Lauren e Demi, filha e mãe, nunca tiveram uma boa relação. E tudo só piora quando Lauren descobre que Demi está tendo um caso extraconjugal.
Sentindo se muito justiceira decide vingar se em nome de seu pai. Inicia uma trama de vingança em que a jo...
Neste capítulo e nos próximos três lhes darei alguns dos pontos de vista de Henry para cada acontecimento que marca a história dele e de Lauren. Haverá revelações e explicações para algumas das reações de Henry.
Boa leitura!
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Por Henry
De volta a Los Angeles.
Limpei meus óculos com o pensamento distante. Acordei cedo para uma corrida e assim que cheguei tomei um banho. Em seguida tomei um café na cozinha mesmo, observando a mata a minha frente. As extensas vidraçarias das janelas davam-me uma visão privilegiada da plantação de sequoias ao redor da casa. Escolhi uma afastada da agitação da capital onde pudesse encontrar paz. No entanto, mesmo longe dos problemas não conseguia tirá-los da cabeça. Paz era tudo que eu não estava encontrando.
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Os motivos eram diversos e mais atordoantes. Havia a audiência do bendito processo que me enfiaram, cuja data aproximava-se, os projetos da universidade ainda em desenvolvimento, as atitudes de Demi, as loucuras de minha irmã e havia Lauren. Principalmente havia Lauren. O que era aquela mulher!? O que havia feito a mim? Que tipo de pessoa se prestaria a aquele papelão...apenas para me seduzir? Obviamente que não. Obviamente receberá tanto dinheiro para me incriminar que não poupou esforços.
Entre uma xícara e outra de café lembrava-me da situação que me levou a ser indiciado por abuso. O mesmo tipo de mulher oferecida.
Na época trabalhava em Chicago, numa escola de ensino básico lecionando História Grega. A estudante com seus 15 anos de vida e loucura, tentou de todas as maneiras me conquistar. Eu a tratava bem e isso confundiu seus sentimentos. Não a culpo de tudo. Não que eu tenha culpa, mas eu deveria ter dado um basta desde sua primeira investida.
Quando viu que não conseguiria me ter, armou para mim. Aquela bebida que me oferecera na cantina deixou-me a mercê de suas trapaças. Sabia que não me teria por bem, então acusou-me de força-la a deitar-se comigo. Uma trama planejada.
O meu maior erro foi não ter contado a seu pai, o promotor da vara da infância, a maneira como sua preciosa filha se portava nas minhas aulas. Era mais que óbvio. O delegado da delegacia do adolescente não deixaria por menos. Fez da minha vida um inferno. Tanto que foi necessário mudar para NY. O que livrou-me de não estar preso ainda, e poder responder em liberdade gozando de uma vida "normal", foi o exame de corpo e delito que não acusou presença de esperma. Seu pai, com sua moral e orgulho não deixaria de mover terra e céus para prender-me. Certamente Lauren estava a ordem dele. Armando para incriminar-me mais uma vez pelo mesmo motivo. Não entendo como pode ser tão baixos. Por sorte seus planos foram destruídos. O processo seria julgado em fevereiro do próximo ano e tinha esperanças de ser absolvido. Não estava sendo fácil ser julgado por um crime que não havia cometido.
