1.3| Laríque, parte 2

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POV CAÍQUE

- Porquê não?! - perguntei mais uma vez.

- Porque não ué! - ela já estava irritada.

- "Porque não" não é resposta. - cruzei os braços.

- Na verdade, eu disse "porque não ué" ! - sorriu vitoriosa, tadinha.

- Tanto faz. Agora me diz porque eu não posso jogar depois de comprar, porque eu sempre joguei assim com os meninos e eu sempre ganhe...

- ...sempre roubou. - interrompeu. - Não é assim que se joga, Caíque, deve estar no manual!

- Mas porque não? - arqueei as sobrancelhas.

- Aff Caíque que saco, eu hein. - jogou as cartas na mesa e se levantou. - Ladrão.

- Você que não aceita que eu sou melhor que você. - me levantei e a encarei.

- Querido, ninguém é melhor que ninguém. Para de ser ridículo e arruma essa merda, não quero mais jogar, você só sabe roubar! - cruzou os braços.

- Sei fazer outra coisa também. - sorri malicioso e ela estendeu o dedo médio. - Grossa.

- Idiota. - seguiu até o sofá e sentou no mesmo.

Mesmo quando brigamos, o que acaba acontecendo segundo sim e segundo também, eu ainda amo ficar perto dessa marrenta. Ao mesmo tempo que ela se irrita, eu me encanto com seu cenho franzido e seu bico fofo. Ela não sabe o quanto fica linda quando está com raiva de mim, e não sabe o quanto eu amo provocar apenas para poder observá-la. É incrível o que eu sinto por essa mulher. É incrível como ela está sendo capaz de superar tudo o que passamos, ela é incrível. Ajeitei a mesa que antes estava com várias cartas espalhadas, e fui me sentar ao lado dela que assistia atentamente a televisão. Passei o braço por seus ombros e ela continuava com aquela expressão de raiva.

Eu vou perturbar ela.

- Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. Amor. - chamei.

- QUE QUE FOI DIABIS? - ela gritou.

- "Diabis"? O que é isso? - perguntei rindo e ela me deu um tapa no braço. - Ai!

- Obrigada por calar a merda da boca. - sorriu sarcástica.

- É, chama de merda mas adora ter ela na sua. - a puxei para mais perto e ela se virou para mim.

- Argh como eu te odeio... - me puxou pela camisa e atacou meus lábios.

POV LARISSA

Eu adoraria ser imune ao encantos de Caíque. Cada vez que ele me olha, me beija, me toca ou apenas respira ao meu lado eu sinto uma vontade enorme de tê-lo. Se tem uma coisa que Caíque ama fazer, é provocar. Se der uma brecha, ele te deixa louca em só encostando em você. E é claro, eu não resisto à aquele homem. Mas naquele dia eu estava resistindo, o que é incrível. Ele me arrastou para o quarto e tentou de tudo para me convencer, mas eu resisti.

Eu vou escrever um manual de como resistir à Caíque Patti Da Gama.

- A água tá uma delícia. - ele disse saindo do banheiro.

- Uhum. - concordei ainda deitada na cama, eu podia dizer pois fui tomar banho antes dele que ficou enrolando.

- E você também. - pulou em cima de mim e chupou meu pescoço.

- Caíque... Para. - pedi quando ele sugou o lóbulo de minha orelha.

- Não sei do que você tá falando. - sua mão entrou embaixo de minha blusa. - Você tá quente.

- Eu não vou repetir. - ele se encaixou entre minhas pernas e me olhou. - Sai! - dei um tapa em seu ombro.

- Eu não estou fazendo nada. - riu malicioso e começou a abri os botões de minha blusa de baixo para cima. - Ainda.

- Caíque, isso é estrupo. - mordi o lábio inferior e apertei seu ombro.

- Achei que estrupo fosse a força. - tirou minha blusa. - Mas você não está nem tentando resistir.

- Estou sim, internamente. - arqueei uma sobrancelha.

- Aham. - voltou a trabalhar em meu pescoço. - Vou te mostrar o internamente já já. - apertou minha coxa.

- Caíque os meninos podem chegar a qualquer momento. - arranhei sua nuca.

- Até parece que eles não sabem que nós transamos. - riu fraco e me deu um selinho. - Relaxa.

Digamos que eu já não posso mais escrever aquele manual.

Seus Detalhes (2) CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora