14.

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Por Lauren

Com poucas batidas de leve em sua porta, fui recebida por um homem extremamente irresistível. Vestia uma camisa levemente desabotoada deixando seu peito a mostra, o cabelo despenteado, um copo de whisky nas mãos e um olhar que desmontou me no momento que o vi. Não era exatamente o que eu esperava, mas com todo certeza estava mais lindo que qualquer outro dia.

-O que quer? -Perguntou arqueando a sobrancelha.

- Eu...-Gaguejei.-Eu vim saber porque foi embora.

Ele arregalou os olhos surpreso com minha pergunta. Devia ter achado petulante demais, mas eu pouco me importava.

-É porque combinamos que voltaríamos todos juntos e bom....

-Lauren! –Interrompeu-me.- Se achas que é tão adulta para beber como estas a beber acho que pode muito bem caminhar por suas pernas. Não são crianças que precisam do professor junto!

- Não estava referindo a mim..., mas o pessoal lá estava a te esperar...

-Provavelmente não. Quando saí deixei todos avisados ...aliás. -Disse estendendo o rosto para o corredor.- Creio que também voltou antes de todos e isso sim não está certo. Olhe seu estado!

O encarei e soltei um sorriso frouxo indignada com minha própria burrice. Que belo papelão eu estava a fazer cobrando-o. Parecia uma adolescente enciumada. E isso era tudo que eu não deveria parecer.

-Vou ter que mostrar o caminho do seu quarto? –Questionou-me fuzilando e desconcertado-me seria a palavra certa.

- Não...! -Respondi encarando-o sem saber o que mais dizer. Ainda antes de sair, ouvi um barulho de chuveiro sendo ligado vindo de dentro de seu quarto.

O fitei enciumada e ao perceber que eu ouvira o barulho, Henry tentou encostar um pouco mais a porta e finalizar a despedida.

-Boa noite - disse ele.

-Poderia ter dito que estava ocupado! -Disparei firme dando-lhe as costas. -Não teria te atrapalhado!

-Lauren! -Disse saindo no corredor.

-Vai se ferrar! -Disparei mostrando-lhe o dedo do meio sem virar-me para ele.

***

Adentrei meu quarto sentindo o gosto amargo do ciúme inebriar-me. Maldito miserável ordinário. Estava com uma mulher. E sinceramente já nem sabia mais quem era. Poderia ser tantas...desde a professora de Ciências humanas a minha mãe. E de qualquer forma não importava qual era. Sabia que aquilo estava a enlouquecer-me.

Henry estava ali a três quartos do meu com outra. Beijando lhe e dando lhe prazer. Ah sim...eu estava a enlouquecer de ciúmes e raiva. Caminhei pelo quarto sem saber como concluir aquela noite muito menos como conseguir dobrar aquele homem. Havia tentado todas as maneiras possíveis. Usado todas as minhas opções. Já não sabia como fazê-lo fraquejar e a cada momento ficava mais óbvio que aquele homem não tinha fraquezas.

***

Passava das três da manhã e eu ainda não conseguirá pregar os olhos. Levantei me decidida a desmascará-los de vez. Não me importava mais os planos que tinha, muito menos se iria deixar minha mãe em uma situação constrangedora. Vesti rapidamente uma calça de moletom, uma camisa e um par de chinelos e saí. Extremamente louca.

Dei duas batidas na porta e não obtive resposta. Dessa vez não sabia se Henry estava no quarto, pois não havia luz por baixo da porta. Ansiosa bati mais algumas vezes dessa vez com mais força. Nada. Bati até notar o trinco da porta sendo aberta.

Uma mulher loira totalmente descabelada abriu a porta semicerrando os olhos devido a luz clara do corredor.

-Quem é você? -Perguntei ao ver que de fato não estava com minha mãe, muito menos professora de Ciências humanas.

Perigosa Atração (2°Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora