Não sabemos responder a isso, Príncipe! A profecia de uma maldição é muito poderosa. A verdade é que uma roca apareceu no castelo - explicou Lucy.

O mais provável era a Bruxa ser responsável pelo aparecimento dessa roca. Não havia de haver bruxa no mundo mais maligna que ela!

- Os pais de Aurora ficaram inconsoláveis - recordou Dulce, com o semblante pesado. - E o povo também chorava a perda da sua princesa. Saberíamos que os seus pais, os reis de Aragão, ficariam no mesmo estado quando descobrissem que o Príncipe Filipe tinha sido aprisionado por 80 anos para não quebrar a maldição. Então, decidimos que iriámos colocar os dois reinos a dormir com a princesa Aurora para que não sofressem.

- Foi aqui que eu entrei - revelou Violeta. - Depois de as fadas de Olisipo me contarem o que se estava a passar, concordei em colocar Aragão adormecido. Os teus pais não iam aguentar tamanho desgosto e temia que entrassem em guerra com a Malévola. Se fosse uma boa fada ter-te-ia salvo e, imediatamente, acordaria o povo e os reis de Aragão.

- Não digas isso, madrinha! Tu és uma boa fada! Eu sei que a Bruxa é muito poderosa.

Calei-me um pouco, para raciocinar. A Bruxa tinha-me omitido nalguns aspectos sobre a maldição! Começava achar que Bruxa era um nome simpático para ela, devia-lhe chamar monstro. Amaldiçoou um bebé num sono que aparentava a morte por 80 anos. Que horror! Ela lançou este feitiço para que eu perdesse o meu verdadeiro amor e sofresse para o resto da minha vida. O meu sofrimento serviria para lembrar ao meu pai, o que um dia ele lhe fez. Com boas intenções, as fadas tentaram adicionar um feitiço que pudesse quebrar a maldição, que seria o meu beijo. Mas, a Bruxa ao descobrir que o feitiço corria riscos de ser quebrado, no dia em que Aurora picou o dedo, capturou-me. Houve uma reviravolta nos planos da Bruxa e que no meu ver até tornou a maldição mais maléfica: eu perderia a Aurora, os meus pais, a liberdade e a minha juventude. No decorrer destes longos anos, a princesa de Olisipo tornou-se numa lenda e vários príncipes arriscaram a sua vida para a conhecer e salvar. Só que a Bruxa sabia que nenhum príncipe seria capaz de desperta-la, porque o seu coração pertencia-me. Agora tudo fazia sentido!

Senti uma mão pousar na minha.

- Eu vou cuidar sempre cuidar de ti!

Desenhei um sorriso de agradecimento e de carinho para a minha madrinha. Eu tinha a certeza que ela estaria comigo até ao fim dos meus dias.

- O que é que pensas fazer agora, Filipe?

- Recuperar a minha juventude...

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O que é que acham que vai acontecer? Gostaram do capítulo?

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