1.6

148 19 12
                                    


POV NATHAN

O dia estava sendo incrível. Só eu e a Yasmim tentando fazer algumas receitas da avó dela na cozinha do ap. Ultimamente ela tem se tornado mais que uma amiga pra mim. Nossa afinidade é tanta que as vezes acho que em outra vida fomos irmãos. O estranho é que mesmo que nós tenhamos nos beijado diversas vezes e até... Ah vocês sabem! Mesmo assim eu não consigo sentir mais que um simples carinho por ela. Acho que não nascemos para ficarmos juntos ou então, não daria tão certo quanto parece. Eu só tenho medo de que isso seja medo de aceitar que realmente perdi Bea.

Logo após Yasmim seguir seu caminho de volta para casa, eu voltei para dentro do prédio. Beatriz não estava por ali então segui para o elevador olhando para o chão, mas assim que ergui meu olhar, lá estava ela. Minhas pernas chegaram a bambear ao ver aquele lindo rosto inteiramente vermelho, ela passava as mãos pelo mesmo, eu sabia que ela estava chorando. Eu queria, mas não tive coragem de ir lá e acolhe-la em meus braços, fazer de tudo para que ela não chorasse mais e dar minha vida se o motivo fosse eu. E o pior: eu sabia que era.

Quando aquela luz acabou, eu percebi que era a minha chance. Mesmo que eu mal pudesse enxerga-la naquele breu e que aquela pequena lanterna não me permitisse ver nem mesmo a metade de sua beleza, eu via em seus olhos o quão ela sentia falta de nós. E eu sabia que ela sabia que eu sabia que nós dois sabíamos o quão nós somos importantes para nós e que nós dois sentíamos falta de nós.

E acho que aquele beijo dividiu o tempo, antes do beijo e depois do beijo. Duas vidas diferentes, dois seres humanos diferentes. Depois do beijo, nós percebemos que não havia outra forma de viver à não ser juntos.

- M-me desculpa. Eu... - ela tentou acabar com aquele momento, mas eu não pude permitir, a beijei outra vez. - Nathan...

- Eu sei o meu nome, não precisa dizer. - sorri e continuei a beija-la. - Sinto tanto a sua falta.

- Eu também. - ela parou o beijo com selinhos e olhou em meus olhos. - Eu te amo muito, mesmo. Aquilo que aconteceu foi um erro, eu não deveria ter batido em você ou ter pirado daquela forma. Me perdoa.

- Está tudo bem, nem doeu tanto assim. - ri fraco e ela rolou os olhos. - Mas eu também não deveria ter dito aquelas coisas, eu disse sem pensar, estava com ciúmes. Eu também te amo muito, mesmo, mais do que qualquer outra coisa. Foi um erro nosso e vamos corrigir isso juntos, ok?

- Ok. - ela sorriu e a luz no elevador acendeu. - Acho que ele estava esperando a gente se resolver. - rimos.

- Concordo.

. . .

Subimos juntos, Bea estava agarrada à minha cintura com força, parecia que ela nunca iria me soltar. E eu também não queria que soltasse. Queria ficar agarrado à ela até o último momento de minha vida. Eu sou o cara mais idiota do mundo por ter deixado essa mulher escapar em algum momento da vida, deveria ter notado bem antes que ela é o único motivo para eu continuar vivo. Pode até parecer clichê, mas ela é a mulher da minha vida. Talvez, em outra encarnação, nós já nos amassemos. Porque um amor como esse não pode ter nascido de uma hora para outra. Eu amava ela em outra vida, amava mais em meus sonhos e amo ela ainda mais agora. Para mim, o sinônimo de amor é Beatriz.

Abri a porta do apartamento e quase cai para trás. Tinham dois seres humanos "acasalando" no sofá da sala. Um embrulho se formou em meu estômago.

Eu vi a bunda de Paulo Castagnoli.

- Porra Nathan! - ele murmurou.

- O que você tá fazendo aqui, Nathália? - Bea perguntou rindo.

- Na-nada, Beatriz! - disse se vestindo.

- Saiam daqui. - Paulo rolou os olhos.

- Limpem o sofá! - pedi guiando Bea até o quarto.

. . .

Estávamos discutindo à quase meia hora tentando decidir quem é a garota mais bonita daquela série de menininha que a Bea gosta. Deitados na cama agarradinhos, mesmo discutindo, eu nunca estive tão feliz.

- Pelo amor de Deus, é óbvio que a Aria é a mais bonita. - insistiu.

- Eu não acho. Eu prefiro a tal da Alana. - dei de ombros.

- É Hanna! - corrigiu.

- Mesma coisa. - rolei os olhos.

- Burro. - ela deu um tapa em meu braço.

- Linda. - beijei sua cabeça e ela me olhou sorrindo. - Sabia que cada vez que eu te olho você fica mais linda?

- Sabia. - passou a mão pelos cabelos de uma forma engraçada e nós rimos. - Te amo.

- Eu também te amo.

______________···_______________

Demorei?
Sim.

Tá pequeno?
Talvez.

Amo vocês?
Com certeza!

Beijos de queijo.

'-'    ^-^    +_+

Seus Detalhes (2) CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora