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POV BEATRIZ

Me ajeitei no sofá, ficando de costas para Nathan e sentindo sua mão subir por meu quadril. Coloquei a mão sobre a sua e voltei a me concentrar na televisão. Ele afastou o cabelo que cobria o meu pescoço e esfregou a ponta do nariz pelo local, sorri com aquele ato. O mesmo começou a espalhar beijos pelo local e entrelaçou nossos dedos. Suspirei e me virei para ele novamente, logo Nathan atacou meus lábios em um beijo feroz e sua mão escorregou pela lateral de meu corpo até minha coxa a apertando levemente. Meu corpo inteiro se arrepiou e eu levei minha mão até sua nuca aprofundando o beijo. Em uma rápida velocidade, Nathan me agarrou pelas pernas e deitou seu corpo no sofá fazendo com que eu ficasse em cima dele. Com as pernas abertas, uma de cada lado de seu quadril, o beijando loucamente.

Suas mãos foram para o meu short, logo ela adentrou e o meu coração disparou. Sua mão deslizou facilmente para dentro de minha calcinha e logo ele começou a massagear meu clitóris. Gemi baixo entre os beijos e ele sorriu, mordi seu lábio inferior.

- Agora está na hora, meu bem? - ele perguntou em um sussurro ainda me massageando.

- Na... Nathan... Pa... - ele me interrompeu com um beijo.

- Hum? Diz pra mim que você não me quer. - seus dedos contornaram a minha entrada e eu mordi o lábio para conter o gemido.

- Quarto. - disse ofegante e ele sorriu.

- Mas é claro. - ele riu e tirou a mão de mim.

Suspirei aliviada por isso. Estava me preparando para sentir o prazer absurdo que sabia que Nathan iria me dar, eu sentia isso, era fácil saber, era só olhar naquela imensidão castanha. Me levantei do sofá e ele pegou em minha mão, me puxou pela cintura e me beijou descendo a mão até minha bunda. Nos separamos rapidamente ao ouvir o barulho da porta se abrindo.

Caique entrou se logo foi seguido por Lari, ele fechou a porta e ela se virou para mim. Estava estranha, sem nenhuma expressão, apenas estava lá, nos olhando.

- Que caras são essas? - Nathan perguntou me abraçando por trás.

- É que... - Caíque começou a dizer e Lari saiu correndo em direção ao quarto. - Lari!

- Caíque... O que...? - meu coração disparou.

- O bebê ele...- Caíque suspirou e passou as mãos pelo rosto. - Está morto.

- Morto? - Nathan perguntou incrédulo.

Fechei os olhos tentando impedir as lágrimas de caírem. Mas parecia ser impossível. A tristeza em um momento como aquele é inevitável, é dolorosa, lenta, precisa. Toma conta do seu corpo, da sua mente, da sua alma e de você. Suportar a dor de perder alguém é tão difícil quanto quebrar uma pedra, você sabe que uma hora irá conseguir, mas espera que seja o mais rápido possível. Para que logo tudo volte ao normal. Mas eu sabia que de uma forma ou outra, nada voltaria ao normal. Nunca mais seria como antes.

Era apenas um bebezinho, eu não o segurei, não vi seu rosto. Mas, já o amava. Como uma mãe. Tudo o que é importante para Lari ou Nathy, também é para mim. São coisas que preciso preservar, amar e cuidar. Era o primeiro filho dela, e mesmo que fosse recente, eu sabia o quanto era importante para ela.

Me soltei de Nathan e corri atrás dela, a porta do quarto estava trancada, então bati diversas vezes e nada.

- Lari, é a Bea. Abre, por favor. Quero ficar com você. - pedi já chorando.

- Não, me deixa. - sua voz era de choro. - Eu quero ficar sozinha, vai que eu te mato também.

- Para com isso, eu vou ficar aqui até você abrir. - limpei as lágrimas.

- Pois fique, quero ficar sozinha. - ela disse.

Nathan entrou no corredor e me abraçou, ele afagava meus cabelos e tentava me acalmar, mas tudo o que eu fazia era chorar.

- Deixa ela um pouco sozinha, amor. Vai ser melhor pra ela. - ele deu um beijo no topo de minha testa.

- Mas Nathan... Ela tá sofrendo. - passei a mão pelo rosto.

- Eu sei, mas ela precisa ficar um pouco sozinha. Ou ficar só com o Caíque... Eles precisam de um tempo. Depois você conversar com ela, pode ser? - assentei.

Ele me puxou de volta para a sala e Caíque foi até ao quarto. Me sentei no sofá e abracei Nathan.

Seus Detalhes (2) CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora