Nem se quer me importava o motivo daquela aparição do demônio na minha frente, mas de uma coisa eu tinha certeza, ou não eram notícias boas ou não era uma coisa boa. Eu realmente detestava aquela garota só pelo simples motivo dela existir, mas entre eles podemos adicionar os fatores de traição e luxúria, entre algumas coisas a mais. E também o nojo que eu sentia de sua fútil cara de merda.
O mais incrível de toda aquela bagunça que o meu dia estava sendo, ela entra em minha casa sem ao menos pedir licença, será que eu devo informa-la sobre a minha mão que está prestes a socar a cara gorda dela? Mas no momento em que eu pensei em chutar a cara dela de todas as maneiras possíveis, eu me lembrei de que por mais que eu não gostasse dela, ela tinha um filho e eu gostava de crianças, independente da mãe desnaturada que elas têm. Como exemplo, podemos usar Thifh e seu filho capeta com formiga no rabo, eu gosto dele pelo simples fato de se parecer comigo, mas ter Thifh como mãe, ninguém merece.
Antes de qualquer coisa eu iria abri minha boca em protesto ao porque dela estar ali, mas algo chamado "drama e cara de pau" fez com que ela me olhasse profundamente e falasse chorando rios que davam para acabar com a falta de água no mundo.
-Eu não sei mais o que fazer... – se esgoelou. – Meu casamento é daqui a cinco dias e eu não sei o que fazer... – suspirou. – Bradley não para em casa. Meu vestido não serve mais. Eu vivo com fome e inchada... – chorou.
Eu rolei tanto os olhos que por um momento achei ter visto um pouco da minha massa cerebral, ou o que ainda restava dela. Aquela linguiça não parava de chorar e berrar na minha cabeça.
-Para inferno! – berrei. – Mas que porra aconteceu? – grite. – Fala como gente!
Ela engoliu o choro e me olhou. Ouvi a campainha tocar novamente e fui atender. Fui tão brava que descontei minha raiva socando a porta antes de abri-la. Quando abri, a expressão que eu queria usar não poderia ter sido dita em voz alta.
-Só pode ser piada, né? – berrei.
-A Laura está por ai? – ele me perguntou manso. Fiquei indignada com a sua expressão de morto ressuscitado.
-Está se referindo ao demônio chorão ali? – apontei para ela. – Sim, ela está aqui! – sorri largamente.
Mais uma vez ele não demonstrou reação nenhuma, somente entrou e olhou para a criatura chorona, como eu fiz.
-Laura, o que está acontecendo? – ele perguntou calmo para ela.
Ela se desabou mais ainda em lágrimas. O que quer que ele tenha feito deixou ela muito magoada e uma pontada no meu coração fazia-me sentir um pouco de dó dela. Acho que isso se chama compaixão.
-O que quer te tenha acontecido, não é da minha conta... Vou subir e quando vocês terminarem, por favor, feche a porta quando saírem. – sorri.
-Não, eu quero que você fique. – a Laura pediu.
-Mas, pra que? – perguntei indignada.
-Quero que você seja testemunha. – ela choramingou.
-Não sou terapeuta de casal, querida! – berrei.
-Você é uma péssima pessoa, Gabriela. – ela falou aquilo mesmo para mim?
-Descobriu isso agora, flor? – sorri falsamente.
-Pensei que seriamos amigas... Pensei que você iria me ajudar... – eu olhei bem nos olhos inchados dela.
-Para com esse drama de merda, criatura! – gritei. – Acha que assim vai ganhar alguma bosta na vida? – Brad me olhou espantado pelos gritos. – Você acha que você é quem, para vir gritar comigo na minha casa? Bata na sua cara, antes que eu bata!
Instantaneamente ela me olhou com os olhos arregalados e surpresos. Eu nunca havia gritado com ela, mesmo a odiando severamente. Eu estreitei os olhos agora olhando para o jumento que encarava tudo aquilo.
-O que foi que você fez? – berrei. – Tá achando que estou suportando os gritos da tua mulher aqui. – apontei para ela. – Já estou estourando de raiva! O que você fez, seu bobão idiota?
-Eu cancelei o casamento! – ele gritou. – Feliz? Agora as duas tem sua resposta!
Eu olhei com surpresa para os olhos tristes dele. Nunca tinha o visto acabado daquele jeito. Haviam se passado somente cinco horas desde o nosso último encontro e eu não tinha parado para reparar nele. Os olhos inchados e acabados, com certeza depois de um porre em qualquer bar por ai. E nesse momento eu me senti a pior pessoa do mundo por ter falado a ele para não me ligar, para não me procurar, para me esquecer. Quando, na verdade eu queria aquilo mais do que tudo. Eu ainda o amava e por mais que isso me machucasse, ele ainda era meu melhor amigo. Eu deveria estar com ele para tudo. Segurar na sua mão ou bater na sua cara quando necessário. E, principalmente, não ter mentindo para ele.
-Porque você fez isso? – Laura gritou, berrando em chorar novamente.
-Bradley! – James gritou da porta. – O que está acontecendo?
-James, o que está fazendo aqui? – eu perguntei.
-Vim atrás do Bradley. Precisamos dele para o show amanhã. – o loiro falou na porta.
-Porque você fez isso? – vi Laura correr em direção ao Bradley, se não fosse eu reflexo ter pegado ela, a cara dele estaria sendo arranhada naquele momento.
James veio me ajudar e Bradley continuou imóvel.
-Eu descobri que o filho não é meu, Laura. – ele disse com serenidade, como se já tivesse superado aquela informação que veio para mim de uma forma tão brusca que quase me fez sentar e chorar por sentir a dor dele.
Como assim? Eu não estava entendendo aquela frase de nenhuma maneira possível, mas tais palavras arrebataram meu coração e me fizeram lembrar de que tudo aquilo de ruim que eu tinha passado com ele, foi culpa dela. Agora, ele machucado, é culpa dela. Nós dois separados, é culpa dela. E eu não sei mais o que fazer. Eu não sabia se o abraçava de alegria ou o confortava. Eu não sabia se xingava aquela coisa de todos os nomes possíveis ou perguntava a ela o porque daquilo.
Eu não sabia de mais nada. A única certeza que eu tinha, era que amanhã eu voltava para o Brasil e que tudo aquilo que eu deixei de fazer, me assombraria por todo o caminho.
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Somebody To You 2 || Bradley Simpson (Em Revisão)
Romance-Então isso será nosso final feliz? - Ele me perguntou sorrindo e eu senti vontade de esmurra-lo. - Final feliz? Mas que merda de final feliz é esse, Bradley? - minha raiva extrema passou por todo o meu corpo. - Eu estou feliz, se você não est...