2.2 / parte 1

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POV BEATRIZ

— Tudo bem, já me acostumei. Ninguém me ama — faço meu drama sozinha dentro do carro da Nathy. — Eu fico velha e as pessoas vão sumindo. Tudo isso para não precisarem limpar minha bunda.

Fungo e como mais um pedaço da sétima barra de chocolate das vinte que eu havia comprado. As embaladas e as embalagens vazias estavam sobre o banco do passageiro, estava dando formiga, mas eu não estava nem aí. Ninguém me ama mesmo.

Tomara que seja daquelas vermelhas e que coma a bunda de quem sentar ali.

Vou cancelar tudo o que estava planejando para o aniversário de Larissa, ela não merece. Também não vou mais comprar aquela meia super barata para o Caíque no aniversário dele, nem aquela com listras vermelhas para o Paulo e nem ir viajar com Nathália no dela.

Mas no do Nathan, vou fazer algo bem especial. Algo que ele nunca ganhou: facadas. Vou esfaquear ele até a morte por ser um babaca e nem ligar para a própria namorada no dia do ANIVERSÁRIO DELA.

É, minha gente, eu nasci para sofrer.

Ouço meu celular tocando, atendo sem ver quem era.

— Pois não?

— Beatriz, coloca uma roupa descente e vem aqui na casa da tia do John. Agora — era a voz de Larissa.

— Ah, desculpe. Beatriz não pode atender no momento — digo bem séria.

— Porque?

— Porque ela está morta! — Taylor Swift que me perdoe, mas fiz cosplay da tristeza dela.

— Ana Beatriz, para de fogo nesse rabo. Eu vou contar até três pra você ir se arrumar e vir pra cá — iala.

— Eu não vou pra lugar nenhum. Você não me manda.

— Ah, tu não vai vir não? Então me aguarde, capeta.

Ela desligou.

— Hm, eu acho que realmente vou morrer.

Seus Detalhes (2) CANCELADAOnde histórias criam vida. Descubra agora