Somebody To You 2 || Bradley Simpson (Em Revisão)

Um dia quase Golden (Parte II)

*{Bradley}*

-O que você queria me falar?

Ela hesitou um pouco antes de falar.

-Eu ainda estou em Londres... Acho que precisamos conversar. – seu tom de voz era firme.

Coisa boa não era.

-Está ocupado? – ela perguntou.

-Não. – respondi rapidamente. – Posso te encontrar daqui a vinte minutos na lanchonete Gary's?

-Pode ser. – ela afirmou. – Até mais. – e desligou.

Voltei para a sala com um pressentimento estranho e questionando todas as merdas já feita por minha pessoa. O que exatamente ela queria me falar?

-E então, o que ela queria? – Tristan pergunta.

-Vamos nos encontrar daqui a pouco. – olhei para a cara de maliciosos deles.

-O que será que rola hoje? Beijos e pegação ou tapas e discussões? – Connor brincou.

-Não pense que só porque o seu romance com a Mirela foi assim, quer dizer que de todos sejam. – dei língua e ele deu o dedo do meio.

-Mas seja lá o que a Gabi queira, o final de tudo vai ser brigas e discussões. – James cruzou os braços.

-Parem de falar mal dela, por favor?! – Tristan brigou.

-Seja lá o que aconteça, eu vou. – falei por fim. – Vai último ensaio antes que eu saia!

Gravamos mais uma música e o diretor me deu permissão para sair. Ou ele dava ou eu mandava a Gabi fazer com que ele desse.

A noite não estava nem fria nem quente, um clima razoável por assim dizer. Eu não sabia o que esperar de hoje, mas sinceramente eu havia ficado por dez minutos no banheiro, arrumando meu cabelo. Arrumei a camiseta preta e dei uma olhadinha se a calça jeans e o sapato estavam de acordo. Eu sempre penso em meu estilo quando o assunto é ela. Ela é sempre tão bem arrumada, mesmo quando está de pijama e resmungando que não quer acordar.

E lá estava ela. Com uma simples blusa jeans e uma calça rasgada. Um all star branco e uma bolsa que combinava com ela. Seu cabelo preto em um coque despenteado e todo bagunçado e sua boca rosada com um sorriso branco. Ela estava encostada na parede ao lado da porta e se virou quando me viu. Ela estava realmente bonita para uma noite de segunda às 23h52min.

-Nossa você está...

-Atrasado? – a interrompi.

-Eu ia dizer diferente. – ela riu. – Você mudou seu cabelo? O que anda fazendo? James te levou para a academia? Ou você anda tomando bombas? É a puberdade né? Ela faz coisas incríveis!

Qualquer coisa ou pergunta que saia da boca dela era engraçado e fazia todos rirem.

-Mas e você... Cortou o cabelo e não está andando igual a um mendigo. – brinquei e ela me deu um tapa no braço.

-Ai. – resmungou. – Me lembra de nunca mais te bater.

Nós rimos iguais a loucos naquele instante, e foi uma coisa boa. Abri a porta para ela entrar e a segui até a mesa de sua escolha. Ela escolheu a mesa ao lado de uma enorme janela. Logo a atendente veio nos dar os cardápios e anotar nossos pedidos. Senti-me como em um primeiro encontro.

-Eu vou querer um Milk-Shake de morango, panquecas sem mel e um pedaço de bolo de chocolate. – ela pediu.

-Pra onde vai tudo isso? – perguntei rindo.

-Engraçadinho. – ela falou irônica. – O que você vai pedir?

-Só uma água. – ela abriu a boca em um 'o'. – Que foi?

-James está sendo uma má influencia para você. – ela apontou.

A garçonete que aparentava ter uns anos a mais que sessenta, saiu e o clima entre nós pesou. Ela olhava tudo a sua volta. As banquetas estofadas vermelhas, as pessoas comendo e o estilo anos oitenta do lugar.

-Então... – ela começou.

*{Gabriela}*

-Então... – eu falei quebrando o gelo.

Na verdade eu estava muito nervosa com o que eu iria falar com ele. Não era uma coisa simples e eu não saberia qual seria sua reação, pois ele ainda não sabe, e agora vai surtar. Eu tentava ao máximo não encarar seus olhos, mas eram como uma atração em física. Porra! Maldita física. Também não era fácil não olhar para ele. Como uma pessoa pode mudar tanto em apenas três semanas? Ele estava uma tentação. Um fruto proibido ali na minha frente e sorrindo para mim, esperando uma noticia boa. Mas não sei se para ele vai ser uma boa noticia, acho mais que seria uma bomba.

-Como vai à vida? – falei sem pensar.

Eu não queria despejar tudo de uma vez.

-Bem e a sua? – pensei que ele iria dar uma resposta mais longa e eu não estava esperando a pergunta.

-Minha vida? Está ótima! – sorri nervosa. – Como vai à banda? Os meninos?

-Estamos decolando e eles estão felizes com isso.

Esse Bradley tirou o dia pra responder pouco.

-Você deve estar se perguntando o porquê eu ter te chamado, não é? – ele assentiu. – Bom... Eu...

A senhora garçonete me interrompeu colocando meus pratos na mesa.

-Então... – ele pediu para eu prosseguir.

Eu respirei o tanto de ar que eu conseguia e falei.

-Eu te chamei aqui por um simples motivo, mas não tão simples assim, talvez você não goste muito da ideia. Mas enfim, eu recebi uma ligação e fiquei meio pasma com a voz do outro lado da linha, mas era sua noiva e ela me convidou para ser madrinha do seu casamento e eu disse sim. Eu disse sim porque ela começou a falar um monte de bosta sobre eu ser uma melhor amiga pra você e que ela gostaria de me ter como melhor amiga. Eu estava cansada e eu aceitei porque eu não queria mais ouvir a voz dela. – pausei. – Surpresa! – sorri.

Ele me olhava em choque, ainda processando a quantidade de informação.

-Não fique em choque, fale alguma coisa! – gritei. – Eu sabia que você não iria gostar da ideia... Bradley? Fala alguma coisa homem! Tira agora essa cara de merda e fala ai. Se você quiser eu cancelo tudo e não vou a lugar nenhum. Por claro, seria estranho ter sua ex-mulher no seu casamento, mas estamos todos na paz. Não é?

Pela cara dele, coisa boa não vinha.

Eu não pensei muito bem no que estava prestes a fazer. Culpa da adrenalina! Mas agora é serio, seja lá de quem for à culpa, eu estava preocupada com sua reação paralisada e decidi fazer aquilo, mas acho que acabei mesmo foi deixando-o mais bravo e cheio de Milk-shake de morango.

-Acorda seu pamonha! – gritei.

E percebi que todos, mas quando digo todos mesmo, todos nos olhavam como loucos. Até o cozinheiro saiu da cozinha com uma cara de assustado. Se não fosse por uma velhinha ter caído na gargalhada, acho que o pessoal iria chamar a policia. E a velha riu e os outros a seguiram, enquanto eu olhava para o estado do Bradley e ele me olhava, mas eu ainda não sabia definir aquele olhar. Se era raiva, frustração ou ele ainda estaria paralisado com a noticia?