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POV NATHAN

Resolvemos ir para o apartamento de Bea. Na verdade ela decidiu, apenas apertou o botão e continuou com a cara fechada e os braços cruzados. Levei um tapa à cada vez que tentei pronunciar uma palavra. Ela andou em passos largos até a porta, a destrancou e abriu. Parou ao lado e ficou me encarando.

- Passa para dentro. Agora. - ela disse ríspida e eu obedeci.

Engoli em seco só de imaginar o que ela iria fazer, acabo de chegar e ja vamos brigar? Seria assim a nossa primeira briga de casal? Passei a mão pelo cabelo e quase pulei de susto ao ouvir o barulho da porta sendo fechada com brutalidade logo atrás de mim. Me virei para Bea que mantinha os olhos fechados assim como os punhos e o rosto vermelho. Incrível como ela só fica mais linda quando está irritada.

- Eu estou começando à pensar em pegar aquela cenoura. - disse ainda com os olhos fechados.

- Não, para com i...

- ...shiiiiii... - ela pôs o dedo indicador na boca.

Me calei, não estava afim de ter uma cenoura enfiada no rabo. Ela finalmente abriu os olhos e caminhou até a mim. Ela me beijou, calmamente, como se nada tivesse acontecido. Sua mão delizou por meu abdômen e logo estava entre minhas pernas. Sorri com aquilo.

- Sabe, meu amor - ela apertou meu membro levemente. - , eu odeio sentir ciúmes. - apertou com mais força. - Odeio ver essas raparigas dando em cima do meu homem. - apertou com mais força. - E odeio ainda mais que ele goste disso. - apertou com mais força, à essa altura eu já me segurava para não gritar. - Preste bem a atenção, eu não quero você perto daquela vagabunda. Não quero você pensando nela, não quero que você lembre que ela existe. Ela é uma vadia, e você não deve pensar em vadias. Você é meu, meu e meu. - apertou com mais força e meus olhos se reviraram de dor. - Caso contrário, você fica sem suas bolas. - ela mordeu o lóbulo de minha orelha. - Estamos entendidos?

- Sim senhora. - disse com dificuldade e ela me soltou. - Graças à Deus. - resmunguei e suspirei aliviado vendo ela se afastar.

- O que você disse, Nathan? - ela se virou para mim e arqueou uma sobrancelha.

- Nada. - sorri cínico.

- Hum. - ela se sentou no sofá e cruzou as pernas de um jeito sexy.

Eu não sabia até quando iria resistir à aquela mulher. Até a forma como seu peito sobe e desce enquanto ela respira é sensual, imagine o que eu sinto quando ela se mexe. Me recuperei e caminhei até ela, me sentando ao seu lado e passando o braço pelos seus ombros. Ela olhou para mim e mordeu o lábio inferior, ela estava me provocando. Sorri fraco e logo ela pulou para o meu colo, me beijando em seguida. Minhas mãos passeavam livremente por suas costas, enquanto as suas pousavam em parte do meu rosto e pescoço.

Bea aprofundou o beijo, eu já estava começando a ficar sem ar, quando enfim ela arqueou um pouco o corpo e eu desci os beijos pelo seu pescoço. O cheiro dela, aquele aroma feminino, me alucinava. Era só ela estar perto de mim e as sujeiras começavam à se formar em minha mente. Se ela soubesse o quanto eu a desejo, não me provocaria dessa forma. Ouvimos uma tosse forçada e Bea saiu do meu colo se sentando ao meu lado, Caíque começou a rir e eu me levantei. Lari correu e me abraçou.

- Cada dia mais gordo! - ela me apertou.

- Cada dia mais chata! - rimos.

- Bea - ela chamou a amiga enquanto me soltava. - , vou com o Caíque fazer a ultrassonografia.

- Aaaaaaaaaaaaaaaah, eu quero ir! - fez bico.

- Oush, fica aí com o seu namorado. - Caíque tacou uma almofada nela.

- É Beatriz, você não se importa comigo mesmo. - Lari deu de ombros.

- Não mesmo, quero ir pelo baby. - Bea riu.

- Nossa! - Lari pôs a mão no peito. - Que dor.

- Dor você vai sentir quando a tia Helena meter a mão na sua cara. - Bea continuou rindo.

- Tia Helena? - eu e Caíque perguntamos juntos.

- Shiiii... - Lari arregalou os olhos.

- Tia Helena, mãe da Lari. Tá vindo com a família toda para o aniversário do Fiu. - contou.

Caíque revirou os olhos e ajeitou a bolsa de Lari que ele carregava no ombro, suspirou e Lari olhou furiosa para Bea.

- Enfim... Estamos indo. Beijos. - Lari sorriu e puxou Caíque.

- Você só faz merda. - ri e me sentei.

Seus Detalhes (2) CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora