3ª parte do Capítulo XVII

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No meu quarto, encontrava-me em frente ao espelho a vestir um dos meus ricos gibões para me preparar para o jantar e pensava na Rosa. Nunca tinha faltado a um encontro. O que seria que ela estava a pensar de mim? Como é que ela se sentiria? Zangada, triste ou desiludida? Soltei um longo suspiro de preocupação.

Ouvi três batidas na porta e vi a minha madrinha espreitar com um ar risonho e comprometido.

- Entra, madrinha. Estava à tua espera!

Ela entrou, em estado adulto, com o corvo empoleirado no seu braço e com certeza que devia estar enfeitiçado para que não pudesse fugir. Enganei-o e deixei-o passar umas horas na cozinha para que sofresse ao saber que a qualquer momento uma faca se podia erguer sobre a sua cabeça ou que alguém o iria pegar pelas patas para o deitar para dentro de uma panela de água a ferver. Mirei-o de soslaio, enquanto acabava de me vestir. Os olhos escuros como a noite observavam-me discretamente e quem sabe amaldiçoavam-me!

- Como é que está o nosso hóspede? – perguntei eu, com um sorriso fingido de simpatia.

- Eu curei-lhe a asa – respondeu a minha madrinha, com um tom de voz comprometedor de quem não sabe se fez bem.

Era-me completamente diferente se ele tinha ou não asa curada, porque não me importava minimamente com o seu bem estar. Mas a minha madrinha, uma fada do bem, seria incapaz de o ver sofrer sem o ajudar e não a censurava por isso.

- Fizeste bem! Eu gosto que os meus hóspedes sejam bem tratados – menti eu, enquanto coloco a corrente de estado e a componho.

Desviei o olhar do espelho para a minha madrinha e ela deu-me um olhar e um sorriso conspirador. Eu aceno afirmativamente com a cabeça em concordância. Hoje, iria descobrir qual era o segredo que a Bruxa e o seu lacaio de penas escondiam! Quando a minha madrinha caminhou em direcção ao espelho, o corvo começou a ficar agitado e levantou a asa para esconder o rosto – como se fosse possível esconder -se? Permaneci a olhar para o espelho com a cabeça erguida, dou um último retoque na corrente de estado e então, fui surpreendido. Abafei uma exclamação de espanto. Mas o que é que aquilo significava? Eu esperava tudo menos aquilo! No espelho, procurei o olhar da minha madrinha que se encontrava boquiaberta e levou uma mão à boca para esconder o seu espanto. Meu Deus, que magia era aquela? Voltei-me para trás para encarar a minha madrinha e disse, engasgado ainda pelo choque:

- Ele... é... uma fada?!

Continua em breve espero!

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Continua em breve espero!

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Ficaram surpreendidos com a revelação do corvo como a Violeta e o Príncipe?

Alguma vez pensaram que ele podia ser uma fada? Contem-me tudo!


beijinhos e vou ficar a roer as unhas por não puder os vossos comentários hoje ou amanhã...

O AMOR NÃO DORMEOnde histórias criam vida. Descubra agora