História

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-Ainda não acredito que você mandou ele para a puta que pariu. – ele disse rindo.

-Você está duvidando de mim e do meu sangue barraqueiro? – eu brinquei.

-Nunca duvidei, mas coitado. – ele riu. – O que ele disse para você fazer isso?

-Ah. – eu fiquei sem jeito. – Não gostei de algumas coisas que ele falou da minha vida. Só isso! – desviei a minha atenção para a janela.

Logo depois de eu concluir que aquele cara era um total lunático e doido, eu liguei para Bradley e mandei o medico ir para a puta que pariu. Em resposta, o medico me disse calmo que eu iria me arrepender daquelas palavras e que eu seguiria o caminho que meu coração guiar. Foi ai que eu sai igual a uma doida, bufando e gritando.

Contei para Brad o que tinha acontecido na sala, mas exclui as partes em que eu citava coisas relacionadas a ele.

Enquanto eu olhava pela janela, pude perceber um raio cortar o céu e uma chuva fraca que caia, se tornar uma chuva forte com gotas que poderiam quebrar o vidro de um carro. Para melhorar a situação, Shopie se assustou com o barulho da chuva e começou a chorar.

Obrigada a todos os deuses do céu!

-O apartamento ainda está muito longe? – eu perguntei.

-Eu acho que sim. – ele respondeu. – Minha casa é aqui perto, você pode ficar lá enquanto a chuva não passar! – eu o encarei. – Tenho quarto de hospedes. – riu.

-Sua esposa não vai achar estranho eu dormir na sua casa? – eu ri.

-Tem algumas coisas que eu preciso te contar. – um trovão deu sinal de existência e o choro da Shopie se intensificou.

-Vamos para sua casa, AGORA! – berrei.

Brad se assustou com o meu grito e virou um piloto para chegarmos rápido até a casa dele.

Gente rica é outra coisa, né amores? O bonito tem uma casa luxuosa em um condomínio prestigiado em São Paulo.

Ele colocou o carro na garagem e eu desci correndo para tentar acalmar a Shopie, que estava muito vermelha de tanto chorar. Ele veio logo em seguida com todas as malas da bichinha.

A casa era tão chique que se eu vendesse todos os meus órgãos para o mercado negro, eu só conseguiria comprar o lustre que tinha na sala. A decoradora dele estava de parabéns e que casão, puta que pariu!

Eu coloquei a cadeirinha da Shopie no sofá gigante de camurça marrom e peguei a pequena para tentar acalmá-la. Balancei, dei a chupeta, tentei dar de mama, mas de nada adiantou. Ela estava assustada e eu só queria chorar junto com ela.

-Deixa eu tentar. – ele pegou ela. – Pega algum brinquedo na mala. Um que faça barulho.

Eu lancei um olhar que dizia: A mãe sou eu ou é você?

Eu segui as ordens do capitão maravilha e não é que a bichinha se acalmou?!

-Você é muito bom nisso! – eu ri.

Outra ideia brilhante de nosso capitão maravilha, foi cercar a cama dele com os bichinhos da Shopie e deixar a mesma no meio deles. E claro, cercar com travesseiros também. Ou ele era vidente ou ele sabia muito bem o que estava fazendo. Shopie ficou tão confortável na cama e adorou ficar no meio dos bichinhos, que se esqueceu de ficar com medo da chuva.

-Minha filha fica mais calma contigo do que comigo! – bufei me sentando ao lado da cerca de travesseiros.

-Cachorros também tem medo de chuva, então para acalmá-los, você tem que distraí-los.

Somebody To You 2 || Bradley Simpson (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora