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POV BEATRIZ

Esse mês passou bem rápido. Daqui à dois dias eu e Nathan fazemos um mês de namoro. Ainda é pouco, mas é importante para mim, sabe? Ele é importante para mim. As coisas entre nós aconteceram de uma forma rápida e doida, quando dei por mim, já éramos um casal e o melhor de tudo: eu amo tudo isso, eu amo Nathan.

Esse mês foi bem corrido para os meninos, três cidades por semana, as vezes até dois shows no mesmo dia. E foram praticamente quatro semanas sem ver o meu moreno, é um sacrifício. Quando estou longe de Nathan, minha garganta fecha, eu mal consigo respirar e as vezes parece que meus olhos querem se fechar para nunca mais abrir. É uma tortura. Mas eu suporto pois sei que é o sonho dele e que ele precisa fazer isso.

Nathy já está completamente adaptada à casa nova. E nós ainda mais à ela. Agora temos alguém para arrumar a casa sem cobrar nada. Brincadeira, ela presta para muito mais coisas.

Quanto à Lari e o Baby Gama, nome que nós demos por ainda não sabermos o sexo do bebê, eles estão acabando com a comida da casa. Geralmente, eu faço isso sozinha. Mas agora, com mais duas pessoas querendo comer tudo o que vê, eu estou tendo que comer todas as tardes no Subway. E na maioria das vezes eu não pago nada, pôs Edu não deixa.

Edu é o gerente, nós somos amigos. Já até saímos algumas vezes, mas, não passamos de bons amigos.

Já o pequeno pestinha, John, está viajando com o pai. Agora imagine só: sem meu amor, sem meu pestinha, sem o chato do Caíque, o fofo do Paulo, a atenção de Nathy pois agora ela se dedica vinte e quatro horas por dia aos estudos e tendo que ver Lari e o Baby Gama comerem toda a minha comida. Como eu estou sobrevivendo à isso?

Girei a chave na porta do apartamento e segui em direção ao elevador. Eram 16:24, faltavam seis minutos para a hora de descanso de Edu e eu poderia comer de graça e ainda bater um bom papo com o meu amigo. Assim que a porta do elevador se abriu, não hesitei em correr até a rua. Não olhei para os lados, apenas sai correndo. Eu precisava chegar à tempo.

Senti uma pancada na lateral do meu corpo e automaticamente meu corpo foi ao chão. Olhei para o céu azul e sem uma nuvem se quer.

De novo não.

Me apoiei sobre os cotovelos e comecei a me levantar, quando a figura do meu moreno surgiu à minha frente. E dessa vez, não hesitei em pular em seus braços, o que foi retribuído ainda mais forte.

- Você está bem? Se machucou? - ele perguntou me soltando e me olhando de cima à baixo.

- Você voltou! - ignorei suas perguntas e o abracei novamente.

- Claro que voltei! - ele riu fraco e deu um beijo no topo de minha cabeça. - Vem.

Ele me puxou para a calçada e eu olhei para o carro onde Paulo acenava e fiz o mesmo. Olhei para o prédio e Caíque corria para dentro com uma mochila nas costas e uma sacola de presente em cada mão. Nathan me puxou pela cintura e me beijou, como ele sempre me beijava. Com amor, carinho, paciência e desejo.

Levei minhas mãos até sua nuca e aprofundei o beijo. Nossas línguas pareciam ter ensaiado, dançavam em sintonia, ritmicamente, me deixando mais apaixonada à cada segundo por aquele homem. O meu homem. A clássica apertada em minha cintura antes de espalhar beijos por todo o meu rosto e pescoço e me dar um selinho antes de sorrir. Como eu senti falta de todos esses pequenos detalhes. Dos detalhes dele. O cheiro de seu perfume havia mudado de forte e doce para forte e amadeirado. O que só me deixava ainda mais instigada.

- Senti saudades. - ele disse enquanto sorria para mim.

- Eu também senti e muitas! - lhe roubei um selinho.

- Porque estava correndo? - ele perguntou me soltando.

- Ah eu estava vindo para a lanchonete. - apontei para a porta logo atrás dele.

- Não podia ir andando normal? - ele franziu o cenho.

- Eu precisava chegar rápido. - sorri.

- Porque? - semicerrou os olhos.

- Bea? - ouvi Edu me chamar e Nathan se virou para ele.

Seus Detalhes (2) CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora