3ª parte - Capítulo XV

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Olá, olá! 😉😉

Eu sei, estou com um capítulo em atraso! Infelizmente, não consegui publicar mais cedo. Mas, espero que este capítulo compense a espera!

DESCUBRAM AS DIFERENÇAS E AS SEMELHANÇAS!

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O nevoeiro estava voltando e sabia que em breve voltaria a viajar no tempo. Vi a Bruxa abandonar o salão perdida de riso e felicidade acompanhada da sua mascote. Ninguém se atrevia a enfrenta-la, o povo encolhia-se de medo e davam-lhe passagem. Foi a minha última visão, porque como estava à espera voltei ao remoinho e subi, subi... Fechei os olhos e só os voltei a abrir quando voltei a sentir os pés firmes no chão. Dei alguns passos para me livrar do nevoeiro e fiquei maravilhado com o jardim do castelo de Olisipo, porque parecia estar coberto de neve, uma neve que não era gelada e perfumava o ar com um doce perfume que anunciava a Primavera. Tudo se devia às imensas amendoeiras que ao florescer assemelhavam-se a um manto de neve que cobria o horizonte.

Aparentemente estava sozinho

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Aparentemente estava sozinho. Caminhei, porque sabia que algo iria se revelar ou acontecer. Não tardou muito e uma jovem de cabelos louros, com o rosto banhado em lágrimas e com um requintando vestido recolhido nas suas mãos passou por mim a correr.

- Aurora! – exclamei. – Espera!

Maldição! Ela não me conseguia ouvir e as minhas pernas não passavam de uns empecilhos. Só me restava observar. Reflecti sobre aquele passado. Se a Aurora estava no castelo e vestida como princesa, então estava no dia em que ela completou dezasseis anos, regressou ao seu lar e caiu no sono profundo. E foi então, a uma distância curta de mim, ela chocou com alguém que passeava calmamente no jardim. Era impossível reconhecer a sua identidade, porque cobria-se com uma negra capa e um capucho. Acelerei o meu passo, o quanto me foi possível, porque queria seguir tudo de perto.

- Desculpe, não a vi... Peço imensa desculpa! – pediu Aurora, preocupada. - Sou uma desastrada. Magoou-se?

- Eu estou bem, não te preocupes. A menina é que parece que não está bem.

A Aurora limpou, de imediato, as lágrimas com as costas das mãos e quis dizer algo, mas apenas gaguejou.

- Porquê é que uma menina tão bonita está tão triste? – perguntou a desconhecida, com um tom meigo; ao mesmo tempo retirou o capucho e revelou a sua identidade. Malévola!

- É uma longa história, senhora...

- Malévola. Mas eu tenho tempo para a ouvir, menina, e adorava puder ajudá-la – disse a Bruxa, com um sorriso maternal e ofereceu-lhe um lenço.

Apetecia-me gritar: "Não confies nela! Ela é uma bruxa maléfica!". Mas de nada adiantava.

- O tempo esfriou e vai ficar gelada, minha querida – a Bruxa passou o braço por cima dos ombros da minha amada e agasalhou-a com a sua longa capa preta debruada a veludo.

O AMOR NÃO DORMEOnde histórias criam vida. Descubra agora